- Taylor, sua mãe está aqui? – Jake sentou-se no meu lado. – Vai fazer duas semanas que está aqui.
- Estou te incomodando? – Perguntei na defensiva.
- Claro que não. – Jake abraçou-me. – Só que desde aquele
dia na sua republica que não sai dessa casa e não fala o que aconteceu lá
dentro. O que houve?
- Irei falar com minha mãe. – Levantei-me.
Desci as escadas e minha mãe estava na cozinha me
esperando, ela reparava na casa de Jake cuidadosamente.
- Oi. – Sorri.
- Taylor. – Minha mãe abraçou-me com força. – O que está
fazendo aqui esse tempo inteiro?
- Descansando. – Respondi sentando na cadeira junto a ela.
– Não se preocupe.
- Os rapazes foram te visitar duas vezes na semana passada,
a detetive apareceu novamente querendo conversar com você, Selena também
apareceu.... Não tenho o que dizer a eles sobre onde você está e porque não
está em casa ou indo estudar.... – Minha mãe pegou na minha mão e beijou. – Nós
sentimos sua falta lá em casa também.
- Não estou me sentindo bem nesses lugares, mãe. Não mais.
– Apertei sua mão. – Aqui ninguém me verá ou dirá alguma coisa.
- Está indo a fisioterapia? – Ela perguntou.
- Sim, apenas mudei de horário porque todos sabiam. –
Respondi.
- Taylor, tome cuidado. Peço muito cuidado. – Ela falou de
maneira entretecida. – Na última vez não tive o cuidado o suficiente com minha
filha e veja o que aconteceu com você. Tudo o que aconteceu com você e Ed. Seu
pai e eu não nos deixamos de nos culpar pela falta de cuidado, mas não queremos
controlar vocês dois depois de tudo. Apenas tomem cuidado e nos mantenha
cientes do que estão fazendo...
- Sinto muito por preocupar vocês, mas eu realmente não
estou com cabeça para tudo isso agora. – Respirei fundo. – Mãe, tudo isso está
me consumindo muito e no momento não posso sair frágil.
- Você não quis ser frágil, não é? – Ela sorriu. – Karlie
falou conosco e disse que você pode ir passar um tempo com ela.
- Irei conversar com ela a respeito. – Sorrimos. – Eu amo
vocês, todos vocês. Eu sinto muito que tenha machucado vocês da maneira que
machuquei.
- Não se culpe pelo o que aconteceu. – Mamãe ficou séria.
Jake desceu as escadas e acenou de longe. Olhamos para ele
e voltamos a conversar.
- Você confia que ele é uma boa pessoa? – Ela sussurrou.
- Sim, eu confio nele.
- Sinceramente, seu pai ainda não aprova porque ele
trabalha no lugar que estuda... A idade é um fator importante.
- São nove anos de diferença, eu sei que é um fator
importante e no momento é importante alguém que me apoie como ele está fazendo.
– Olhei para Jake. – Vocês ainda vão conhece-lo melhor.
- Estou aliviada em conversar com você, meu amor. – Alisou
meu rosto. – E ver que você está bem, buscando uma recuperação. Só peço que não
desista dos seus estudos, da natação.... Sua vida.
- Não irei desistir de nada disso. – Respondi sorrindo. –
Obrigada.
Minha mãe deu um abraço bem forte, o mais forte que já nos
demos desde que acordei no hospital. Ela tentou não chorar, mas não resistiu e
mesmo assim foi embora dando um tchau sempre como se fosse um último.
Fechei a porta e escorei-me nela. Jake posicionou suas mãos
em meu rosto e colou sua testa com a minha. Ficamos parados por um bom tempo
dessa maneira.
- Não suporto mentir para ela dessa maneira. – Desabafei. –
Não sei se vou conseguir aguentar.
- Você chegou até aqui e será difícil voltar atrás. – Jake
abraçou-me forte.
- Eu sei. – Lamentei.
***
Sentei no primeiro banco na arquibancada e olhei o campo de
futebol americano clarear conforme o sol nascia no horizonte. Estava só. Pela
primeira vez achei paz desde muito tempo. Quero gritar tudo que estou
guardando. Corri até o meio do campo e senti o sol queimar meu corpo.
- Eu matei a Lily. – Gritei. – Eu matei Lily Collins. –
Gritei novamente até a garganta ficar rouca.
Olhei em volta e não tinha ninguém porque ninguém aguardava
cedo.
- Eu matei a Lily Collins. Eu feri a Taylor Swift. – Sorri.
– Eu matei. Quase matei duas pessoas.
