- Selena! – Falou surpreso. – Nossa... – Encarou-me por
inteira. – Não esperava por sua visita.
- Também pensei que não voltaria aqui. – Respondi. – Mas eu
não consegui seguir em frente.
- Nem eu. – Riu.
- Justin, não tem graça. – Chamei sua atenção.
- Desculpe, mas aprendemos aqui a ter um senso de humor
para sobreviver. – Justin explicou.
- Ainda confia em mim? – Perguntei.
- Claro! – Justin respondeu rapidamente.
- Porque não me contou que vendia drogas? – Perguntei.
- Como sabe disso? – Mudou sua expressão. – Quem contou
isso a você?
- Detetive Katheryn Hudson. Ela veio atrás de mim e
contou... – Inventei. – Foi por isso que fez aquilo com Taylor?
- Sim. – Justin respondeu desviando seu olhar. – Falaram
que tinham provas e eu poderia perder minha bolsa, então, eu fiz. – Justin
continuou. – É difícil ouvir isso, mas eu não tenho arrependimentos. Ela não
dava valor a sua amizade, Selena, não da maneira que você merecia e eu fiz
porque uma vez ela mandou eu terminar com você...
- Porque ela disse isso? – Perguntei segurando minhas
lagrimas.
***
- Taylor, só pude vim hoje cedo. – Jake abraçou-me forte. –
Como você está?
- Bem, estou bem. – Respondi com um falso sorriso. – Onde
esteve?
- Reunião com meu advogado. – Jake respondeu sentando ao
meu lado. – Vanessa tem uma advogada chamada Viola Davis, bem conhecida no ramo
do direito penal e ela veio atrás de mim recrutando testemunhas para falar bem
de Vanessa. Quer dizer, ela quer que eu conte como era minha relação com
Vanessa já que eu dava aula a ela.
- O que você respondeu? – Automaticamente me afastei.
- Por isso fui atrás do meu advogado para consulta-lo e ele
explicou que eu posso ir por vontade própria ou a Juíza poderá ordenar. – Jake
explicou me puxando para perto dele. – Mas só irei por vontade própria se você
estiver confortável com isso?
- Vanessa enviou uma carta através de Selena. – Contei. –
Não sei o que fazer com ela.
- Posso? – Jake perguntou.
Concordei com a cabeça e peguei a carta que havia guardado
debaixo de seu criado-mudo. Ele olhou para mim e concordei mais uma vez. Minha
feição não negava estar desconfortável, mas permiti. Não era grande a carta e
Jake devorou-a em minutos, sem dizer nada me entregou e eu li novamente:
“Taylor, espero que essa carta chega em você em sigilo e que leia até o final para saber o que gostaria de ter dito ontem quando achei você na casa do professor Jacob. Minha intenção não era machucar ou ferir você, na verdade, eu nunca quis fazer isso e entendo sua raiva, seu ódio contra mim. Primeiro devo dizer como te achei. Foi simples, perguntei ao Zac e ele disse que você não morava mais na república e tão pouco com sua mãe, também soube do seu relacionamento com o professor e pensei em arriscar já que não era segredo que morava tão perto de onde estudamos. Eu te vi e esperei ficar sozinha na tentativa de termos uma boa conversa e eu tento entender seu ato em chamar a polícia, mas eu não poderia ser pega e fugi como se fosse uma criminosa.E eu só gostaria de entender porque você disse que eu tinha motivos e era capaz de matar Lily, não foi justo comigo. Eu te machuquei, isso é verdade e nunca neguei isso. Nem poderia. Mas nós éramos boas colegas e nos dávamos bem na natação, já eu e Lily éramos amigas e existe pessoas que podem provar isso. Gostava e sinto falta dela assim como você sente falta dela e de Harry.Fui covarde, admito! Deixei ameaças que poderiam estragar minha relação com meus pais, com pessoas próximas de mim dominar a raiva que senti quando recebi elas e descontei em você por achar que era culpada de aquilo estar acontecendo. Mas eu juro pela minha liberdade que eu não fazia ideia do que eu tinha que fazer até ver Justin e depois vê-la. Ele me explicou e eu já estava metida nisso, talvez seja maldade perguntar se você lembra o que aconteceu, se não, eu digo que eu mal toquei em você. Na verdade, não toquei. Mas nada diminui o fato de ter feito parte daquilo e eu estou disposta a pagar pelo que fiz a você, mais nada que isso.Passei meses na cadeia juntando peças, pensando em pessoas, procurando razões que possa ter levado alguém a fazer isso e desde que sai soube que você e Theo estão fazendo a mesma coisa. Eu quero informações e vocês também querem, podemos trabalhar nisso visto que a polícia tão pouco faz alguma coisa e agora que você foi presa sendo uma vítima talvez esteja determinada a procurar ainda mais quem fez isso. Posso ter informações que você não tenha, mas para isso você terá que falar comigo pessoalmente. Tive medo de você na piscina, estive longe por muito tempo, mas agora estou no seu lado. ”
- É uma surpresa. – Jake comentou. – O que vai fazer?
- Eu não sei, Jake, eu não faço ideia. – Respondi tremula.
– Onde foi que errei para viver esse pesadelo!?
- Taylor... – Jake tentou abraçar-me.
