Algumas
pessoas podem dizer o que estou prestes a dizer é um pensando antiquado ou
reacionário, mas isso vária de acordo com o ponto de vista. Quase todas as
manhãs que acordo, ou melhor, toda manhã que acordo como esse desejo abrir os
olhos e ter um homem ao meu lado com um café da manhã ao meu lado. Com beijos,
rosas e um champanhe. Atrasar para o trabalho por fazer um ou dois sexos
matinais, arranjar um espaço no horário de almoço para, talvez, ficar com essa
pessoa e chegar em casa e ter a quem me esperar em casa ao anoitecer. Mas na
realidade normalmente acordo assim.
Abro
os olhos com a luz do sol irradiando meu acordo, viro meu corpo com cuidado e
encaro o teto por alguns segundos. Desvio meu olhar para o lado e vejo um homem
negro, com barbas bem-feitas e de estrutura alta. Com o mínimo cuidado que
poderia ter levantei da cama e dei a volta procurando suas roupas, sua calça
estava no chão do avesso, vasculhei seus bolsos e achei sua carteira. Seu nome
era Arnold Thatcher.
Como
não poderia me lembrar o nome do homem com quem transei?
Coloquei
sua carteira no lugar e busquei meu roupão que larguei na manhã do dia anterior
em algum lugar por aqui...
— Bom
dia. – A voz grossa de Arnold soou. – E que dia. – Sua voz era maliciosa.
— Bom
dia. – Olhei para ele com um sorriso sem graça. – Certo.... Viu um roupão cinza
por aí?
— Por
que colocar o roupão? – Ele se sentou na cama e sorriu.
— Certo...
– Continuei procurando e achei atrás da porta. – Eu vou tomar banho e você não
vai estar aqui quando voltar. E foi um prazer conhecê-lo... Arnold.
Ele
se levantou da cama completamente nu e tentou aproximar-se de mim, mas esquivei
de maneira sutil caminhando pelo quarto.
— Demi...
– Ele tocou no meu ombro. – Podemos nos ver novamente?
— Eu
demoro 15 minutos no banho, ou seja, 15 minutos para você sair. – Sorri. – E
talvez.
Arnold
agarrou meu corpo pela cintura e tentou me beijar, mas desviei para beijar meu
rosto.
— Ok...
– Dei leves tapinhas no seu peito. – 15 minutos.
Sai
do banheiro e caminhei tranquilamente pelo meu apartamento. Ele já tinha ido e
eu já estava quase atrasada para minha primeira ronda.
Vesti
uma roupa confortável e sai de casa às pressas porque Selena já estava
buzinando exageradamente e era possível ouvir do terceiro andar onde morava.
Entrei no seu carro e peguei um lanche do subway que estava no banco
dando uma mordida.
— Perdi
a hora. – Comentei de boca cheia. – Nem faço ideia onde está meu celular.
— Como
foi? – Selena perguntou sem tirar os olhos do volante.
— O
sexo? Bom. – Dei de ombros. – Ele voltará onde nos encontramos e não estarei
lá.
— Como
você consegue saber sobre a pessoa só em fazer sexo uma vez com ela?
— Eu
não sei. – Continuei comendo. – Dom?
Na
verdade, acho que sei. Eu sou cirurgiã, não sexóloga ou especialistas em
relacionamento, mas posso afirmar que a maneira que a pessoa age durante e
depois da transa diz muito sobre ela do que uma simples conversa.
— Você
vai no meu ensaio hoje, certo?
— Se
sou a madrinha. – Rimos. – Espero que não tenha nada hoje.
Descemos
do carro e entramos no hospital que estava particularmente cheio. Seguimos para
o elevador e entramos na sala dos cirurgiões. Peguei meu jaleco e coloquei meus
utensílios nos bolsos distraidamente enquanto todos falavam sobre o casamento
de Selena.
— Justin
e eu estávamos pensando em fazer um grande salão de dança, mas para isso todos
os convidados teriam que ter ou levar seus respectivos pares. – Selena dizia
animada.
— Nós
já somos um par. – Liam beijou a mão de Miley.
— Sério,
Selena? Sério? – Olhei para ela rindo. – Onde vou conseguir um par?
— Você
teria um... – Wilmer fechou seu armário e virou para mim. – Se tivesse
“pronta”.
— Como
está Eva? – Perguntei ao Wilmer de maneira provocativa e ele permaneceu mudo. –
Pois é.
— Não
vou impedir de ninguém entrar se não ter um par, mas é só uma ideia divertida.
— Miley,
temos que ir. – Chamei-a. – Estão nos chamando no P.S. – Falei conferindo meu
bip.
Prendi
meus longos cabelos castanhos em um coque e corremos para o elevador. Descemos
até o térreo e uma ambulância estava indo para nossa direção no começo da rua.
— O
que temos? – Perguntei preparando minhas luvas.
— Homem,
31 anos e ainda sem identificação. – O atendente falou ajudando a tirar a maca
do carro. – Passou mal poucos minutos com uma parada cardíaca.
O
homem que estava quase apagado na maca voltou com um impulso e começou a pular
na maca sem ar. Seus olhos castanhos arregalaram pelo apavoro. Seu rosto
rapidamente ficou vermelho.
— Outra
parada cardíaca. – Anunciei. – Iniciando RCP.
Peguei
impulso no pé da maca e subi em cima do homem iniciando uma massagem cardíaca
em seu peito. Com ajuda de Miley e outros enfermeiros, fomos levados para
dentro do hospital.
— Ande
logo. – Ordenei. – Ele não responde.
Intensifiquei
a massagem cardíaca e aos poucos seu rosto foi ganhando cor e ficando mais
calmo. Ele deitou a cabeça na maca novamente e deu algumas tossidas.
— Quero
uma ECG e um raio-x do paciente. – Gritei enquanto éramos levados pelo
hospital.
— Para
ter uma linda mulher em cima de mim devo ter morrido e entrado no céu.
Olhei
para ele surpresa com a falta de sua consciência.
— Senhor,
como é seu nome? – Perguntei.
— Como
é o seu nome? – Ele sorriu. – Quer dizer, pulamos algumas fases aqui.
Sai
de seu colo e ajudei a empurrar a maca pelos corredores. Tentei manter minha
expressão mais seria no rosto, mas ele ria sozinho tentando puxar assunto.
— Sabe
o que aconteceu com o senhor?
— Os
anjos não sabem qual será meu julgamento final?
— Para
sua sorte, está vivo. – Respondi.
— Sinceramente,
não lembro o que aconteceu. – Ele fechou os olhos. – Mas será difícil esquecer
como conheci você. Qual é mesmo seu nome, doutora?
— Leve
o resultado dele para o quarto andar quando sair. – Falei para Miley. – Tenho
que ver dona Marie. Disse a ela que daria alta hoje e ela com certeza já está
me xingando. – Ri. – E tente conseguir o nome dele.
— Demi!
– Selena chamou-me. – Wilmer pediu para substituir você na cirurgia de você,
tudo bem?
