07 novembro 2017

two ghosts | Capítulo Único.

domingo, 26 de novembro

Era manhã de domingo quando o sol gélido de inverno invadiu um pequeno loft concentrado em Brooklyn, Nova Iorque – conhecido como o outro lado da cidade. O aroma do café puro pairava por todo o ambiente e despertou Jacob Gyllenhaal de seus pensamentos matinais.

Jacob, ou melhor, Jake, era um homem com seus trinta e poucos anos, olheiras amostra, mãos ressecadas pelo trabalho com mármore e os braços grossos e musculosos proporcional ao seu corpo definido. Ele organizou uma pequena parte do balcão de sua cozinha com canetas, sua agenda e rosquinhas da noite anterior. Ele provou e aprovou o gosto, serviu a si mesmo o café puro, fresco e quente. Apreciou seu café da manhã observando a vida de fora no Brooklyn e os pequenos indícios de que o inverno chegou, mas não era nada que o preocupasse.

Abriu sua agenda, pegou uma caneta preta e fez algumas anotações, enquanto saboreava a rosquinha. Sua intenção para aquele domingo de folga era continuar o projeto que desenvolvia para Woods Bagot – empresa de arquitetura que trabalhava. No lado de fora do prédio, ouviu movimentos na escadaria e outro barulho sorrateiro na porta, olhou e viu que o carteiro estava entregando as correspondências semanais.

Aproximou-se da porta de entrada e recolheu todas as correspondências e foi separando as que abriria e quais jogaria direto no lixo, estava listado cartas promocionais de banco que nunca ouvira falar, panfletos de imóveis ou de planos de saúde. Jogando a maioria no lixo próximo à pia da cozinha, deixou cair uma correspondência de aparência diferente, deparou-se com um envelope de papel pardo escrito á mão Jacob Benjamin Gyllenhaal – ele mesmo, com uma caligrafia que jamais se confundiria. Sentiu seu coração acelerar mais forte, girou a carta e tinha as iniciais que fizeram suas mãos tremerem e suarem: T.S.

Sentou-se na bancada e hesitou três vezes em abrir o envelope, não conseguiu organizar seus pensamentos, mas a curiosidade falou mais alto e abriu o envelope com a faca.

“Querido Jake...”

Iniciou a leitura, mas parou. Sentiu-se fraco, como se sua pressão caísse com aquelas palavras. Mesmo após tantos anos, ela ainda era uma pessoa que poderia chamá-lo de Jake com tanta intimidade e de maneira envolvente, mesmo que seja por palavras. Ele repousou a carta sobre a mesa e bebericou mais um gole de café, suspirou e voltou a carta.

“Querido Jake,

Acredito que esta carta lhe encontrara com muitas dúvidas: como achei seu endereço ou porque estou escrevendo para você depois de tanto tempo, mas saiba que irei responder todas essas questões, eu prometo. E você sabe que sempre cumpri com minhas promessas, não é?

Bom, ainda temos amigos em comum e eu pergunto sobre você para eles. Se você está bem, se você está feliz e realizado, eles me dizem que está bem, que cortou seu cabelo e parou de deixar a sua barba crescer, está focado nos seus projetos e entre outras coisas. Confesso que soube que você estava praticando ioga e não acreditei, mas imaginei muitas vezes como seria e isso me fez rir sozinha durante vários dias. Enfim, mesmo após nosso término, saber do seu bem-estar foi uma coisa que sempre me certifiquei em saber por que ainda me importo com você.

Eu não mandaria essa carta se não fosse importante para mim e você sabe o quanto o nosso amor foi intenso e significativo. Nunca fomos os mesmos depois de tudo, nós sabemos disso. E por tal sentimento, quero contar minha visão da nossa relação porque, no final das contas, é importante que saiba que, apesar dos nossos erros, dores, tentativas fracassadas de tentar fazer com que déssemos certo, deu certo de alguma forma.

E neste momento em que lhe escrevo, posso dizer com tamanha tranquilidade que nunca amei uma pessoa como amo você, tanto antes como agora. Você foi a pessoa que me dominou por completo e removeu bloco por bloco até acessar meu coração e minha alma por totalidade. Você me desarmou e viu o melhor em mim mesmo nos piores momentos, ganhou-me para sempre.

Recordo-me muito bem que nos conhecemos em um trem de Washington para Nova Iorque, você se sentou ao meu lado no último vagão e cheirava a café, já eu cheirava a inocência, como você contou meses depois. Era madrugada e eu dormi no seu ombro por quase toda noite, cerca de seis horas. E você, como desconhecido, aceitou e acolheu-me bem.

E acordei assustada ao anunciarem que ocorreu um acidente no trem afrente do nosso e ficamos parados em um túnel por quase duas horas até que o trem voltasse a circular. Sonolenta, você me explicou o que havia acontecido e eu pedi desculpas. Primeira vez que sorriu, dizendo que não tinha nenhum problema, mesmo que eu tivesse babado no seu ombro – e eu duvido até hoje que isso tenha acontecido. Você se apresentou como Jacob, eu menti que meu nome era Andrea, usando o nome de minha mãe por pensar que seria a última vez que te veria.