***
- Chame o John aqui o mais rápido possível. – Pedi.
Depois de alguns minutos John apareceu em minha porta
atencioso.
- Estava pensando comigo mesma sobre uma coisa que me deixa
intrigada. – Iniciei rindo. – Não é possível Taylor ter começado a namorar com
Jacob Gyllenhaal agora sendo que eles não eram conhecidos no mesmo ciclo. Eles
estão mentindo. Está faltando uma peça.
- Qual peça seria? – John perguntou.
- Essa é a grande questão. – Sorri satisfeita. – Temos que
espreme-los um a um e um dos quatros irão deixar algo cair, então, será nisso
que vamos nos agarrar.
- Estamos há 15 meses no mesmo caso em uma universidade do
interior onde uma garota foi morta, outro garoto se matou, outra garota
desapareceu e foi encontrada espancada sem ninguém nunca ver nada. Katy, você
acredita mesmo que alguém saberia dizer se uma aluna estava conhecendo um
professor fora daquele lugar? – John riu. – 15 meses sem uma única pista.
- Temos Vanessa e Justin presos. – Lembrei-o.
- Os dois não falam nada, não aceitam advogados. – John
parou. – Justin não aceita, já Vanessa terá uma audiência daqui há dois dias
para pedido de liberdade e sua advogada está mirando em nós por falta de prova.
- O que sugere? – Perguntei nervosa.
- Não ser como o Johnny! Ele também tinha uma obsessão por
Taylor Swift e veja o que ela e você fizeram com ele.
- Ele fez isso com ele mesmo. – Defendi-me. – Pensei que
ficaria no meu lado depois de tudo.
- Você não ficou no meu lado, Katy. E isso faz 15 meses. –
John falou debochado.
- Não tem o direito de dizer isso. Tínhamos combinado
privacidade.
- Uma coisa é ter privacidade e outra é você passar por
cima de nós dois e ficar com meu irmão para tentar descobrir o que ele sabia da
namorada desaparecida dele, ter tirado meu outro irmão de um caso que ele
trabalhou e todos os dias me ignorar como se eu fosse uma pessoa qualquer para
você. – John olhou em volta. – Você merece essa sala, mas não merece o jeito
que a pegou.
- Essa é a sua opinião, respeito ela. – Sorri. – Acredito
que agora será assim daqui para frente.
- Já tinha me acostumado. – John deu de ombros.
- Terá o mesmo tratando de todos daqui e nunca mais fale
que posso estar obcecada por uma adolescente pelo simples fato de saber que ela
está mentindo em algum ponto.
- Mentindo sobre um relacionamento não faz dela uma
assassina. – John retrucou. – E pensar que a primeira coisa que passou na minha
cabeça era sentir que sinto sua falta, sentia falta de nós dois..
John olhou-me pela última vez e fechou a porta. Sentei dura
na cadeira e parei por um instante.
***
- Tem alguma notícia de Taylor? – Emma perguntou sentando
ao meu lado.
- Nenhuma. – Respondi
- Theo, está estranho. Aconteceu alguma coisa? – Emma
perguntou.
- Taylor não responde minhas mensagens e não atende meus
telefonemas. – Balancei a cabeça negativamente. – Na última vez que isso
aconteceu...
- Andrea, mãe de Taylor, me ligou no almoço e disse que
Taylor está bem e com Jake. – Ed sentou ao lado de Emma. – Ela está bem e
segura com ele.
- Porque ela está com ele e nós estamos sem notícias.
Pensei que ficaríamos juntos.
- E não estamos? – Ed perguntou confuso.
- Não estamos, Ed. – Respondi. – Ela resolve se afastar,
ficamos preocupados e ela volta com um plano que abraçamos. Será sempre assim
ou ficaremos juntos.
- Do que vocês estão falando? – Emma perguntou confusa.
- Não é nada. – Respondi abraçando-a, mas ela rejeitou.
- Já faz um tempo que eu noto que falam coisas que ninguém
entende, além de vocês. – Emma encarou-me brava. – Cheguei a pensar que seria
uma relação entre você e Taylor, mas é algo bem maior do que isso.
- Emma, você entendeu tudo errado. – Ed intrometeu-se
rindo. – O que queremos dizer..
- Ed, por favor! Quero que Theo responda. – Emma.
- Quer a verdade? – Perguntei a Emma. – Eu cansei de mentir
para você, mas se é tudo que quer.
- Fala. – Emma exigiu.
- Taylor e eu íamos ter um filho ou pelo menos é o que ela
diz para mim porque pode ser meu ou pode ser de Jake. – Desabafei. – Quando ela
decidir de quem seria, eu provavelmente abraçarei a ideia dela como todas as
vezes.