Respirei
fundo e respondi:
— Claro.
Virei
as costas novamente.
— D
E M I. – O rapaz pronunciou alto. – Meu nome é Joseph, caso queira registrar.
Jonas.
Ele
esticou seu braço para fora da cama para apontar para mim e sorriu. Retribui o
sorriso e afirmei com a cabeça.
— Vou
registrar... Joseph.
***
— Aqui
os resultados. – Miley entregou alguns papeis. – Ele perguntou quando verá você
novamente. – Ela riu. – Demi... – Imitou o paciente.
Olhei
por cima dos meus óculos de grau para Miley que ria e voltei atenção para os
exames. Analisei cuidadosamente.
— Parece
que a parada dele foi por estresse. – Conclui. – Irei aguardar o resultado do
raio-x.
— Tudo
bem... – Miley passou a mão no meu ombro. – Estarei em cirurgia.
— Diga
para Wilmer... Não diga nada. – Dei de ombros.
— Demi,
será complicado até vocês não conversarem sobre isso. – Miley se sentou no meu
lado. – E digo conversar de verdade. Você não quer o que ele quer para vida
dele e sinceramente... Ele está com Eva, então, isso quer dizer que...
— Ele
achou a mãe para os filhos deles.
Miley
saiu com um sorriso no rosto. Juntei todos meus relatórios e exames, coloquei
no armário e sai da sala para buscar o resultado do outro paciente.
Desci
alguns andares e busquei seu exame de raio-x. Estava tudo em ordem. Fui até o
quarto em que o colocaram e ele estava um pouco adormecido.
— Joseph
Jonas... – O chamei com um grito proposital e o assustei.
— Oh...
Oi Demi. – Ele sorriu. – O que tenho é grave?
— Demetria.
— O
que?
— Meu
nome. Demetria Lovato, chefe do departamento de cardiologia e trauma. – Sorri.
— Ah...
– Ele riu. – Demi é só para os íntimos e eu só sou um paciente.
Concordei
com a cabeça, mas não disse nada.
— Demetria.
– Ele pronunciou cuidadoso. – O que tenho?
— Passou
algum estresse hoje, Joseph? – Perguntei com a caneta na mão.
— Sou
bancário... Gerente. – O rapaz respirou fundo. – Descobri que alguns dos meus
funcionários estavam desviando dinheiro de contas de clientes inativos e acho
que surtei. Meu coração, literalmente, parou.
— Literalmente.
– Dei risada anotando.
— Até
que você me salvou. – Ele esticou a mão e tocou na minha mão. – Obrigada
doutora.
— Ok...
– Afastei-me um pouco. – Passará a noite em observação e pela manhã darei alta.
— Não
vai para sua cirurgia?
— Para
quem descobriu desvio de dinheiro, você ouve bem conversas alheias. – Sorri.
— Estava
interessado em você.... No que tinha para dizer... no que disse.... Pensei que
era sobre meu estado. – Joseph gaguejava confuso. – Achei que iria falar sobre
meu estado por isso prestei atenção.
Disfarcei
o riso e voltei a atenção as observações sobre ele. Pelo canto de olho via que
estava sem graça, mas não hesitava em parar de olhar para mim.
— Voltarei
mais tarde para ver como está. – Falei. – Qualquer coisa aperte esse botão e
enfermeira virá.
— Enfermeira?
– Ele suspeitou. – E você?
— Só
se você ter uma coisa mais grava para ter minha presença. – Expliquei rindo. –
Espero que não.
— Se
eu ter outro ataque cardíaco espero ter você novamente... – Ele olhou. – No meu
colo.
***
— Wilmer.
– O chamei no corredor. – Quando vai parar de esquivar de mim pelo hospital.
Wilmer
continuou andando mexendo em fichas.
— Wilmer.
– Gritei. – Por favor. – Pedi com a voz baixa. – Vamos ser adultos.
— Adultos?
– Ele riu. – O que quer?
— Conversar.
– Aproximei-me dele. – Esclarecer o que houve. Não quero que fiquemos com esse
clima entre nós. Sempre trabalhamos bem juntos aqui.
— Tem
razão... – Ele concordou. – Só aqui.
— Deveria
ter sido mais sincera sobre a questão familiar com você. Não é uma coisa que eu
quero. – Tentei achar palavras para explicar. – Eu não gosto da ideia de mãe,
pai, filhos, casa, família.... Pelo menos não agora.
— Não
comigo. – Wilmer balançou a cabeça. – Foram 3 anos, Demi. 3 anos. Em 3 anos
juntos, você ouvia e participa de conversas sobre construirmos uma família.
Sorria, dizia que sim, planejava e um dia você disse que não queria ter uma
família comigo. Você usou a palavra “com você, Wilmer”.
— Expressei-me
errado. – Tentei pegar na sua mão, mas ele rejeitou. – Sinto muito por isso. Se
eu pudesse...
— Demi.
– Wilmer levantou minha cabeça. – Tão pouco importa agora, mas foi bom
conversar com você e eu tentarei não criar mais nenhum clima entre nós.
Ele
acariciou meu rosto rapidamente e seguiu em frente. Bufei com raiva e abri
minha pasta olhando a lista de paciente para fazer a ronda.
— Joseph
Jonas... – Falei quase sussurrando. – Quarto 195.
Olhei
em volta para me achar no corredor. No quarto a poucos metros era 196, olhei
para a janela no quarto que estava parada... 195. Abaixei um pouco para vê-lo e
ele acenou com um pequeno tchau.
Abaixei
a cabeça disfarçando ler, respirei fundo.
Entrei
no quarto.
— Bom
dia, doutora. – Ele falou sorridente.
— Bom
dia. – Falei baixo. – Como está hoje?
— Bem.
– Ele sorriu. – E você, quer conversar sobre seu relacionamento com o doutor
Wilmer?
— Não...
– Respondi em um tom óbvio. – Vou assinar sua alta para ir embora. Controla-se,
marque alguma consulta para conseguir remédios para controlar sua pressão em
momentos como está passando onde trabalha.
— É
claro. – Ele continuou sorrindo. – Marco com você?
— Sou
cirurgiã, Joseph. Não medica de consultório. – Tentei parecer impaciente para
ele.
— Talvez
você pudesse me dar seu telefone. Eu poderia consultar você. – Propôs.
— Certo.
– Fechei a pasta. – Isso vai parar quando você sair pela porta do hospital.
— Isso
o que? – Fez de desentendido.
— Isso
que você está fazendo... – Balancei as mãos confusa. – Dizer o quanto sou
bonita, tentar criar um contato físico, fazer piadas, ouvir minhas conversas,
querer que eu aceite sair com você. Não vai acontecer. Você... – Apontei para
ele. – Um paciente e eu sua médica.
— Não
convidei você para sair comigo. – Ele riu. – Mas se eu convidasse, sairia?
Deixei
sair um som estranho, como um grito grosso e fiz uma careta.
— Tchau.
— Eu
iria convidar você para sair comigo, mas você não aceitaria. – Ele levantou da
cama. – Ontem você me viu babando na maca, vermelho. Isso faria qualquer mulher
fugir, mas em um encontro seria diferente.