Estava errada.

Dividimos um lanche que guardava na minha mala e conversamos até chegarmos em Nova Iorque, você pediu para dividirmos um táxi para continuarmos a nossa conversa que era sobre incidentes em viagens, programas de televisões e experiencias da vida.

Disse que eu era uma mulher bastante desconfiada por ter colocado o seu endereço antes do meu para que o taxista levasse você ao seu destino primeiro. No caminho, você apontou para um prédio perto de Flushing e disse que tinha desenhado o escopo dele, pois era arquiteto. Depois, recomendamos filmes, livros e peças teatrais, mas você disse que não se lembraria de todas as indicações e que eu também não decoraria tudo e que gostaria de saber se iria assistir de uma vez por todas Casablanca porque você adora este filme, tomou coragem e pediu meu número de telefone para que possávamos conversar mais. Eu concordei, mas você verificou na minha frente para saber se o número era verdadeiro. Provavelmente seria o terceiro golpe que daria em você naquele dia, mas naquela altura, enquanto passávamos por Dumbo, já tinha me encantado por você.

Três dias depois, você me ligou e descobriu que não sou a melhor pessoa para atender números desconhecidos, mas cinco dias depois, atendi o número insistente e você me convidou para sair, mas eu te levei para uma feira de artefatos e encontramos algumas amigas minhas. Ainda assim, você continuou sorrindo e interessado, até comprou uma peça de cerâmica grega que ficou como decoração em cima de sua geladeira. Você insistiu que precisávamos sair outra vez, dessa vez, você escolheria o lugar. Pediu uma chance e, naquela época, era o suficiente.

E naquela noite, quando me beijou, fui honesta com você em dizer que não era tão boa em relacionamentos ou com pessoas, eu tinha medo de ter as mesmas dores de cabeças que a maioria das pessoas têm, mas você me disse que compartilhava das mesmas crises e frustrações, mas que o encontro no trem não teria sido por acaso. Naquele momento era verdade e sabíamos que o destino tinha nos colocado ali.

Não sabíamos onde iriamos parar, ainda não sabemos se a nossa história acabou, de fato. Eu creio que não porque eu ainda escrevo para você e ainda penso em você. Apesar de tudo, a culpa não foi somente sua e lamento ter demorado tanto para te dizer isso.

De qualquer forma, senti a sua falta, Jake.

T.S.”

Jake dobrou a carta e notou que lágrimas escorreram por seu rosto, ignorou limpando com a manga do moletom que vestia. Ele abriu novamente a carta e releu alguns trechos específicos de maneira rápida e balançava a cabeça negativamente. Não conseguia acreditar ou controlar a forma que seu coração palpitava em seu peito, mas ainda sabia que ela conseguia dominar sua mente com tantas lembranças de inundaram sua cabeça durante todo aquele domingo.

Hesitou em jogar a carta no lixo junto com as outras correspondências, mas não conseguia completar o movimento. Apegou-se a ela. Colocou novamente dentro do envelope e guardou dentro da agenda que estava no balcão.

Decidiu não pensar nisso, mas era impossível. Há muito tempo se negou a ouvir o nome dela, mas agora ela estava ali por completo na sua frente. Outra vez, dominava seus pensamentos e trazia uma turbulência de emoções que ele se negou a sentir por tanto tempo.

domingo, 03 de dezembro

Jacob despertará com massagens em seu peitoral, abriu os olhos ainda sonolento e olhou para a morena que esfregava o rosto em seu peito.

— Bom dia. — ela disse manhosa e com um sorriso. — Como você está?

Ele respondeu que bem, bocejou duas vezes e afastou-se para levantar-se da cama. Jacob a olhou nua e foi até a cozinha questionando-se como foi que sua ex-namorada voltou para a sua cama. E a resposta não era difícil, ainda na segunda-feira daquela semana encontrou-a no restaurante onde frequentavam quando eram um casal e ele sabia que a encontraria lá depois das 17h. Seu nome era Daniela Melchior, pronunciado com um sotaque português único, olhos azuis, sorriso largo, corpo escultural e uma delicadeza no modo de falar, andar e se portar que fez com que Jacob não a levasse a sério depois de nove meses de compromisso assumido.

E teria continuado assim se aquela maldita carta não tivesse sido enviada a ele, e mais, se ele não tivesse atirado a carta em seu triturador de papel e tê-la perdido para sempre. O pior, Jacob sentia muito pela perda daquela correspondência, bem mais que o término com Daniela, mas lá estava Jacob na segunda-feira às 17h no 230 Fifht disposto a tirar toda aquela dor da ferida que reabriu em seu peito. E lá estava Daniela Melchior, tão bela quanto ele mesmo lembrava, com uma taça de vinho tinto na mão conversando com todos em sua volta, mas foi quando seu olhar cruzou com de Jacob Gyllenhaal que ela sentiu que seria diferente – outra vez.

