Bad Blood | 21° capítulo.

02 dias depois...

“Depois de todo ocorrido nos últimos dias sobre a morte de Lily Collins, a jovem encontrada morta em Swarthmore College, o detetive do caso, Johnny Christoper Depp foi desligado oficialmente do caso após fortes acusações da mãe de Lily Collins no último dia. É preciso que a polícia saiba encaminhar este caso para o fim, precisamos de policiais competentes para descobrir a verdade porque Swarthmore College já não é um lugar seguro. Primeiro, Lily Collins foi morta de maneira brutal e sua família ainda não pôde enterrá-la com dignidade. Segundo, outra estudante, Taylor Swift, está desaparecida e somente hoje que a polícia anunciou que ampliarão sua busca. E em terceiro lugar, outro jovem foi encontrado morto dentro de seu dormitório, seu nome era Harry Styles, cometeu suicídio na noite de ontem e a polícia investiga se a morte dele está ligado aos demais casos. No mais, toda e qualquer atividade de Swarthmore College foram suspensas, limitando-se somente as aulas. Pedimos descrição da imprensa, apoio da comunidade para qualquer ajuda e pedimos desculpas novamente por todo ocorrido.

O homem gordo, conhecido pelo nome de David Backshott, capitão da delegacia local, terminou sua fala e virou as costas. Já Johnny, desligou sua televisão e atirou o controle para longe, esfregou o rosto e fechou os olhos tentando pensar.

***

Após o noticiário, Taylor encarou a televisão e voltou sua atenção ao amigo.

— Ed, tenho que voltar.

— Tem certeza de que é seguro?

— Não, mas... O Johnny cuidava do caso e eu tinha uma carta na manga quando era ele, preciso saber do que estão falando... De mim? Quem sabe de alguma coisa sobre mim e ele? E o Harry? Suicídio? Tudo isso é loucura demais! Tem algo acontecendo e eu preciso saber o que é. E eu preciso te proteger também, não estamos tão longe e não demorara tanto para descobrir da sua existência se continuarem investigando a fundo, não posso deixar nada acontecer com você, Ed. Irei embora hoje e irei... pensar em algo.

***

Com uma xícara de chá em uma mão e a colher em outro, balançou a colher misturando bem o açúcar ao líquido, sobrava e bebericava goles pequenos, pois ainda estava bastante quente. Foi até a entrada da casa e pegou uma correspondência e os dois jornais locais. Voltou para dentro de casa e sentou-se em sua poltrona, abriu o jornal e viu seu rosto estampado na primeira capa com o título “A ruína da família James-Depp”, ele riu. Leu por cima a notícia em que contava, sem muitos detalhes, a relação de Johnny e seu irmão caçula, James, com a desaparecida da vez, Taylor Swift. Johnny lia com atenção e desaprovava toda a desinformação que lia, no final, tinha uma breve entrevista com Benet, mãe de Lily Collins – e Johnny deu uma gargalhada honesta, pois é a primeira vez que ouviu o nome da enlutada. Talvez não estivesse fazendo seu trabalho direito, confessou a si mesmo, já que mal sabia o nome da mãe da vítima. Em uma das linhas que mais o deixou com raiva dizia que “uma geração inteira de estudantes de direito tinha como Johnny Depp e sua família como inspiração para um futuro promissor na área, mas tudo isso está em queda”.

Dobrou o jornal e pegou seu chá e bebeu tudo de uma única vez, ainda quente. Johnny pensava nas razões de tudo ter chegado naquele ponto, há dois meses que circulava e trabalhava naquela pequena cidade e andava em círculos, ao invés de descobrir a verdade por de trás da morte de uma adolescente, são segredos da sua vida que são revelados ao mundo.

Johnny despertou de seus pensamentos com a campainha tocando, ao olhar pelo olho mágico era seu irmão mais confiável naquele momento, John.

— Como está? — John perguntou ao olhar para seu irmão.

— Vou bem, levando na maneira que posso. — respondeu. — Férias compulsórias...

Johnny abriu espaço para que John entrasse, trazia consigo duas caixas medias que colocou em cima da mesa da cozinha.

— Fiz o favor de trazer suas coisas. E trouxe também mais uma coisinha para que você veja.

— Não quero trabalhar com mais nada desse caso. Vou fazer o que me tiraram e tirar meu tempo fora de alcance. — Johnny respondeu de maneira rude. — Quem sabe viajar mesmo, levar Ariana comigo e sumir um pouco porque isso aqui... — pegou o jornal. — é uma vergonha, olha as coisas que não dizendo sobre mim...

— Não sabia que estendia a toalha tão rápido assim... — John respondeu. — Conversei com David nesta manhã e ele não desistiu de você, nem eu. Mas você precisará ter mais paciência. Enquanto isso, David me deu a permissão de lhe trazer isso aqui.

John tirou da primeira caixa uma pasta amarela e Johnny abriu, tinha o nome de Harry Styles com resultados da autopsia, depoimento colhido anteriormente e outras informações que Johnny teria que olhar com mais calma.

— Quem está no comando agora? — Johnny perguntou, curioso.

— Katheryn! — John respondeu duro. — Eu poderia ter assumido, mas ela trabalhou melhor nisso, votando contra você com o discurso de que uma pessoa nova e diferente deveria conduzir toda a investigação e a equipe sabe que somos irmãos, não abandonaria você.

— Uma pena! — Johnny disse pensativo. — Mas não fique bravo com Katy, ela está pensando na carreira dela também e não está errada.

— Mas ainda assim quero conversar com ela, botou tudo entre nós a perder quando disse que via você acobertar Jared, ignorando pistas... não é certo, Johnnny.

— Deixe-a, pois ela mal sabe que está entrando em um labirinto com área movediça. — eles riram. — Vai se dar muito mal. E enquanto isso, vou investigar isso aqui... — apontou para a pasta. — E você será meus olhos lá dentro.

[CONTINUA]