— Já
vi pacientes chegarem piores. Fique tranquilo. – Afirmei rindo.
— Tudo
bem... – Ele deu de ombros.
Comecei
a preencher todos seus dados no seu comprovante de saída.
— Qual
seu documento? – Perguntei.
— 11785436-y.
– Ele dizia com a voz ofegante.
Levantei
o olhar e ele estava se trocando na minha frente. Apenas de cueca. Ele
começou a dobrar o pijama do hospital em cima da cama e andava em volta dela da
mesma maneira.
— Preciso
que assine aqui. – Pedi fingindo não reparar em seu corpo.
— Um
minuto.
Ele
vestiu sua calça jeans rapidamente e vestiu uma blusa, mas não abotoou e deixou
visível seu peitoral. Respirei fundo e olhei para a janela no lado de fora.
Estava
um dia ensolarado. Oras quem estou tentando enganar. O truque é velho, mas eu
ainda caio nele. Era bonito, não poderia negar isso e divertido. Irritante. E
eu...
— Uma
profissional. – Completei meu pensando em voz alta.
— O
que? – Ele olhou nos meus olhos.
— Nada.
– Sorri. – Pronto, senhor Jonas. Está oficialmente de alta. Pode ir para casa,
descanse por hoje e não esqueça de marcar um médico para controlar sua pressão.
Boa sorte com o.... Banco.
— Você
lembra. – Ele riu. – Obrigado. Doutora.
Dei
uma ótima olhada de cima abaixo e virei as costas.
— Naquela
hora... eu ia dizer que você era a mulher mais bonita que já vi. – Ele terminou
de abotoar sua camisa. – E não é uma gracinha, enfim. De qualquer maneira,
obrigado.
Sorri
e sai andando pelo corredor. Entrei em outro quarto para falar com o próximo
paciente. Pela janela que dava no corredor vi ele passando em sentido ao
elevador. Deu um pequeno aceno ao me ver, retribui bem rápido voltando minha
atenção a paciente.
***
— Ela
vai precisar de uma transfusão de sangue. – Anunciei e tirei minhas luvas
sujas. – Prepare a sala de cirurgia que vou me aprontar logo. – Pedi para
Shawn. – Miley, fará cirurgia comigo? – Sorri perguntando, estava animada.
— Tentarei,
está vindo uma ambulância. – Miley apontou para a porta. – Acidente. Três
pessoas.
— Vou
ajudar. – Respondi.
Puxei
outro par de luvas no balcão de entrada esbarrando em uma pessoa que estava
encostado no balcão.
— Desculpe.
– Pedi sem olhá-lo.
— Estava
procurando você.
Virei
novamente para trás e assustei-me de início.
Joseph!
— Aconteceu
alguma coisa? – Perguntei.
— Na
verdade, estou bem. – Ele sorriu. – Como forma de agradecimento por terem
cuidado de mim, vim trazer algumas lembranças. – Ele levantou uma pequena
cesta. – Espero que gostem de chocolate.
— Joseph.
– Aproximei-me dele. – Não posso aceitar. Devemos ter uma relação profissional.
— Mas
eu trouxe para todos. Para a Miriam, que abriu e fechou minha ficha. Aqui
Miriam. – Ele entregou para a atendente do balcão. – Para a doutora Cyrus, as
enfermeiras Thamia e Lauren. – Ele colocou em cima do balcão e todos tinham
seus respectivos nomes. – E para você. Claro, você ganhou mais algumas
gostosuras.
— Na
verdade, eu... eu...
Não
como chocolate! Mentira. Eu amo chocolate, mas eu quero mentir em dizer que não
gosto para ele se afastar, mas não poderia fazer isso.
— Obrigada.
– Agradeci. – Deixe o meu junto com os das meninas. – Pedi e sorri para ele.
— Queria
saber se podemos conv...
— Estou
trabalhando. – Cortei-o. – Vou entrar em uma cirurgia agora. Conversamos mais
tarde.
Corri
para fora e ajudei abrir uma ambulância. Era uma criança totalmente
ensanguentada.
— Estava
sem cinto no banco de trás. Chocou e ultrapassou o vidro. Estava fora do carro.
Olhei
para o menino que estava inconsciente.
— Bip
a neuro. Vamos direto para a sala de cirurgia. – Falei ao analisá-lo.
***
— Meus
parabéns. – Edward, o chefe, falou ao encontrar Miley e eu. – Assisti a
cirurgia. Salvaram a família inteira e sem danos.
— Obrigada,
Ed. – Sorri. – Vamos sair para beber alguma coisa, quer acompanhar-nos?
— Não,
estou de plantão essa noite. – Ele justificou com um leve sorriso. – Outro dia.
— Na
verdade também estou, mas irei acompanhar Demi. – Miley riu. – Qualquer coisa
volto.
Descemos
as escadas até a saída conversando e rindo alto pelos corredores.
— Pensei
que iria perdê-lo na mesa, mas Selena não desistiu. – Contei. – Salvou o
menino.
— Selena
é uma ótima neurocirurgia. – Miley elogiou. – Vai até o último. Faz meses que
não perd...
Joseph
levantou do sofá de espera e largou a revista na pequena mesa. Sorriu vindo até
nós.
— Como
foi a cirurgia?
— Bem...
– Respondi. – Obrigada. O que você...
— Você
disse que “conversamos mais tarde”... – Joseph viu que não me lembrava. –
Deduzi que era para esperar.
— Certo,
mas agora irei ir embora com Miley e...
— Vamos
para um bar. – Miley sorriu. – Quer ir conosco?
Olhei
para Miley e aniquilei sua atitude com os olhos, mas voltei a sorrir.
— Se
importa? – Ele perguntou olhando para mim.
— Claro
que não. – Sorri. – Parece que vamos conversar agora.
— Fico
feliz. – Joe sorriu. – No meu carro?
— Demi
não dirige. – Miley apontou para mim rindo. – E o bar é na próxima esquina.
— Perto.
– Joe deu de ombros. – Meu carro está aqui no estacionamento.
Revirei
os olhos e coloquei um sorriso no rosto. Seguimos para a saída principal do
hospital. Miley e Joseph conversavam entre eles e eu só respondia com uma
risada e “sim”, “claro”, “verdade”. Nem dava o trabalho de prestar atenção no
que eles conversavam, mas Joseph perguntava como nos conhecíamos.
— Demi
e eu somos amigas desde a faculdade de medicina. Cabulávamos as aulas de
obstetras, reuniões sobre medicina... éramos irresponsáveis, mas com....
— Mãos
firmes. – Completei a frase.
Atravessamos
duas ruas e fui a primeira a entrar no bar de Johnny. Ele acenou de longe e
sinalizou nossos lugares no balcão. Deixei os dois sozinhos atrás e me sentei
na cadeira do canto.
— Três
de sempre, Johnny. – Sorri.
— Não
posso beber. – Miley avisou. – De plantão.