Conversaram a noite inteira e se embebedaram juntos, contando as novidades de uma vida que já não compartilhavam juntos, mas que romperam tão amigavelmente que foi fácil se laçarem um nas graças do outro. Jacob a convidou para terminar a quarta garrafa de vinho em sua casa e Daniela aceitou, sabendo que eles terminariam no único lugar em que se davam bem: na cama. Já que fora daquele lugar, Daniela enfrentava um homem machucado e indisponível para um relacionamento, fechado para si mesmo sem conseguir contar sobre seu passado que, segundos os amigos dele, tinha nome e sobrenome: Taylor Swift, mulher que Daniela pesquisou arduamente pela internet e encontrou uma bela jovem loura que trabalha próximo de Tribeca em um escritório de finanças bem-conceituado. Pelas fotos e depoimentos dos amigos de Jacob, ela o conheceu um ano após o término deste casal e, mesmo após este tempo, ele ainda se encontrava frágil. Daniela o respeitou durante toda a relação, queria que aquele muro que a impedia de acessar seu coração caísse sem que ela precisasse derrubar, mas o fim do relacionamento deu-se porque era impossível para Jacob se abrir.

No mais, Daniela era uma mulher madura, independente e, apesar de nova, era focada em construir sua carreira – e tão madura que sabia que era demais para aguardar sua vez em um coração que já tinha dona. Mas ali estava ela por alguma razão, com saudade daquele apetite sexual que somente Jacob carregava em si e ela sabia, no momento que o viu, que ele queria o mesmo que ela.

Jacob vestiu um calção velho e a olhou algumas vezes pouco sem graça, parecia esconder algo. Ela o observava como uma criança que aprontou, como se ela se importasse sobre o que fosse. Ela riu sozinha e ele a olhou confuso, mas anunciou:

— Irei preparar um café para nós, espero que goste de crossaints.

— Na verdade, já estava indo... — sorriu. — Mas aceitarei o café.

Talvez tenha sido uma tentativa de provocação ou um velho hábito guardado dentro de si, mas Daniela vestiu o moletom da Boston University de Jacob, que ele vinha usando como pijama a semana inteira e seguiu-o para cozinha, sentou-se na bancada e assistiu-o preparando o café da manhã quieto.

O ambiente estava agradável, o barulho da chaleira junto a vista dos primeiros flocos de neve caindo no lado de fora da janela, deixou aquele momento mais relaxante. Mas para Jacob, foi interrompido com as chegadas das correspondências semanais que foram despachadas no chão de madeira de seu apartamento. Daniela levantou-se e se ofereceu para recolher, mas Jacob a impediu e foi na frente.

Ele recolheu todas as correspondências e começou a organizá-las no que era lixo e o que era para ele, por dentro, torcia para que não encontrasse outra carta daquela – uma vez que ainda não se recuperou do grande soco no estômago da última semana. Porém, o arrependimento de ter triturado a outra foi tão grande que esperava mais uma para guardar, mesmo sabendo que não merecia nenhuma outra porque não respondeu a primeira. E este já era outro arrependimento.

Estava ali, outra carta em seu nome para ele. E Jacob tremia ao segurá-la como se fosse uma espécie de bilhete premiado. Foi até o banheiro e encostou na parede, abriu para iniciar a leitura.

“Jake, se você leu a outra carta até o final, sabia que eu entraria em contato com você novamente, mas como não posso saber se a primeira de encontrou e se está aqui também te encontrará, prefiro acreditar que sim. Então, você está lendo.

O frio chegou definitivamente em Nova Iorque e sempre foi nossa época do ano favorito. Lembro-me de irmos praticar snowboard juntos e como eu era péssima neste esporte como em qualquer outro que já tenha tentado. Já você era tão bom que me fez lembrar de quando sua mãe me contava sobre os pontos que fazia quando jogava na liga de futebol na sua infância, suas fotos eram graciosas segurando medalhas e troféus com óculos de grau quadrados que escondia seus olhos azuis. E me faz pensar, você me contava sobre o seu passado acreditando que eu seria seu futuro, fazendo com que eu me desarmasse totalmente para você.

Perguntou-me sobre minha família com que já não morava há um ano, contei-te que tinham falecido e também dos meus medos, minhas dores... No final, você me leu por completo.

Não há nenhum arrependimento nisso.

Nós éramos muito bons juntos e em algum ponto erramos um com outro, perdendo uma sintonia que não entendia muito bem. Não sei, talvez tenhamos nos perdidos nas traduções das palavras, nas entonações de nossas vozes e de gestos nebulosos, mas nós ainda estávamos lá e eu me lembro muito bem. Éramos uma obra de arte valiosa demais, até que você arruinou isso com o pretexto de que seria honesto comigo outra vez, e outra vez.

E eu também arruinei tudo isso quando perdi o que nunca dei um nome. Pelo menos, nunca tive coragem de fazer isso: dar um nome a algo que nunca soube o que seria. E depois daquilo, tudo mudou porque eu mudei, já não era uma jovem inocente e você tentou buscar essa pessoa de tantas formas sem notar que ela também tinha partido junto ao que seria a melhor coisa de nossas vidas. Eu caí, desabei, desmoronei e, de certa forma, morri.

E ouvi que eu me tornei alguém suficientemente desprezível que suguei sua luz e atirou-nos para uma escuridão do qual nunca soube o que era.

