22 maio 2015

Bad Blood | 17° Capítulo.


Encachou a chave na porta e esticou o braço até a caixa de correspondência. Hoje tinha cartas e uma delas era judicial, obviamente o mandato de Johnny. Abriu as pressas a porta, quando leu o horário de comparecimento a Swarthmore College, percebeu que faltava menos de 40 minutos. Sua sorte era que a S.C. ficava próximo a sua casa, então, pôde chegar a tempo ao prédio principal onde responderia a intimação.

Estacionou às pressas e no caminho para o prédio principal, havia muitos policiais e faixas amarelas proibindo a passagem de civis. Perto da porta do prédio principal, Katheryn estava conversando com alguns oficiais da polícia, quando o avistou, disse:

— Uau, duvidei que responderia ao mandato...

— Não tenho problemas com a justiça e não devo nada.

— Jared, se quiser, posso pedir para interrogá-lo. Já nos conhecemos bem.

— Nos conhecemos? — Jared questionou confuso. — Não, não é verdade.

— Aquela noite significou algo? As coisas que disse?

— Katy, foi apenas sexo... por favor, você queria aquilo com veio atrás de mim naquela noite. E eu não disse nada, foi você quem disse.

— Explica isso direito. — Katheryn indagou seguindo Jared no elevador.

— Explicar o que? Não devo explicações... Você sabe que tenho namorada, eu gosto da Taylor, lembra dela? A garota que vocês estão procurando. — Jared suspirou. — Olha, aquilo foi divertido, você foi ótima para mim, mas entenda que ando confuso desde o desaparecimento da Taylor e não se ofenda com digo que não significou nada.

Katheryn riu, não acreditava no que acabara de ouvir. Aproximou-se de Jared e disse:

— Não sou segunda opção sua ou dessa garota que você chama de namorada. Aquela garota é uma criança e você está sendo um escroto. — ela riu. — Espero mesmo que você não tenha culpa porque eu vou adorar acabar com sua vida!

— Não tenho culpa que você se decepcionou comigo. Se você não tivesse ido até meu quarto, honestamente nunca teria reparado em você. Sinto muito, Katheryn, de verdade.

— Você é um crápula sem caráter... Seu filho da p...

Katheryn parou de falar quando Johnny apareceu no final do corredor, mas cerrou os olhos contra Jared e arrumou sua postura.

— O que está acontecendo aqui? — Johnny perguntou curioso, mas ninguém respondeu. — Tudo bem... já que ninguém quer dizer, acho melhor começarmos, Jared, por favor, acompanha-me.

— Antes de começarmos, quero dizer que sinto muito pela nossa briga. Vocês dois são meus irmãos, a família que tenho e tanto prezo. — Jared olhou para Johnny e John. — Sinto que tudo que estou passando... tem sido difícil porque não sei o paradeiro da minha namorada, tendo vocês aqui investigando todo o caso... Tem me afetado bastante, mas eu não quero levar essa briga a diante. Não sinto rancor e espero que me perdoem.

— Você não muda mesmo... — John riu e o puxou para um abraço.

Apesar de ter relutado, Johnny abraçou seus irmãos como nos tempos de infância. Ficaram abraçados por dois minutos, soltaram uma risada conjunta e de alívio. Aquilo era o sentimento de fraternidade que ainda sentiam um pelo outro.

— É um filho da puta mesmo... — sussurrou Katheryn para si mesma após assistir a cena.

***

Duas semanas depois

Miley testava sua câmera, tentava arrumar o zoom que tinha danificado desde o dia que invadiu a irmandade da Cher, então, deduziu que algo tinha quebrado. Tentava tirar uma foto profissional de seu cachorro.

— Você está em um ângulo perfeito, posso tentar?

Ao ouvir aquela voz, tentou ignorar, mas pela sombra que batia contra o Sol, percebeu que a pessoa não iria embora.

— O problema é que a câmera está quebrada e você não é profissional.

— Acredito que quem faz a arte é a modelo, não o fotografo. — retrucou.

