Bad Blood | 04° Capítulo.

— Swarthmore College, você esperava por isso?

— Não acreditaria se alguém falasse que esse seria o limite da minha carreira. — Katheryn respondeu.

— O que temos sobre esse lugar? — Johnny pegou os papéis de suas mãos. — Posso?

— Você é o superintende, pode tudo, certo?! — Katheryn riu. — Johnny, eu não sei se esse é o momento para falar, mas o John conversou com você sobre mim?

— Sobre o que exatamente ele teria que falar comigo sobre você?

— Ontem conversei com ele sobre o caso dos irmãos Hunt, ele conversaria com você e eu não sei se ele chegou a falar. — Ficaram em silencio. — Mas podemos conversar sobre isso mais tarde.

— Bem mais tarde falaremos sobre isso, ele adiantou poucas coisas. — Johnny respondeu. — Prefiro focar no momento nisso aqui. O nome da vítima é Lily Jane Collins, 19 anos, estudava contabilidade e integrava o time de natação da universidade.

— O legista liberou para vermos o corpo e local do crime. — John apareceu.

Johnny concordou e bufou ao encarar o sol naquela manhã de domingo que seria sua tão desejada folga. John chamou os guardas para fecharam o ginásio e a entrada principal do campus. Foram até a piscina olímpica onde o legista aguardava com o corpo da vítima exposto.

— E o que temos aqui? — Johnny perguntou encarando a vítima.

— Como uma autopsia inicial posso afirmar que a vítima teve uma morte dolorosa. Não morreu aqui, achamos traços de sangue desde o vestuário. Provavelmente levou quatro fortes pancadas na cabeça e uma no peito. — apontava os hematomas no corpo da vítima. — Chegou viva aqui quando morreu afogada. As marcas do punho mostram que foi arremessada aqui amarrada em uma corda que também achamos dentro da piscina. — mostrou mais marcas no corpo da vítima. — Ela tentou lutar para sair daqui, mas essa capa é bem pesada. Fecharam ela dentro da água... Ela não teve chances.

— Alguma prova inicial? — John perguntou.

— Tem a capa da piscina que rasgou em dois lugares, mas o cloro prejudica alguns exames, porém iremos encaminhar o corpo para tentar examinar o máximo que conseguimos. Vou levar o corpo para o laboratório e mantenho contato. — disse Richard, o legista.

— Ótimo! Vamos deixar a equipe agir aqui e vamos atras da reitoria deste lugar. — Johnny disse. — Quero todos com novidades até o horário do almoço. Vamos, vamos!

***

— The 1975, gostei da blusa.

— Jared? O que está fazendo aqui? — Taylor disse fechando a porta rapidamente.

Taylor largou sua mochila no chão e passou o trinco na porta. Puxou Jared pela camisa para dentro do seu quarto.

— Como entrou aqui? Ninguém pode vê-lo aqui, você sabe disso.

— Onde você estava, Taylor? Eu cheguei aqui e estava tudo arrumado. — Jared.

— Fui tomar café... se eu soubesse que apareceria, tinha esperado você.

— Fiquei olhando pela janela e vi o rapaz que te deixou aqui. Ele é bonito... Quem é?

— Está interessado nele? — Taylor olhou-o e começou a rir.

— Como sempre, você sendo engraçada. — Jared disse forçando uma risada irritante. — Diga-me a verdade, Taylor, está saindo com alguém aqui dentro?

— Uau, Jared. — Taylor exclamou. — O Theo é meu amigo, não precisa se preocupar que ele já tem olhos para outra mulher. — Taylor puxou o rosto de Jared para perto do seu. — E eu tenho olhos somente para você!

***

— Que saco! Já vou abrir! — gritou vestindo uma bermuda.

Foi até o banheiro, lavou seu rosto rapidamente e esfregou os olhos para acordar de uma vez. Destrancou a porta e estava em sua frente Joseph, Liam e Justin com expressões de notícias ruins.

— O que vocês querem? — Perguntou.

— É melhor se sentar. — Joseph disse empurrando-o para dentro do quarto.

Sentou na cama seu amigo, ele esfregou os olhos novamente e bocejou de cansado. Não entendia o porquê todos seus amigos estavam tão sérios depois da festa de ontem, eles ficaram em volta do rapaz.

— Vocês não vão dizer o porquê de bater na minha porta ou não?

— Calma. — Justin disse. — O Joseph vai explicar tudo com calma... Só não explode...

— Lautner... Cara... é até difícil dizer... — Joseph tentou encontrar as palavras certas. — Ainda não sabemos o que aconteceu, mas... — respirou fundo e desabafou. — Lily foi encontrada morta nesta manhã. Lily morreu.

O corpo do rapaz não reagia, foi tomado por uma paralisação que o deixou incrédulo com o que acabara de ouvir. Escutar aquelas palavras foi como ter uma corda em seu corpo que não o permitia se mover. Olhou para cada um de seus amigos que olhavam-o com bastante atenção esperando uma reação do que contaram naquele momento. Não era uma brincadeira. Não era um trote.

— Minha Lily... — disse Lautner.

Ele voltou a ficar quieto. Os amigos queriam saber o que passava em sua mente.

— Cadê ela? — Lautner reagiu nervoso. — Cadê Lily?

— Calma, cara. Nós não sabemos de nada ainda. Ela está morta e é o que sabemos.

Lautner levantou e empurrou Joseph no chão, sai correndo pela casa. Nenhum dos amigos conseguiu pará-lo. Quando saiu para rua, sentiu o sol fervilhando em seu rosto e a ressaca não o ajudava a encarar nada naquele momento.

Saiu andando sem rumo. Não sabia aonde ir. Ouviu seus amigos gritando seu nome, mas o desespero tomou conta do seu corpo quando aquelas palavras ressoavam repetidas vezes em sua mente.

Lily está morta.

[CONTINUA]