Se eu não sabia o que era essa escuridão, você soube o que era luz. E me tirou de tudo isso, fugindo comigo para tão longe que não tinha mais ninguém do que nós e eu me senti eu novamente, aquela pessoa por quem você se apaixonou mesmo que por poucos dias. Mas não era a pessoa que me tornei e isso me destruiu. Eu estava feliz com você ao meu lado, dividindo a cama comigo, acariciando meus cabelos e dormindo tão colado ao meu corpo que eu conseguia sentir seu coração batendo junto ao meu – era nosso amor renascendo outra vez.

De todas as viagens que já fiz, encontrar com você naquele trem foi uma das minhas prediletas, mas estar com você nesta viagem em que nos reconectou, sem dúvidas, foi a minha favorita, porque você esteve lá me amando quando já não restava nenhum amor por mim. E criou um mundo tão paralelo ao que eu vivia, que não existia dor ou sofrendo, nós eramos felizes e mais nada nos machucaria. Não mais.

Por fim, tem uma citação que sempre me remete à você, de um dos meus poetas favoritos que diz: “tão bom morrer de amor e continuar vivendo...”, pois foi o que aconteceu conosco. Eu morri naquele momento, mas vivi por conta do nosso amor.

E é nisso que ainda quero me agarrar, Jake.

T.S.”

As memórias daquela viagem tomaram os pensamentos de Jacob, que reproduzia cada momento em sua mente e, de repente, conseguia sentir o cheiro de Taylor. Ele poderia implorar para superar, mas não conseguia. O sentimento era tão agridoce que o confundia. E ele concordava com ela, sentia suas palavras, mas não era mais real.

Ele guardou a carta dentro do envelope e guardou com delicadeza na segunda gaveta da pia do seu banheiro. Saiu e Daniela o encarou desconfiada por sua demora, disse que o esperava por dez minutos, mas nenhum dos dois decidiu por alongar o assunto.

Jacob terminou de preparar o café em silêncio, como se estivesse sozinho, mas ao virar para a bancada, Mariana contava uma história sobre um colega de trabalho. Jacob sequer conseguiu prestar atenção, mas sorriu de maneira amigável para ela prosseguir e, quem sabe, ajudasse a entender.

Por um impulso, Jake interrompeu-a e disse:

— Quer passar a dia comigo? Sinto que temos tanto o que conversar.

— Eu tinha um almoço marcado com alguns amigos.

— Desmarque e fique comigo! — ele retrucou. — Está muito frio para ficar na rua e eu quero sua companhia.

Daniela hesitou em respondê-lo, pensou em negar novamente, mas sentiu que talvez o muro impenetrável do coração de Jacob tenha rachado e, no fundo de seu coração, Daniela queria acessar este lugar. Ela aceitou e os dois encomendaram um almoço no restaurante japonês favorito deles na região e ficaram debaixo dos edredons o dia inteiro assistindo uma maratona de filmes de ação em que discutiam diálogos e reviravoltas.

Jacob abraçou-a com força e troca beijos e caricias, ela tentava resistir aos toques, mas eram bons demais para se importar os motivos para aquilo, mas no final da noite, Daniela decidiu partir porque tinha que resolver pendencias para a segunda-feira que vinha.

E durante a semana, Jacob sonhou com Taylor na mesma intensidade que pensava nela quando acordado – só tinha ela em sua mente. Nem sempre eram pensamentos positivos e não entendia a razão para tudo aquilo, não tinha como entender. Calou-se novamente à correspondência.

domingo, 10 de dezembro

Amanheceu no Brooklyn já fazia horas e Jake ainda estava na cama, sentindo-se exaustado e acordava com ressaca – dor de cabeça e muscular, mal-estar e, também moral. Passou a semana inteira atolado de trabalho e não conseguiu finalizar seu projeto como planejava, pois sua cabeça estava muito longe de qualquer cobrança e, ao invés de ir para casa descansar, Jacob saiu á noite durante toda semana pensando que, se estivesse entorpecido de alguma forma, ajudaria a desligar sua mente.

O celular vibrava no outro lado da cama e ele despertou, irritado, desligou e voltou a deitar, mas não por muito tempo, seu celular tocou e era um de seus colegas de trabalho. Com um rápido telefonema sobre o tal projeto e os prazos que Jacob extrapolou, ele despertou de vez e se levantou para preparar algo para comer, pois já passara das 13h.

Deslizou o teto pelas notificações de seu celular e continuam mensagens de texto de uma velha amiga, Blake Lively, esposa de sua melhor amiga, Ryan. Ela o convidava para jantar na quarta-feira a noite e pedia respostas para reservar o número de mesa no restaurante – tal convite que Jake negou e ignorou qualquer insistência de Lively.

Andou pela casa algumas vezes, parecia perdido dentro do seu próprio lar, pois não conseguia concentrar-se em um único comando porque problemas pessoais e profissionais agora o perseguiam de maneira insistente. Cheirou a si mesmo, ainda carregava o bafo e cheiro de bebida velha e forte, foi ao banheiro e tomou uma ducha e fez uma ligação ao restaurante que ficava localizado no final do quarteirão para pedir seu almoço: fritas e bife à milanesa.