— Mas
as três são para mim. – Respondi debochada.
Ele
trouxe três shots de tequila e bebi todas uma atrás da outra. Olhei em volta no
bar, mas permaneci atenta no assunto dos dois. Miley me chamava algumas vezes
para participar da conversa, mas eu sabia o que ela estava tentando, então,
evitei.
— E
você é casada com um médico? – Joe perguntou para Miley.
— Sim,
Liam é neurocirurgião como nossa amiga Selena. Ela ainda estava em cirurgia. –
Respondeu.
— E
você era com Wilmer. – Joe virou para mim. – Sou fácil com nomes.
— Não
era casada com Wilmer, se é isso que quer saber. Não namorávamos sério e
temos pensado coisas diferentes em relação a família e medicina.
Bem
mais sobre família do que medicina.
— Mas
isso não é o mais interessante da minha vida. – Completei.
— Parece
legal a família de vocês. Eu sou gerente de banco, por isso passei mal naquele
dia. – Joe riu. – Trabalhar na área financeira causa esse tipo de coisa em nós.
Não tenho amigos, nem namorada.... Sou sozinho, quase um fardo da profissão.
— A
medicina é uma área egoísta também. Ainda mais para aqueles que são orgulhosos.
– Miley me cutucou.
Antes
que pudesse responder, Miley tirou seu bipe no bolso e ficou assustada.
— Um
acidente. Tenho que ir. – Avisou levantando-se da cadeira.
— Deixa
eu ver.
Puxei
o bipe de sua mão e era verdade. Passei a mão no meu rosto e levantei-me.
— Não,
hoje você não vai Demi. – Miley me fez sentar novamente. – Já bebeu o bastante.
— Já
operei semi bêbada. – Ri. – Se for grande irão me chamar do mesmo jeito...
— Até
lá fique aqui. – Miley olhou feio. – Johnny não deixe ela ir para hospital e
Joe você também.
Bufei
com raiva e escorreguei na cadeira revirando os olhos. Bebi mais um shot e
sorri forçado para Joe que me encarava com seus olhos brilhando.
— Vai
fugir? – Ele perguntou rindo. – De mim ou acha que não notei isso.
— Talvez
eu fuja. – Respondi. – Depois que terminar aqui vou passar por aquela porta e
você não me verá mais.
— Sei
onde você trabalha. – Ele sorriu e pulou para o banco que Miley estava sentada.
– Posso levar mais chocolates.
— Eu
não gosto. – Menti.
— Gosta...
– Ele sorriu. – Vi você comendo duas vezes assim como eu notei que você sempre toma
dois copos de água entre as tequilas para não ficar bêbada. Suas mãos nunca
tremem e você mal pisca.
— O
que você quer? – Perguntei sorrindo, dessa vez era verdadeiro.
— Um
encontro. Nós dois. – Ele aproximou-se do meu rosto.
Desviei
o olhar quando vi Thatcher entrando no bar com dois amigos. Olhei para o Joe
mantendo o sorriso e o beijei quando Thatcher olhou para nós.
Ele
sabia onde me procurar.
Joe
colocou sua mão no meu rosto beijando-me de modo intensa. Parei o beijo e
deslizei a mão na sua boca.
— Certo.
Isso pode ser embaraçoso. – Falei comigo mesma.
Olhei
para onde Thatcher estava e ele ria um pouco decepcionado.
— Isso
não vai acontecer novamente. – Avisei Joe. – E eu estou indo agora. – Sorri.
— Eu
te levo. – Joe.
— Vou
dormir no hospital. – Falei enquanto pagava Johnny. – Calma Johnny, vou dormir
só.
Sai
andando pelo bar e evitei olhar para os lados. Provavelmente acharia um ou dois
além de Thatcher com quem já fiquei.
É
a vida real.
Subi
as escadas e senti o ar fresco. Respirei fundo e olhei para os lados.
Não
estou bêbada. Sou capaz de operar qualquer um agora.
— Demi,
posso te acompanhar?
— Você
vai para lá do mesmo jeito já que seu carro está lá. – Dei de ombros.
— Você
só finge que não ouve o que digo, não é? – Joe riu. – Me beijou e agora vai
embora.
— Foi
só um beijo.
— Que
você gostou. – Joe completou rindo e andando do meu lado.
— Tive
meus motivos que nunca vai entender.
— Seu
motivo era tentar afastar aquele cara que entrou no bar e você saiu?
— Você
é um bom observador. – Parei para olhá-lo.
— Por
que não?
— Não
o que? – Ri.
— Por
que não eu? Eu entendo se você dizer que foi pelo modo que nos conhecemos, mas
se não for...
— Foi
pelo modo que nos conhecemos. Eu não quero isso. – Dei de ombros. – Você sabe
onde eu trabalho, o que faço e até coisas que ouviu nos corredores, mas esses
homens do bar... Nem meu nome sabem.
— Gosto
do seu nome. – Joe sorriu e aproximou-se.
— Não
vai desistir tão fácil, não é? – Dei risada e passei a mão pela sua barba. – Já
achou seu carro.
Ele
desviou o olhar e respondeu que sim com a cabeça. Sai andando para a entrada do
hospital e olhei para trás e o vi entrando em seu carro. Fiquei parada por
alguns segundos e apressei os passos em direção do seu carro. Joseph estava
distraído mexendo no banco dos passageiros. Abri a porta de trás e deslizei a
mão no seu rosto. Ele olhou assustada pelo retrovisor e riu. De maneira
atrapalhada, Joe pulou para o banco de trás e voltou a me beijar. Dessa vez era
mais intenso e tinha vontade. Ele beijava meu pescoço e voltava a beijar minha
boca. Mesmo com euforia, tinha calma em seus lábios.
Deslizei
minha mão no seu rosto, observei ele por alguns minutos e voltei a beijá-lo.
—
Me leve para casa. — Pedi enquanto ele beijava meu pescoço.
***
Tentei
procurar a chave de casa o mais rápido possível, enquanto Joe sarrava seu pênis
em em mim e beijava minhas costas nuas. Abri a porta e virei contra ele o
puxando para dentro.
Estava
escuro e fui o guiando pela casa enquanto nos beijávamos. Peguei ele meu colar
em volta do seu pescoço e o levei para cama fazendo o deitar.
Ele
olhou para mim tentando alcançar minha mão. Tirei minha blusa e me sentei no
seu colo buscando seus beijos novamente.
Joe
me beijava enquanto deslizava suas mãos no meu corpo. Ele tirou meu sutiã e
colocou seus seios em sua boca. Alisei seu cabelo e voltamos a nos beijar.
***
Abri
meus olhos e senti a mão do Joe em volta do meu pescoço e eu estava deitada em
seu peito. Tentei me mover lentamente para tirar seu braço em volta do meu
pescoço, mas ele abriu os olhos e sorriu.
—
Bom dia. — Ele beijou minha testa.
—
Bom dia... — Respondi na dúvida.
Ergueu
meu queixo e beijou-me com calma. Passei a mão no seu peito e terminei com um
selinho longo. Tinha um relógio em seu pulso, puxei seu braço para ver a hora.