- Isso é tudo? – Emma perguntou sem demostrar alguma emoção.
- Não, mas é o que posso dizer agora. – Respondi e abaixei
a cabeça.
- Não podemos ter um relacionamento quando você mesmo diz
que mente nas minhas costas.
- Infelizmente é tudo maior que eu. – Respondi Emma e olhei
para Ed. – É maior que nós.
- Do que vocês sabem? – Emma levantou e ficou na nossa
frente.
- Eu tenho medo de dizer e alguém acabar morrendo aqui e
agora. – Ed respondeu rindo. – Eu tive surtos psicóticos por encontrar minha
amiga quase morta, eu não posso falar nada.
- Vocês mataram a Lily?
- O que? – Levantei-me. – Ninguém matou Lily, pelo amor de
Deus, Emma!
- Então o que é? – Emma segurou nos meus braços. – Theo,
tudo vai acabar porque você não pode me contar o que está acontecendo com você.
Você tem medo de andar comigo, tem medo de que eu e Taylor juntas, medo de
conversar comigo, medo de dormir sozinho...
- Tenho medo que algo ruim venha acontecer com você. –
Retruquei.
- Theo, confie em mim uma vez.
- Taylor não desapareceu, ela estava comigo o tempo
inteiro, mas alguém tentou usar os outros dois para matá-la. – Ed respondeu
rapidamente. – E Theo estava investigando Justin.
- Justin Bieber? – Emma perguntou.
- Sim. – Respondi e encarei Ed com raiva.
- Theo, é isso? – Emma pegou no meu rosto. – Olhe para mim,
eu quero ficar no seu lado.
- É isso. – Peguei nos braços de Emma. – Estão felizes
agora? É esse todo o mistério.
Passei a mão na minha boca e olhei os dois em minha frente,
ambos sem jeito. Fechei minha jaqueta e virei as costas.
- Justin era traficante, não era? – Emma falou em voz alta.
- Como sabe disso? – Voltei e fiquei de frente com ela.
- Trabalhava na reitoria quando ouvi. Como você sabe disso?
– Emma replicou.
- Invadi onde morava e descobri algumas coisas. – Respondi.
- Sinto que agora estamos indo a algum lugar. – Ed ficou
entre nós.
- Porque ele e Vanessa espancou Taylor? – Emma perguntou a
nós dois.
- Achamos que ele é um pau mandado de alguém. – Ed respondeu.
- Taylor sabia que ele era um traficante, mas nunca ligou
para isso. – Comentei.
- Conheço uma pessoa que pode dizer sobre a Vanessa, pelo
menos. – Emma.
- Quem? – Eu e Ed perguntamos juntos.
- Zac e Ashley. – Emma respondeu. – Indiquei uma advogada
para Vanessa: Viola Davis, amiga da minha mãe.
Olá!
ResponderExcluirA Emma também?! Já está tanta gente envolvida nisso que eu já não faço a menor ideia de quem matou Lily e quem fez mal à Taylor. Mas já foi comprovado nesse capítulo que quem matou a Lily e fez mal à Taylor foi a mesma pessoa. Cheguei a pensar que fossem pessoas diferentes.
Não há a possibilidade de ser alguém que a Taylor ache ser amiga. Tipo o Theo ou o Ed porque o Theo ficou investigando o Justin.
Começo a colocar a Miley como suspeita, além das três meninas que eu já pensava no início: a Selena (que eu entretanto deixei de a colocar como suspeita depois do capítulo em que o Justin revela à Selena que esteve envolvido no caso da Taylor) a irmã da Taylor e a Cara. Por falar na Cara, nunca mais li nada dela.
E a irmã da Demi e o Liam? Nunca mais li nada com eles. Também podem ser suspeitos.
Eu estou tentando entender quem é o assassino antes do final, mas não sei se estou perto de descobrir ou não.
Será que o assassino é alguém que eu falei aqui?!
Fico esperando o próximo capítulo!
Beijos.
Eu adorei seu comentário, mas eu não posso dizer se o assassino está ou não nos nomes que você citou.
ExcluirInfelizmente são muitos personagens secundários que aparecerão nessa temporada aos poucos já que no final da primeira todos tomaram rumos diferentes na narrativa.
Posso afirmar que o Theo e Ed não são culpados, muito pelo contrario.
Alias, não estou lembrada de qual capitulo avisei que alguns personagens sairiam da historia e um deles era cara que foi substituída pela Ashley Benson na narrativa.
Postarei daqui a pouco.
Beijos.