Após uns quatro e cinco minutos, a campainha de seu loft tocou e Jacob deu pausa no filme que assistia na televisão, pegou os trocados separados na mesa e abriu a porta. Ao receber a comida, percebeu que havia pisado nas correspondências entregues mais cedo. Ele pegou sua refeição e deixou no balcão e sentou-se para organizar as tais correspondências. Soltou um suspiro ao procurar aquela correspondência, mas não tinha nada.

E Jacob procurou novamente entre propagandas e contas, mas não tinha nenhuma correspondência e, de uma maneira diferente, sentiu uma dor no peito porque passava a semana inteira pensando nas próximas palavras de Taylor – as lembranças que ela traria, as memórias tão vívidas que narraria, mas não tinha nada.

Por um impulso, puxou sua jaqueta e desceu as escadas e parou o porteiro do prédio, indagando sobre as correspondências, Jacob disse:

— Tenho certeza de que está faltando alguma correspondência que não foi enviada ao meu apartamento. Todo domingo recebo uma e hoje não tenho... — parecia nervoso. — Poderia verificar, talvez tenha sido perdida.

O porteiro procurou diversas vezes, mostrou as correspondências antigas de apartamentos já abandonados no prédio, mas nenhuma tinha Taylor Swift como remetente. Jacob pediu para falar com o zelador e síndico, mas nenhum deles sabia como ajudá-lo mesmo mostrando serem solícitos a causa de Jacob, entretanto, todos erão tão inúteis para Jacob. Ao ser questionado pelo síndico sobre a teor da correspondência, Jacob nem sabia como explicar de sua importância, mas justificou que era de uma pessoa... especial. E ele precisava daquela carta.

Enquanto discutia sobre a correspondência, Daniela chegou na portaria e estranhou a agitação do homem – que sempre tinha uma postura mais quieta e introspectiva. Questionou sobre a situação e porque Jacob ainda não estava arrumado e foi quando ele lembrou do encontro que teriam naquela tarde: patinação no Central Park.

— Irei me arrumar, eu só estava... — ele parou e a olhou. — Deixa para lá! Não é importante!

— Parecia importante... — ela respondeu.

— É, era importante. Eu achava que era, mas não é tão importante assim. — Jacob sorriu. — Não tanto quanto hoje.

Entraram em seu apartamento e Daniela aguardou Jacob vestir uma roupa mais apropriada ao frio e ao encontro que teriam. Ela estranhou a marmita no balcão e inúmeras correspondências espalhadas.

— Você tinha esquecido, não é? — ela questionou.

— Por um momento, sim. — ele respondeu de forma sincera. — Mas porque essa semana foi tão difícil e minha cabeça estava tão longe, Dani. Mas eu estou aqui e focado agora. Em nós.

— Em nós? — ela riu. — Jake, você já falou isso antes, lembra? E você veio tão determinado a fazer dar certo dessa vez que não está focado nas pequenas coisas.

— Dani, perdoa-me por ter tanta coisa na minha cabeça...

— Procura o que na portaria? — ela indagou e aproximou-se de Jacob. — Na outra semana, eu vi que se trancou no banheiro com uma carta, você ficou abalado e agora está abalado novamente.

— Não é nada, Daniela. Acredite em mim. — ele respondeu. — É sério, perdoa-me e sabia que daqui em diante minha cabeça estará focada no que é certo, no que vale a pena e no que mais importa. E desses pensamentos, inclui você!

Daniela suspirou e assentiu, não queria discutir. Pensou que era justo dá-lo um voto de confiança mesmo que até mesmo em seu coração não tenha tamanha paixão por Jacob como fora na primeira vez que estiveram juntos.

Após se arrumarem, Jacob e Daniela pegaram um táxi rumo ao Central Park onde se divertiram a tarde inteira patinando no gelo, enquanto caia pequenos e gélidos flocos de neve. Em seguida, jantaram juntos e voltaram para casa, onde selaram a paz com um sexo quente e envolvente.

domingo, 17 de dezembro

Na última semana, Jacob dormiu a semana inteira na casa de Daniela próximo à Riverdale, focando arduamente em colocar seus projetos em dia e nas vontades de Daniela em tê-lo por perto. E mesmo fazendo tudo tão certo, Jacob sentia-se como um impostor que escondia algo dos demais, carregando um sentimento do errado para o certo. Do ato de apagar mensagens de seu melhor amigo, Ryan Reynolds que o convidava para jantar, até mesmo brigar com um grande amigo deixou-o desvinculado do tipo de homem que ele era, mas mal se reconhecia.

Naquela semana que passou, exatamente no dia treze de dezembro era celebrado o aniversário da sua antiga e já distante amada, Taylor Swift. Ele lembrara quando olhou no calendário naquela quarta-feira e suprimiu qualquer sentimento que pudesse ter sobre a data, mas os convites de Ryan e Blake Lively o tiraram a paciência, pois ele fazia um grande esforço para não demostrar que aquelas malditas cartas, as memórias e o fantasmas de Taylor não tivesse tão próximo dele quanto estava.