—
Estou atrasada. — Arregalei os olhos.
—
Eu te deixo no hospital.
—
O que? — Assustei.
—
Estou de carro, lembra? Posso te deixar no hospital.
—
Ah, não. — Dei risada. — Eu vou tomar banho agora e você vá embora.
Ele
levantou da cama e começou a caçar suas roupas pela casa e vestia enquanto
andava. Peguei minha toalha e fui para o banheiro o olhando pelo canto do olho.
Joe
parou na sala e começou a verificar sua carteira e chaves do carro. Ele olhou
para o quarto e desviei o olhar.
—
Isso não vai acontecer. – Falei comigo mesma.
Quando
sai do banheiro, Joseph já tinha ido, mas deixou um bilhete em um post-it
grudado na mesa da cozinha.
“Esse
é meu número. Poderia me ligar ou tenho que ter outra parada cardíaca?”
Dei
risada e grudei o papel na porta da geladeira. Terminei de arrumar meu cabelo e
desci para esperar Selena. Quando estacionou o carro na quina da calçada,
entrei rapidamente com um breve sorriso.
—
É esse final de semana. – Dei risada. – Está pronta ou devo ser a madrinha de
fuga?
—
Já basta você fugir de suas responsabilidades, Demi. – Selena gargalhou. – Não
vou fugir.
—
Casal perfeito. – Bufei. – Às vezes você e Justin me irritam, sabia?
—
Já desconfiava. – Selena deu de ombros. – Miley me contou sobre o rapaz...
—
Que rapaz? – Fiz-me de desentendida. – Quando falou com Miley?
—
Ontem. Tivemos duas cirurgias juntas de madrugada. Só fui para casa tomar
banho. – Selena contou. – Não mude de assunto. Ela disse o nome dele... Não me
lembro! Miley contou que ele está completamente caidinho por você.
—
Isso é meia verdade e o nome dele é.... – Hesitei em dizer. – Nome dele é
Joseph.
—
Ou seja... – Selena estacionou em sua vaga. – Como foi?
—
Bom... Muito bom... – Selena me encarava rindo. – Ótimo. – Encarei Selena. – É
isso.
—
Muito bom.... Ótimo. – Selena desceu com sua bolsa. – Nunca usou essas
palavras.
—
São só palavras. – Revirou os olhos. – Esse é o problema, ou vocês não aprovam
o que digo ou tiram sarro.
—
É engraçado que você tinha dito no meu ensaio que ele era um paciente muito
porre, enchia o saco e acabou... Transando. – Selena riu. – Miley disse que ele
gosta de você, persiste.
—
Acabou hoje cedo a persistência. – Fiz careta.
Entramos
no hospital e nos separávamos. Fui até o quadro de cirurgia e já tinha duas
marcadas para mim no período da manhã. Wilmer parou em minha frente e começou a
preencher seu nome e Miley parou no meu lado com um sorriso.
—
Fofoqueira. – Sussurrei sem olhá-la.
—
Aconteceu... – Miley riu alto. – A persistência dele vale a pena?
Wilmer
olhou de canto do olho para trás e voltou a preencher o quadro. Cutuquei a
Miley que continuava rindo. Ainda rindo, Miley grudou seus dedos um no outro e
disse:
—
Eu vou separar e você diz o tamanho, certo?
Em
silencio, Miley começou a separar seus dedos um do outro lentamente e eu tentei
adaptar o X ao Y.
—
Então é grande. – Miley continuou.
Parei
suas mãos rindo.
—
Esse é o tamanho. – Dei risada.
—
Uau. – Miley observou suas mãos. – Infelizmente ele não veio com problema no
pênis porque eu seria sua urologista. – Demos risada.
—
Tendo relacionamento com pacientes, Demi? – Wilmer terminou de preencher o
quadro e virou para nós. – Sério?
—
Não é um paciente.
—
Não foi o que ouvi. – Ele riu. – Mas também não é um problema meu e sim do
hospital.
—
Vai querer seguir regras agora, Wilmer?
—
Já parei de seguir? – Ele aproximou.
—
Muitas vezes. Comigo. – Encarei Wilmer. – Ah, é verdade. Você ficou puro agora!
– Fui irônica.
—
Tome cuidado com o que faz durante a noite. – Ele riu. – Homens não gostam...
—
Do que? Mulheres que transam? – Dei risada. – Eva que pagou para sua pureza ou
você ficou tão hipócrita depois que disse que não queria nada sério com você?
Wilmer
balançou a cabeça negativamente rindo e saiu andando pelas escadas acima de
nós. Encarei ele até sumir de minha vista e voltei ao quadro.
—
Não se preocupe com ele. – Miley disse também nervosa.
—
Infantil! – Bati no quadro.
Peguei
minha pasta para a cirurgia que iria fazer agora e entrei dentro do centro
cirúrgico.
***
—
O que vão fazer essa noite? – Miley beijou Liam rapidamente. – Vamos no Johnny.
—
Estava pensando em assistirmos um filme. – Selena riu. – Estou ansiosa.
—
Pode ser na minha casa. – Sugeri. – Tenho tequila, m&m’s e netflix. –
Sorri.
—
Não vai sair hoje? – Miley perguntou.
—
Não. – Fiz careta negando. – Vai ser divertido. Podemos achar filmes de
casamento e deixar a Selena tremendo suas mãos pela primeira vez.
—
Sou neurocirurgia. – Selena encarou-me seria. – Nunca tremo.
Entramos
todos dentro do carro de Selena – Miley e Liam atrás e eu no banco passageiro.
Era quase 21h e não tinha nenhum trânsito. Rapidamente estávamos na minha casa
e todos foram escolhendo seus sofás, enquanto Miley fazia uma pipoca e eu
servia as bebidas.
—
Qual é a briga sua e do Wilmer, Demi? – Liam perguntou.
—
Liam! – Miley chamou sua atenção e dei risada.
—
Fique tranquila, Miley. – Abracei ela por trás. – Não é nada demais. – Respondi
ao Liam. Apenas discordamos.
Miley
abriu a geladeira e viu o post-it de Joe. Ela olhou para minha cara e riu.
—
Terminou essa manhã, não é?
—
Vocês duas são muito fofoqueiras. – Virei os olhos.
Tirei
o post-it da geladeira e escondi no armário. Esperamos o noivo de Selena,
Justin, chegar e nos reunimos na sala e colocamos em um filme que Selena tinha
escolhido de romance e provavelmente iria chorar – como sempre chora.
Miley
abraçava Liam no sofá da esquerda. Selena e Justin no sofá do centro e eu me
sentava no chão com um pacote de 500g de m&m’s no colo.
Era
The Longest Ride e já tinha assistido tal filme muitas vezes com Selena, o pior
que ela ainda chorava com o filme que nem estava no meio. Revirei os olhos e
terminei de comer o pacote de m&m’s, levantei-me no chão e fui para cozinha
sozinha. Abri o armário para pegar um copo e vi o número post-it na porta.