- Não, Jake, é sério! – Levantei-me. – Não tenho mais vida,
perdi tudo que eu mais amava fazer, perdi minha liberdade de andar nas ruas,
estudar porque tenho medo, estou sendo seguida, cassada. As pessoas não me
deixam respirar, me sinto sufocada com todas vindo aqui dizer coisas absurdas,
tentando fazer coisas que eu não quero. Não sou Deus para perdoar Selena ou
Vanessa, nem Jesus para liberdade você, Theo ou Ed, não sou Diabo para Miley me
condenar dessa maneira, nem uma criminosa para ser perseguida do jeito que eu
sou. – Puxei meu cabelo pela raiz com ódio. – Esperam que eu busque solução que
eu não tenho, todos querem um pouco que eu não tenho. Eu não sou mais a mesma
pessoa, isso aqui é o resto que restou. – Limpei minhas lagrimas. – Eu não faço
ideia que eu faço por vocês.
Quanto mais limpava minhas lagrimas, mais caiam pelo meu
rosto. Já não poderia engoli-las ou fingir que elas queriam cair em toda
situação que entro, em tudo que faço. Prendi meu cabelo e sentei no canto do
quarto. Jake ainda mudo levantou e saiu pela porta. Comecei a bater minha
cabeça contra parede chorando cada vez mais forte.
Não existe mais Taylor Swift ou quem quiser que eu era.
***
- Taylor? – Ed sorriu ao me ver acordada. – Se sente melhor?
- Quanto tempo dormi? – Perguntei.
- Algumas horas. – Ed respondeu vago. – Todos foram embora.
Estamos sozinhos, quer dizer, tem uma visita lá em baixo que não quer ir embora
até falar com você.
- Quem é? – Perguntei curiosa.
Ed ficou quieto e ajudou a arrumar minha cama para sentar,
ele trouxe um café preto e forte. Sentou no meu lado e observou pela janela o
final do pôr-do-sol.
- Lembra quando veio até aqui com uma mala dizendo que
fugiu? – Ed riu.
- Lembro do dia que vim aqui e trouxe problemas para você.
– Corrigi.
- Nada que não podemos resolver quando paciência e juntos.
Você ajudou muito quando estava em Londres comigo. – Ed sorriu. – Faço de tudo
por você, sabe disso.
- A situação foi diferente e estava ao meu alcance. Aqui?
Está fora do nosso controle e eu coloquei você em uma situação ruim. –
Abaixei a cabeça. – Coloquei todos em uma péssima situação. Você sofreu com um
surto e vem sendo perseguido, Theo não é feliz... claramente por minha causa.
- Você não pode dizer isso sem ter certeza. Eu sou feliz. –
Ed voltou a rir. – E o Theo.... Ele tem aquele jeito de sério, mas ele gosta
muito de você e é feliz. Da maneira estranha dele, mas é. – Ficamos em
silencio. – Desde que Emma foi embora, por exemplo, ele já teve alguns rolos
por aí.
- Não sabia disso. – Respondi rindo.
- Pois é, ele finge que está só focado em nós, mas no
momento ele deve estar com alguma mulher por algum lugar. Ele só tem medo de
amar uma pessoa. – Ed ficou sério. – Todos nós temos esse medo. Veja o Harry.
Infelizmente o amor matou ele, perdeu a Lily e de alguma maneira ele mesmo.
- Tenho medo de perder Jake. – Comentei triste. – Não só
perder ele fisicamente, mas perdê-lo por ser cercada de coisas ruins. Disse ao
Harry uma vez que o amor é amar mesmo quando outra pessoa está feliz sem você,
mas é ruim pensar que eu posso perdê-lo. Praticar é difícil.
- Jake já é um cara maduro o suficiente para saber em que
posição ele está. – Ed respondeu. – Aliás, foi aqui que vocês ficaram por um
bom tempo, não é? – Ed riu. – É o quarto da minha mãe, se ela descobrir que ele
foi usado para esconder uma garota que fugiu por medo e se apaixonou aqui....
Ela talvez não goste.
- É verdade. – Olhei em volta. – Foi aqui que vivi em paz
com vocês. Deixei minha família preocupada por egoísmo. A verdade já está
exposta, só posso negar por falta de provas. – Completei. – Eu mereci tudo que
passei desde que pedi ajuda a você?
- Não mereceu nada disso. – Ed abraçou-me forte. – Nenhum
de nós merecemos o que aconteceu, mas já que aconteceu basta irmos atrás de
justiça... ou na língua de alguns: vingança.
Ed levantou e despreguiçou-se de pé, arrumou sua roupa e
fechou as janelas.
- A mãe de Harry está aí. – Respondeu minha primeira
pergunta.
Olá!
ResponderExcluirPor momentos pensei que quem queria visitar a Taylor fosse a Vanessa. Imagino que a Taylor vai se unir à Vanessa para descobrir o assassino da Lily.
E estou curiosa para saber o que a mãe do Harry quer falar com a Taylor.
Posta logo.
Beijos.
Vanessa e Taylor se encontrarão no próximo capitulo por conta disso fiz um duplo para agitar todas as informações lol
ExcluirVerá o quanto é importante essa visita também. Espero que goste do próximo.
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