Tudo era uma grande besteira porque poderia ser diferente do que estava acontecendo aquele momento e, no fundo de seu coração, Jacob não entendia nada, mas doía igual.

Após o almoço com alguns amigos de Daniela, foi para seu apartamento no Dumbo para organizar sua vida e pendencias para a semana. Despediu-se da amada com um beijo e atravessou parte da cidade às 15h.

Ao chegar em seu apartamento, Jacob estranhou o local que foi mantido escuro durante os últimos dias, então, abriu as janelas e deixou a iluminação tomar conta do ambiente, juntou o lixo que deixara acumulado, arrumou alguns detalhes de decoração, colocou toda a roupa suja que trouxera na máquina de lavar e juntou no chão e a bancada todas as correspondências velhas e inúteis. Entre as novas, hesitou em olhar e jogou tudo fora. Siga em frente, disse a si mesmo.

Fácil dizer isso, não é? Fácil demais! Ele retirou as correspondências e olhou uma por uma e lá estava o que ele esperou por duas semanas: outra carta de Taylor Swift. Seu coração acelerou e ele sorriu de forma tão espontânea que sentiu culpa.

Como uma criança que acabara de ganhar um brinquedo tão aguardado, correu para o sofá e sentou-se para abrir o envelope. Lá estava aquela caligrafia que o abraçava.

“Olá, Jake.

Espero que essa carta lhe encontre bem. Escrevo-lhe por mais uma vez para que eu possa, dessa vez, ter a coragem de revelar algo a você.

Antes de tudo, não acho justo continuar narrando nossa história. Para mim, é algo maravilhosa recordar, mas não tenho certeza de que se vale o mesmo para você. Não sei, talvez não tenha nenhum interesse sobre a nossa história. Não mais.

Em segundo lugar, escrevo essa carta com nenhum objetivo de que mude a sua vida. Apenas a considere como aviso prévio do que acontecerá em poucos dias. É claro, escrevi está carta bem antes de que você a recebesse, então, muitas coisas podem ter acontecido neste meio tempo. E você sabe muito bem que as coisas acontecem muito rápido.

O fato é que você não é o único que andou recebendo cartas minhas, mas foi o único a optar por não as responder, e eu respeito isso, pois já esperava este distanciamento entre nós.

Então, por que continue escrevendo? Irei te responder.

Estou fazendo isso porque acredito que eu possa ter sido importante na sua vida da mesma forma que foi na minha. Tão importante que o tempo não curou sua presença em mim. Enviei cartas para amigos e parentes, mas para você é para quem escrevo mais de uma vez e acredito que a razão seja por querer falar tanta coisa e todo o sentimento que carrego de saudade.

É muito.

E é uma forma de te dizer que eu ainda me importo tanto com você e que durante todo esse tempo, eu ainda me questionava o que você pensaria sobre alguma decisão em torno da minha vida. Será que o Jake apoiaria? E o que o Jake me diria agora? Não é algo que Jake quisesse fazer? Ah, tantas hipóteses e questionamentos vagos que me fiz pensando em como seria com você ainda perto e agora é tarde demais.

Bom, o que vou revelar a você é algo já antigo e um fim dessa era que é a nossa história, também gostaria que soubesse por mim tudo que irei te contar do que por outras pessoas. Há onze meses, descobri que, por dentro do meu corpo, sou como fogos de artifícios numa noite de réveillon estourando para todos os lados. Talvez tenha poetizado demais para dizer que estou com câncer espalhados por dentro do meu corpo e não tenho mais cura.

É isso que venho a revelar, sendo descuido meu ou o universo agindo por si mesmo de alguma forma. É a realidade que encaro, mas ainda encaro com a cabeça erguida e essa será a última vez que entrarei em contato com você, mas para dizer que torço muito por você, Jake.

E eu quero muito que você seja tão feliz quanto merece. E assim, despeço-me de você.

Adeus, Jake!

Com todo meu amor,

T.S.”

Jacob riu ao dobrar a carta, mas não era uma risada alegre ou cômica, mas uma risada tão nervosa que ele não conseguia se controlar. Então, após as risadas, veio as lágrimas e ele balançava a cabeça de um lado para o outro de forma negativa, não acreditava no que lia.

Ele limpou as lágrimas, mas ainda assim sentia uma aflição dentro do seu peito. Foram três anos afastados, sem que não tivesse nenhum tipo de contato um com outro e agora ela se despedia de seu antigo amor daquela forma? E ele ainda a ignorou por semanas?

A culpa caiu sob a sua cabeça de maneira arrebatadora, pois pensava que as próximas cartas seriam sobre outras viagens que fizeram, da vez que Jake faltou em seu aniversário ou, até mesmo, das brigas que tiveram ao longo dos anos. Nada disso!

Pensou que poderia ser uma porta se abrindo para voltarem a se conectarem, ele não era tão orgulhoso assim quando se tratava do amor que sentia por ela. Não conseguia enganar ninguém quando perguntavam sobre ela, até mesmo Daniela sabia que seu coração pertencia a ela. Ainda dava tempo, eles eram imaturos, estavam errados, ainda existia amor. Mas não era nada disso!