Olhei para a sala e anotei o número no meu celular.
—
Já volto. – Avisei saindo do meu apartamento.
Encarei
meu celular por um tempo e disquei o número do Joe já rindo do que estava
prestes a fazer.
—
Estava me perguntando se meu recado foi idiota! – Joe riu. – Demetria...
—
Acho que só Demi agora... – Respondi tentando não rir. – Joe?
—
Joe... – Ele afirmou. – Como está?
—
Hum.... No meio de um filme chato com dois casais. – Respondi. – E você?
—
Você ganhou. – Ele riu. – Saindo do banco agora. Quando se passa mal e acumula
trabalho é essa hora que sai.
—
Se você quiser... – Afastei-me da porta. – Pode vir para minha casa.... Você
sabe, não pode passar mal daquela maneira novamente. – Dei risada.
—
Você é mesmo tentadora. – Ele riu. – Estou indo.
Desliguei
o telefone e dei risada sozinha no corredor. Voltei para o meu apartamento e
calcei um coturno que deixei largado no sofá.
—
Não precisam me esperar. Vou demorar um pouco, mas volto. – Avisei a todos.
Tirei
duas chaves no porta-chaves na cozinha e desci aguardando Joseph na entrada.
Não demorou meia hora para que chegasse. Ele estacionou o carro onde estava
esperando e sorriu ao me ver com um pijama com desenhos de equipamentos de
medicina.
Ele
parou na minha frente e nos olhamos por alguns segundos.
—
Você é imprevisível, sabia? Achei que não me ligaria, ligou. Agora não sei o
que fazer na sua frente.
Peguei
em sua mão e entrei com ele, mas pela garagem. Fiz com que sua mão deslizasse
pelo meu corpo. Encostei-o na parede e comecei a beijá-lo.
Estava
completamente escuro e a única luz que tínhamos dentro da garagem era da
lâmpada que vinha de fora. Ele deslizou suas mãos por todo meu corpo e me pegou
no colo, jogando-me na parede.
—
Sou louco por você... – Ele dizia ofegante entre os beijos. – Desde que te vi,
sabia?
—
Eu notei. – Respondi beijando seu pescoço.
Empurrei
alguns objetos que estavam na pequena mesa da garagem fazendo que fizessem
barulho, mas ignoramos voltando a nos beijar. Joe tirou sua camiseta e
desabotoou todo meu pijama. Por baixo dele já estava completamente nua e ele
apertou meus seios enquanto os beijava com ferocidade. Ele estava ofegante e
suava. Deitei na mesa e Joe abriu minhas pernas posicionando seu corpo entre
elas, seus dedos gelados passaram algumas vezes levemente entre minha vagina
até que senti sua língua quente entrar fazendo com que gemesse alto.
Tentava
controlar o volume da minha voz, mas Joe não permitia. Ele penetrava com
bastante força e beijava meu pescoço. Todo movimento que fazíamos naquela mesa
de metal gelada resultava em barulho, mas não ligávamos. Apenas ignorávamos
tudo a nossa volta e era como se só tinha ele e aquela mesa na garagem.
Joe
dizia coisas no meu ouvido que me deixava ainda mais excitada. Ele retirou seus
pênis rapidamente e trocamos de posição. Estávamos em pé, apoiados na mesa e
ele voltou a penetrar em mim com força beijando minhas costas e puxando meus
cabelos.
—
Joe... – Falei seu nome enquanto gemia.
Ele
beijou meu pescoço e eu puxei seus cabelos. Suas mãos estavam posicionadas em
meus seios e ele parecia ir cada vez mais rápido. Tampei minha boca com minha
mão quando senti que iria gozar nele. Meu corpo estremeceu completamente e não
hesitei em gemer alto.
Foi
perdendo força ao gozar em seguida nas minhas pernas. Estiquei uma toalha velha
no chão e nos sentamos juntos. Ele me beijou rapidamente e fez com que me
deitasse em seu peito. Passei a mão nas minhas pernas e voltei para minha boca
provocando-o.
—
Você é maravilhosa. – Jogou meus cabelos para trás e beijou meu corpo.
—
Gosto disso. – Falei baixinho. – Além disso, gosto de você.
—
O que quer dizer com isso? – Ele sorriu massageando meu pescoço.
—
Estou com alguns amigos no andar de cima. – Apontei rindo. – Quer conhecer
eles?
Ele
voltou a me beijar lentamente. Sentei-me no seu colo e ele apertou minha bunda,
penetrando novamente dentro de mim. Dessa vez o movimento era lento e só aos
beijos.
—
Eu quero conhecer seus amigos. – Ele mordeu meus lábios.
Joguei
meu corpo contra ele e o encarei por alguns segundos.
—
Minha amiga lá em cima vai casar... – Falei ofegante. – E tenho que ter um par.
—
Tem um par?
—
Eu não tenho um par. – Demos risada.
—
E você quer que eu vá.... Com você?
—
Só se estiver disponível. Nesse final de semana. – Beijei ele rapidamente.
—
Quero ser seu par. – Ele agarrou meu corpo. – Quero ver você novamente, Demi.
—
Eu também... – Sorri. – Eu também.
Nunca
foi tão fácil admitir uma coisa a uma pessoa como foi agora. Eu queria vê-lo
novamente, tê-lo novamente, senti-lo novamente dentro de mim. Seus beijos,
toques. Eu queria tudo aquilo de novo e de novo. Consegui admitir que eu
queria.
—
Eu gosto de você. – Falei com um sorriso.
Vesti
meu pijama rapidamente e prendi meu cabelo em um coque. Abri a porta da garagem
que dava em uma escada para o térreo. Subimos a escadas e paramos duas vezes
para beijar um ao outro em silêncio.
—
Se eles estão aqui, eles nos ouviram. – Joe sussurrou no meu ouvido.
—
Eu tentei ficar quieta. – Beijei seu rosto. – Mas você...
Não
colaborou com isso.
Abri
a porta novamente e toda a casa estava escura com o filme quase que no final e
em um volume baixo. Todos olharam quando acendi a luz da cozinha e olharam para
Joe.
—
Esse é o... Joe. – Falei tocando seu ombro. – Ele será meu par... No seu
casamento... Ele...
—
Joe! – Miley sorriu e se levantou. – Sabia que o veria novamente. – Ela riu. –
Esse é meu noivo, Liam.
Afastei
para que Joe conhecesse Selena, Justin e Liam. Ele se sentou no chão comigo e me
deitei em seu peito apenas para ver o letreiro do filme passar. Ele beijou
minha testa algumas vezes.
Apertei
sua mão e apoiei minha cabeça em seu peito.
***
—
Estou nervosa! – Selena gritou. – Muito nervosa. Poderia matar alguém com essas
mãos que não param de tremer.
—
Ainda dá tempo de desistir. – Falei rindo.
—
Não era a Selena Gomez que não tremia? – Miley riu.
—
Vou casar! – Selena gritou. – Meses planejando e sinto uma dor de barriga
vindo.