— Nick, por favor, deixe-me em paz.

— Deixe-me tentar... por favor... — pediu novamente. — É triste que você fique apenas tirando fotos de outras pessoas, mas nunca de você. Perde a noção do quanto lembranças suas também são essenciais.

Miley assentiu e pegou seu cachorro no colo, entregou a câmera ao Nicholas e voltou a mesma posição que ele pedira. Respirou fundo, sentia-se um pouco constrangida por aquilo, mas o sorriso que ele deu por de trás da câmera a deixou corada.

— Está uma paisagem bem legal. — Nicholas comentou. — Ficaram ótimas!

Miley não respondeu, ficou apenas sorriu como se bastasse ao elogio.

— Posso te seguir no instagram? — Nicholas perguntou. — Adoraria ver essas fotos quando você as publicar. Espero que publique, estão ótimas.

Ao pegar sua câmera, Miley avaliou as fotos e sorriu – realmente ficaram ótimas.

— Você leva jeito com fotografia. — ela disse. — Obrigada por isso. Creio que não irei publicar...

— Então, envie para mim. Se não se importar, gostaria de ter uma. — Nicholas respondeu. — Apenas para dizer que eu sou bom nisso.

— Bom, quando nos encontrarmos, quem sabe. — Miley.

***

— Como foi o passeio?

— Normal... apenas Meredith que está pesada demais, e preguiçosa. — respondeu Taylor, colocando

— Perguntei do passeio com seu professor...

— Ed, ele não é meu professor, ele só leciona onde estudo. E foi normal, ele disse que a polícia está mais calma, sumindo do campus aos poucos.

— E você acha que será normal você sumir e reaparecer do nada, sem nenhuma justificativa como se nada tivesse acontecido? — Ed indagou, curioso.

— Não, não será dessa forma. Mas eu quero... ainda não sei o que fazer. Eu quase morri! — Taylor respondeu. — Eu não sei quem tentou me matar sufocada dentro do meu próprio dormitório e não tenho como apontar dedo a alguém.

— E o que o Jake diz sobre isso? — Ed perguntou, sentando-se à mesa.

— Aquela lista de alunos que citei, ele disse que observou e todos estão agindo normalmente sem nenhum ar culposo e agora volto a estaca zero. — Taylor serviu de um chá. — Queria conversar com Jared ou Theo, mas eles devem estar muito envolvidos com a polícia nessa altura.

— Sim, principalmente esse Jared. — Ed respondeu puxando um jornal local. — Segundo a notícia que foi publicada nesta manhã, o detetive Johnny Depp, que lidera as investigações, descobriu o caso que seu irmão caçula tinha com a estudante desaparecida e está investigando o caso. E que o mesmo afirma que sabe separar suas relações pessoais com as profissionais, e ainda segundo fontes da vizinhança em que moram, a relação dos irmãos está estremecida. — Ed fechou o jornal. — Vem cá, você tem certeza de que eles não se parecem nada?

— Estou te dizendo, eles não são nem um pouco parecidos e isso é um outro problema. Se a relação deles estremeceram, talvez ele tenha descoberto. Não sei se o Johnny me reconheceu... eu era mais nova, tinha visual e aparência diferente de hoje...

— Taylor, por favor, você não mudou em pouco mais de seis anos dessa forma. Se ele te viu e falou com você, ele lembrou.

— Mas ele não me disse nada...

— Claro que não! Seria, no mínimo, antiético tocar neste assunto no meio de uma investigação como essa. Fora que as circunstâncias que vocês se encontraram é duvidosa. Ele não poderia dizer: “ei, você namora meu irmão, mas você lembra que ficamos depois do show dos The Killers”. Ah, fala sério, Taylor, ele sabe quem é você, mas optou por guardar segredo.

— Seria bom ter respostas. Ele age normalmente e eu não sei, eu me preocupo só de pensar se o Jared sabe ou não. E não saber de absolutamente nada está me matando...

[CONTINUA]

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