Era uma despedida.

A última vez que eles conversaram, uma conversa tão casual e rápida que o seu coração ainda apontava para ela, dizia “é ela”, mas a vida não era tão simples assim. E Jacob gostava de dificultar sua própria vida, pois a felicidade não parecia ser algo tão natural para lhe servir bem, pois se a felicidade fosse algo tão familiar a ele, as coisas não estariam naquele ponto que Jacob se encontrou: de cabeça baixa e chorando sozinho. Só pensou que a perdeu.

E as últimas palavras que ouviu daquele último encontro que tiveram foram “só fique bem, Jake, você merece ser feliz”. Era o que Taylor tinha desejado, sabendo ou não, que a felicidade para ele era, na verdade, a presença dela.

Pegou seu telefone e discou o número de Ryan, mas não foi atendido. Então, ligou para Blake e não o atendeu. Procurou nas redes sociais, mas não tinha nada sobre Taylor ou algo que sinalizava seu paradeiro ou seu estado.

Ele permaneceu sentado pensando no que poderia fazer naquele momento. Não tinha ideia de algum ato heroico que poderia fazer, apenas ficou imóvel e inerte à todas as ações que ocorriam no mundo naquele exato momento. A sensação de impotência ao ver que o mundo existia e continuaria existir sem que nada que ele fizesse ou pudesse fazer para mudar o rumo de toda a humanidade. Incapaz de salvar ninguém, muito menos a si mesmo.

As horas passaram e Jacob confundia-se em suas próprias ações. Ora pensava em sair rumo a alguma resposta, ora parava e apenas aceitava a realidade e, dessa forma, deixou daquela forma.

quinta-feira, 21 de dezembro

Olhou-se no espelho e ajeitou sua gravata mais uma vez. Sentia-se alheio ao mundo e mal se reconhecia no espelho, vestindo um terno preto que usara pela última vez anos atrás no velório de seu pai, e lembrou quem o acompanhara era Taylor.

Dessa vez, usaria para enterrá-la.

Esfregou o cenho e desamassou pela última vez seu terno, saiu de casa e pegou um metrô rumo à East Village, no New York Marble Cemetery – um dos cemitérios mais belos da cidade. No caminho, lembrava de tantas coisas vividas com Taylor, sendo uma delas, a vontade dela de ser enterrada no mesmo cemitério de Alexander Hamilton e de outras figuras importantes, pois ela queria também ser importante algum dia. E ela foi, ela foi muito importante.

Principalmente para Jacob.

Ao chegar no cemitério, avistou rostos conhecidos que o olharam – julgando, talvez. Caminhou em passos lentos e cumprimentou algumas pessoas em comum e foi até a mãe de Taylor, Andrea Swift, para prestar suas condolências. Aquilo exigia tamanha força que ele não pensava ter.

— Ah, Jake! Quanto tempo! — disse Andrea.

— Eu lamento... — Jacob disse confuso. — Eu não... não tinha entendido muito... Sinto muito!

— Ela estava sofrendo muito, mas agora está em paz! — respondeu. — E fico feliz que tenha vindo para se despedir dela, saiba que foi muito importante para Taylor.

— E ela para mim! — Jacob suspirou. — Ela me enviou muitas cartas, mas foi só na última que me contou que estava doente. Eu não entendo, sra. Andrea. Qual era a intenção da Taylor?

— Eu sei, eu sei... — ela pegou nas mãos de Jacob. — Ela só queria se despedir, tinha muito carinho por você. Não se apegue ao “se...”

— Mas se eu tivesse feito diferente...

— Não poderia e não se martirize por isso. — respondeu calma. — Tenho algo para você.

Andrea Swift abriu sua bolsa e retirou um envelope, entregando mais uma carta par Jacob.

— Ela deixou uma última carta para você. — Andrea disse. — Leia somente depois.

Ele concordou e guardou em seu paletó, sentindo seu coração bater mais rápido. Ainda mais ansioso pelas últimas palavras. Andrea despediu-se de Jacob e foi cumprimentar outras pessoas.

Jacob encarou a sala onde o velório ocorria. Ele aguardou no lado de fora, tentando juntar forças para conseguir atravessar aquela porta.

Ele sentou-se em um banco e aguardou a hora passar, conforme entardecia, as pessoas entravam e saiam com menos fluxo. Quando ficou vazia a sala, Jacob levantou-se e entrou.

O caixão era marrom brilhante com alguns detalhes em branco. Ao aproximar-se do caixão, Taylor estava com um semblante calmo, parecia até alegre. Talvez, melhor dizer que estava leve. Vestia um conjunto roxo, algumas de suas joias favoritas e os cabelos louros soltos.

Jacob pegou em sua mão com delicadeza. Ainda não parecia real, mas sua pele gélida dizia o quanto aquele momento era real. Taylor havia partido.

Aproximou-se e beijou sua testa como costumava fazer, sussurrou um adeus e disse, finalmente, o quanto a amava. Afastou-se e foi embora dali, segurando as lágrimas da dura despedida que teve que enfrentar.