Começamos
a rir de Selena. Ofereci muitos copos d’agua para beber e ela os pegava
tremendo. Estava linda com seu vestido branco e com um sorriso de orelha a
orelha.
Ela
levantou e alisou seu vestido.
—
Como estou?
—
Linda. – Miley e eu respondemos juntas. – Vai dar tudo certo. Você já operou
por 15 horas seguidas. É só um casamento. – Afirmei e Selena respirou fundo.
—
Só um casamento. – Ela repetiu. – Meu casamento.
—
Vocês já moram juntos, fazem tudo juntos... Pense que é a sua formatura.
—
Eu vomitei na minha formatura. – Selena arregalou os olhos. – Era a primeira de
Yale.
—
Ok... – Miley balançou a cabeça negativamente segurando o riso. – Não é a
formatura.
—
Selena! – Gritei. – Fique tranquila. Você só dirá aceito e estará entre amigos.
Só isso.
—
Quando você se casar, Miley, lembrara disso e você Demi... – Selena riu. –
Quando namorar sério, sentira esse frio na barriga.
—
Eu já namorei sério. – Defendi-me. – Duas vezes.
—
Namorar seu vizinho aos 15 anos não é namoro. – Miley falou e Selena riu. –
Viu? Sua vida amorosa faz Selena rir e esquecer a dela.
—
Então continuem falando dela. – Virei os olhos rindo. – Talvez eu pegue o buque
hoje só para causar. Talvez até empurre você, Miley.
Bateram
na porta e Selena arregalou os olhos.
—
Justin não pode me ver. – Avisou.
Miley
riu e foi até a porta abrindo uma pequena frestinha.
—
Hum. – Ela sorriu. – É Joe. – Olhou para mim rindo. – Ela já vem, Joe.
Miley
fechou a porta novamente e passou por mim arrumando meu vestido.
—
Ele está bonito hoje. – Falou no meu ouvido. – Não amasse o vestido. É alugado.
—
Parece que é sério... – Selena tentou espiar nossa conversa. – E não se atrase.
—
É uma igreja. – Dei risada. – Não vamos fazer nada.
Afastei
as duas da porta e abri. Joe estava de costas distraído. Ele olhou para meu
vestido e sorriu.
—
Está linda. – Falou beijando meu rosto.
—
Você também. – Dei um breve selinho. – Aconteceu alguma coisa?
—
Só estou lá na frente recebendo muitas perguntas dos seus amigos e não tinha te
visto hoje. – Ele alisou meu rosto. – Só queria te ver mesmo.
—
Sou uma madrinha. De fuga. – Dei risada. – Queria ter ido mais cedo para recebê-lo.
Joe
colocou suas duas mãos em meu rosto e me beijou levemente. Ele sorriu e voltou
a me beijar novamente.
—
Tenho que voltar. – Avisei com um sorriso. – Até mais tarde.
“O
que você está fazendo, Demi?"
Entrei
novamente na sala onde Selena estava se preparando. Elas já estavam prontas e
Selena com seu buque na mão.
—
Estou pronta. – Selena anunciou confiante.
***
—
Cansado? – Perguntei sentando-me ao seu.
—
Sinceramente... Um pouco. – Ele riu envergonhado. – Um longo casamento.
—
A metade são cirurgiões, então, eles têm energia de sobra. – Brinco.
—
Estava pensando em chamar você para sair...
—
Agora está me convidando para um encontro?
—
Naquele dia no hospital não estava. – Ele riu. – Mas você queria. Então, eu
aceito sair com você.
—
Certo... – Olhei em volta. – Tive um paciente que tem um restaurante que eu
pago só a metade. – Dei risada. – É comida austríaca.
—
Finalmente um encontro com 50% de desconto. – Joe riu alto. – Então vou ver
você novamente.
—
E depois dessa promoção eterna, você prepararia um café matinal.
***
2
meses depois.
Virei
para o outro lado da cama e abri os olhos sentindo a vento entrando no quarto.
Forcei as vistas para reconhecer meu quarto. As portas da varanda estavam
abertas e o dia ensolarado.
Deve
ser um sábado e uma folga.
Fiquei
encarando algumas árvores da rua em uma alternativa de conseguir forças e
coragem para levantar-se da cama.
—
Bom dia. – Ouvi a voz de Joe. – Fiz uma coisa para você.
Olhei
pelo canto do olho e sorri ao ver Joe com uma bandeja na mão.
—
As bandejas estavam ainda no saco plásticos. – Ele colocou em cima do
criado-mudo. – O que me fez pensar que você as comprou só para receber café da
manhã na cama.
—
Deve ter sido essa a intenção. – Respondo. – Gosto de suco de uva.
—
E ovos. – Ele completou.
Mordi
um pedaço de panqueca e Joe se deitou ao meu lado, beliscando algumas coisas. Deitei-me
no peito dele e senti sua mão acariciando meus cabelos.
SE EU AMEI ISSO? EU AMEI DEMAAAAAAAAAAAAAAAIS!
ResponderExcluirMirela, mulher, você não tem noção (tem sim, porque me viu ler em tempo real no seu privado) do tanto que eu fiquei apaixonada por esse conto, do tanto que eu adorei o Joseph e do tanto que eu AMEI você escrevendo um romancinho desses que eu tanto prezo, amo e vereno.
A história foi muito boa, realista, e nossa MTO TERMO MEDICO QUE ORGULHO DESSA MENINA INTELIGENTE QUE VÊ GREYS ANATOMY! Adorei o close Jelenina nessa fic e nossa NÃO TEVE O NICK KKKKKKKKKKKKKKKKK DEMONIA ME ENGANOU FALANDO QUE IA SER NILEY!
Enfim, eu amei amei amei! O Joe nossa <3 melhor personagem. Adoraria ler mas romances seus, fica a dica!
Gretchen.
Te amo, feliz que nosso projetinho foi pra frente! <3 E NOSSA QUERO MAIS ROMANCE REAL, AMÉM JOSEPH VC É APAIXONANTE
Você que tanto insistiu para que eu escrevesse um romance porque está cansada de me ver matar ou judiar de todos os meus personagens.
ExcluirMas eu já mostrei meus outros romancinhos. Não é uma coisa que eu gosto pois adoro um sangue, mas terá mais alguns.
Eu disse que minha primeira oneshot era Niley e não que essa teria Niley e você sabe minha birra com Niley aaaaaaaa.
GRETCHEN QUE DIA ICONICO.
Te amo e fico feliz pelo novo projeto também.
Será que está versão do Joseph voltará aparecer por aqui? HUM
AMEI O CONTO! Joe me lembrou muito o Chandler de FRIENDS, E EU AMEI ISSO!
ResponderExcluirAMÉM PARA ESSE PROJETO! Mal posso esperar para ler os próximos contos.
Nunca assisti Friends inteiro e não me lembro do Chandler, mas minha amiga disse que realmente lembrou esse personagem
ExcluirFico feliz que tenha gostado aaaaaaaaaaa
que hino de conto, meu deus!