Na saída do cemitério, Jacob puxou de seu paletó a carta e a abriu, mas não era uma daquelas cartas extensas de Taylor, mas um último bilhete:

“Obrigada por tudo. Eu te amo, Jake.

T.S.”

Ele sorriu, pois imaginou que ela poderia ter tanto o que dizer, mas falou o que era essencial aos dois porque, na verdade, o amor é o essencial para qualquer um. Não é tudo, mas deveria ser tudo para nós. E deveria sustentar, mas só pelo amor também não sustenta.

Mas não tem como se apegar ao “se”. A dura realidade que caiu em sua cabeça era essa e ele enfrentará.

sábado, 13 de janeiro

A neve já tinha diminuído em Nova York e a cidade voltava a sair nas ruas com seus agasalhos para tentar aproveitar um pouco do inverno americano. Jacob caminhava com passos largos pelo cemitério e parou na grande lápide de Taylor, sorriu ao ver sua foto e a mensagem do quanto era amada e querida pelos familiares e amigos.

Entendeu a mão até o chão e depositou um grande buquê de tulipas.

— Bom, escrevi uma carta. — ele disse. — Vou ler para você, mas depois deixarei naquele banco no Central Park onde costumávamos nos encontrar.

Jacob respirou fundo e iniciou sua leitura:

“Taylor, passei as últimas semanas pensando e digerindo tudo no que aconteceu. De início, pensei que foi um ato cruel ao fazer com que tudo que vivemos voltasse à tona na maneira que fez, mas entendo seu ponto e perdoo você assim como peço perdão por tudo que fiz.

E pelo que também não fiz.

As suas cartas foram de grande lição para mim nessa vida. Essa vida em que você foi a melhor parte dela e reviver essa parte novamente foi tão pouco quanto experimentá-la na primeira vez ao seu lado.

Você me disse algo sobre seguir em frente, e talvez eu siga. Talvez eu me apaixone novamente, ou talvez nunca mais me apaixone da forma que me apaixonei por você. Não tem como saber, mas irei seguir o conselho de sua mãe e não me apegar às impossibilidades do “e se...”.

Eu sinto sua falta todos os dias, sempre senti sua falta porque mesmo na sua ausência, existia o amor que eu nunca parei de sentir por você. Queria ter sabido disso antes, mas não foi por esse rumo que as nossas vidas nos levaram.

Eu estou bem e vou ficar bem. E prometo à você que seguirei em frente, mas levando você no meu coração até o fim.

Eu te amo, Taylor Alison Swift.

Adeus, Jake”

Ao dobrar o papel pardo em que escreva o bilhete, Jacob olhou para a lápide de Taylor pela última vez e caminhou sem rumo pelo cemitério admirando a beleza peculiar de um lugar desse.

Ele tinha como promessa a cumprir e cumpriria.

E ele cumpriu ao repetir tantas vezes para si mesmo que tudo ficaria bem.

Por Taylor, por ele.

[FIM]

8 comentários:

  1. adorei essa oneshot
    faz refletir sobre como pessoas ve a mesma coisa diferente
    vc so vai fazer minifics agora?
    bjs

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    1. Fico muito feliz que tenha gostado da historia Gaby.
      Sim, muitas coisas são vistas de maneiras diferentes por olhares diferentes.
      Não, esses curtas já estavam feitos e eu postei para ganhar tempo na organização das futuras fanfics. Em breve voltarei com um longa.

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  2. gostei de mail box. foi mto linda
    posta logo yes

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    1. Fico feliz que tenha gostado.
      Em breve esclarecerei sobre yes e uma nova fanfic. Espero que entenda.
      Beijos, Mirela.

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  3. DEUS ME DEFENDA DE DERRAMAR LÁGRIMAS LENDO ISSO NOVAMENTE
    Eu AMEI, sério. Como sempre, tudo o que vc faz nunca deixa nada a desejar. Tu é maravilhosa. Só faz hino.
    Já falei que amei o Jake humanizado que vc fez, e NOSSA MTO TRISTE COM O FIM! A Taylor é maravilhosa, EU SOFRI LENDO CADA CARTA!
    Coisa mais linda do mundo.
    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
    Posta logo hush desgraça
    Te amo

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    1. Fico feliz que tenha gostado.
      De fato, o Jake ficou bem melhor do que com o Justin. Enfim.
      Fico feliz que tenha gostado, você sabe o quanto cosidero importante sua opinião.
      Sim, eu fiz de tudo para humanizar o Jake e a Taylor (mesmo de longe). E não romantizar um relacionamento com um final feliz.
      Enfim.
      Obrigada pelo apoio demonia.
      Eu vou postar hush em breve quando acabar.
      Te amo

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  4. Na minha opinião você escreve as melhores mini fics... elas fazem muito sentido e não deixam pontas soltas! Amo!!!
    Parabéns!

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    1. Fico feliz que tenha gostado e muito obrigada por suas palavras.
      Já eu sempre achei que meus curtas não eram boas porque não explorava os personagens, mas fico muito feliz que goste.
      Beijos, Mirela.

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