ResponderExcluireu amei muito, o joe nessa oneshot está um verdadeiro amorzinho
EU ESTOU COMPLETAMENTE APAIXONADA POR ELE!
eu também amei a demi por mais que ela tenha tentado resistir ao charmes do joe sajkkjsf
os hots estão perfeitos e eles tendo um encontro em casais e a demi segurando vela FOI DEMAIS!
eu amei, ficou muito bom.
LOUVADO SEJA ESSE PROJETO, IRMÃOS!
esse começo me lembrou muito greys anatomy também, melhor série sim!
enfim, amei muito, cada detalhe.. estou ansiosa para ler as próximas
SÓ VEM!
bjs
Grey's anatomy é referencia para todos nós!!! Eu amo minha serie.
ExcluirFico muito feliz que tenha gostado, Mile. E sim, o Joe é maravilhoso aaaaa.
A Demi de vela foi baseado em historia real oficial haha.
Enfim, fico feliz pelo novo projeto!
Beijos.
TEM UM OLHO NO MINHA LÁGRIMA! Eu estou muito emotiva por esses dias, então me desculpe bxyshdue
ResponderExcluirEstou sem palavras, ficou simplesmente maravilhoso! O começo me lembrou bastante Grey's Anatomy e como estou assistindo séries desse tipo, gostei bastante.
O modo como eles se conheceram foi bem engraçado, estava preocupada e ao mesmo tempo rindo das coisas que o Joe falava. Concordo com a Mile no comentário acima, ele está muito amorzinho!
Como lidar com o final? O café da manhã na cama, aaaaaaa ele lembrou exatamente do que ela tinha dito... eu tô chorando largada sim! Esse conto salvou minha noite, obrigada por essa perfeição.
Nem preciso dizer que já estou ansiosa pelos próximos, né? ESTOU MUITO ANSIOSA SIM! sz
Beijos
SIM ELE LEMBROU DOS DESEJOS DELA.
ExcluirO que foi algo que pensei muito porque na musica a Demi cita e eu pensei muito sobre colocar isso para finalizar. De qualquer maneira, fico feliz que tenha gostado.
O momento que eles se conheceram foi o meu favorito haha ♥
Felizmente deu tudo certo no nosso projeto.
Beijos.
que minific maravilhosa ainda to in love com jemi tudo de bom
ResponderExcluiradoro essa musica e vou ouvir so pensando no joe kkkkkk
estou indo ler os outros mto boa a ideia de vcs parabens
bjos
Fico feliz que tenha gostado do projeto e da shot.
ExcluirE fico muito feliz por ouvir in real life pensando nessa shot aaaaaaa.
Muito obrigada, viu!?
Beijos.
Olá bom primeiro tem que dizer meus parabéns! Você seguiu corretamente um ordem médica quando um paciente entra em RCP, faltou alguns itens na pedida como exame de enzimas para descartar um possível infarto, e tbm na momento da massagem cardíaca faltou o uso da respiração, e a contagem de ciclos ( isso greys não mostra), você pediu correntemente o ECG e o raio-x torácico, para avaliar se houve fratura de ossos na região da cavidade torácica. Enfim mas isso não vem ao caso. E não estamos aqui para julgar se foi algo totalmente correto perante um olhar clínico médico. Mas amei seu Oneshot, está perfeito lembra muito greys, acho que você já ganhou uma nova seguidora, irei ler com calma depois seus outros post.
ResponderExcluirEsta excelente quando li em outros blogs sobre esse projeto já logo imaginei uma coisa na haver. Mas você superou, consegui rir muito. Me surpreendeu, meus parabéns!
Olá.
ExcluirTemos aqui uma Cristina Yang haha.
Confesso que pesquisei muito sobre os sintomas e as ordens medicas porque não gostaria de passar informações erradas. Nessa parte sou bem perfeccionista e fico feliz que alguém tenha notado com atenção.
A contagem de ciclos não quis incluir porque já estava muito grande e poupei essa parte, mas obrigada pelas correções tambem.
Fico feliz que tenha gostado da oneshot e seja bem-vinda ao blog. Espero que goste das outras narrativas como gostou dessa.
Muito obrigada mesmo.
Beijos.
eu sempre fico muito soft com essas fics de temáticas meio domésticas kfjdudhd
ResponderExcluirNAMORAL SELENA MELHOR PERSONAGEM EU AMO UMA MULHER BEM SUCEDIDA!!
ok eu sou suspeita para falar da selena.....
Eu nunca fui muito fã de Jemi, mas eles estão bem preciosos aqui ❤️ Apesar de que, se eu tivesse no lugar da demi, não ia aguentar o Joe atras de mim o tempo todo kkkjjjj macho chato demais kjsysijs sem paciência para essas situações ggsfaas
eu não entendo nada de medicina, mas vou dizer que foi muito legal ler toda essa dinâmica, também serviu para me mostrar que eu devo correr bem longe dessa profissão, viu? se é louco bixo, tenho emocional para isso não....
(Selena, primeiro lugar de Yale, eu sou uma mãe muito orgulhosa ❤️ - eu amo a sel demais bixo, namoral)
desculpe por só comentar agora, ando sem tempo :c
ótimo trabalho!!!
Eu não posso escrever nada sem ter uma ou duas mulheronas da porra!!!
ExcluirE a Selena é uma mulherona da porra, cirurgiã da porra e primeiro lugar em yale da porra.
Confesso que eu não sou chegada a Jemi, mas eu escrevo sobre eles por preferencias. Somos duas em relação ao Joe, apesar de ter gostado de escrever esse personagem no lugar de Demi o basta já seria no momento que se conheceram MAS hahaha.
Fico feliz que tenha gostado, Malu. Eu amei sua shot e vou dizer isso sempre que possivel.
Beijos.
Primeiramente Desculpa pela demora em comentar...
ResponderExcluirMENINA VC MISTUROU JEMI COM GREYS! Isso é até golpe baixo. AMEI ADOREI deu o ponta pé inicial nesse projeto com louvor... parabéns pela oneshot 👏👏👏❤
Sem problemas Nanda.
ExcluirFico feliz que tenha gostado e VAMOS LOUVAR GREYS ANATOMY.
Beijos.
Adorei essa One!O jeito da Demi Me lembrou um pouco o da Emma do filme sexo sem compromisso e acho que foi isso que me fez gostar tanto.
ResponderExcluirJoe simplesmente perfeito, todo apaixonado... deu até vontade de ter um pra mim rsrs
Parabéns!
Bjs
Confesso que não assisti esse filme, mas fico feliz que tenha gostado dos personagens como da oneshot por inteira.
ExcluirSim, o Joe é um amor de pessoa e talvez ele volte aparecer por aqui haha.
Muito obrigada, Amy.
Beijos.
Nossa, ficou incrível! Ri muito com a insistência do Joe e Demi é bem safadinha né kkkkk Achei muito fofo o final, adorei a história, parabéns! :)
ResponderExcluirObrigada Jacque! Fico feliz que tenha gostado da shot.
ExcluirSim, o Joe e a Demi são hilários aqui.