I
Algumas pessoas podem dizer que Demetria tem um pensamento antiquado,
outros diriam que todos têm um lado romântico dentro de si – e tudo isso
depende do ponto de vista daquele que escuta.
Quase todas as manhãs, Demetria desperta com um desejo: acordar com um
homem ao seu lado com um café na manhã na cama – com beijos, rosas e champanhe,
quando sonha mais alto. Talvez possam se atrasar para o trabalho por fazerem
sexo matinal um ou dois vezes dependendo da disposição. Arranjar um espaço no
horário de almoço para estar com essa pessoa e para que possa chegar em casa e
ter alguém que a espere acordado.
Mas na sua vida real não é normalmente assim.
Demetria abriu seus olhos com a luz do sol radiante, virou seu corpo
com cuidado e encarou por alguns segundos o teto do quarto. Desviou seu olhar
para o lado e viu um homem negro deitado ao seu lado – tinha a barba bem-feita,
era alto e musculoso. Com o máximo de cuidado, levantou-se da cama e procurou
seu pijama que jamais vestira na última noite e encontrou as roupas do tal
fulano, vasculhou seus bolsos e encontrou sua carteira com uma identidade. Seu
nome era Arnold Thatcher.
Fez uma careta ao descobrir o nome do homem que transou, pois pensou
que, se não tivesse bêbada, chamais transaria com um homem chamado Arnold...
Thatcher. Ainda pior, sentiu-se culpada por não saber o nome do homem com quem
dividiu a cama por uma noite.
Colocou a carteira no lugar onde encontrou e buscou seu roupão que
havia deixado por ali na manhã anterior quando acordou, outra vez, atrasada.
Quando pensava em deixar o quarto, assustou-se com a voz grossa de Arnold.
— Bom dia. — ele disse. — E que dia... — sua voz soou maliciosa.
— Bom dia... — sorriu sem graça. — Certo... deixei um roupão cinza
aqui. Você viu?
— Qual a razão de querer colocar um roupão agora? — Arnold questionou
malicioso.
— Tudo bem... — Demetria sussurrou enquanto procurava. — Estou
atrasada e vou tomar um banho agora. Quando eu sair do chuveiro espero que você
já tenha ido embora.
Arnold se levantou da cama esticando seu corpo completamente nu e com
um sorriso no rosto, aproximou-se de Demetria que tentava manter contato
visual.
— Demi, poderemos nos ver novamente? — perguntou.
— Eu costumo demorar 15 minutos no banho, ou seja, 15 minutos para que
você vestir sua roupa e ir embora. — Demetria o olhou. — E talvez sim, não sei.
Arnold agarrou Demetria pela cintura e tentou beijá-la, mas a jovem
desviou permitindo que ele beijasse somente seu pescoço.
— Arnold... 15 minutos! — ela sorriu dando leves tapinhas em seu
peito. — Tchau.
Ele assentiu ao perceber que, pela manhã, Demetria estava mais
relutante do que na última noite. Despediu-se quando ela entrou no banheiro. Já
Demetria tomou seu banho e, ao sair do banheiro, caminhou tranquila pelo apartamento
para certificar-se que Arnold já tinha partido.
Vestiu uma roupa confortável e saiu às pressas, pois já estava
atrasada para sua primeira ronda e Selena, sua melhor amiga, buzinava
exageradamente sendo possível ouvi-la no terceiro andar onde Demetria morava.
Demetria entrou no carro e se sentou no banco passageiro e pegou um
lanche que Selena deixara para a amiga, abocanhou um pedaço e disse:
— Perdi a hora. — disse com a boca cheia. — Nem faço ideia onde está
meu celular.
— Como foi? — Selena perguntou dando partida.
— O sexo? Foi bom... — Demetria deu de ombros. — Ele voltará aonde nos
conhecemos e eu não estarei lá.
— Como você consegue saber disso tudo só de transar uma vez com a
pessoa? — Selena perguntou rindo. — De que ele voltará lá...
— Não sei. — Demetria respondeu ainda comendo. — Pode ser um dom.
Na verdade, Demetria acha que sabe. Ela é cirurgiã, não é nenhuma
especialista em relacionamento ou sexóloga, mas pode dizer que o modo que a
pessoa age durante e depois da transa diz muito mais sobre ela do que uma
simples conversa.
E ela nunca quis provar que estava certa sobre isso, a maioria dos
homens com quem costuma sair não faz parte de uma lista pequena e seleta dos
quais Demetria gostaria de rever outras vezes.
— Você vai no meu ensaio essa noite, certo? — Selena.
— É claro, sou sua madrinha. — Demetria riu. — Espero que não tenha
nada hoje.
Ao chegarem no hospital, Selena estacionou o carro. Entraram no
hospital pelo ponto socorro e notaram que estava particularmente cheio. Seguiram
até o elevador e traçaram seus caminhos para a sala dos cirurgiões no nono
andar.
Demetria pegou seu jaleco no seu armário e colocou seus utensílios nos
bolsos distraída enquanto todos na sala conversaram sobre o casamento de
Selena.
— Abel e eu estávamos pensando em fazer um grande salão de dança, mas
para isso todos os convidados teriam que levar seus respectivos pares. — Selena
dizia animada.
— Nós já somos um par. — Nick respondeu beijando a mão de Miley.
— Sério, Selena? — Demetria olhou-a rindo. — Onde arranjarei um par
nessa altura?
— Você teria um... — Wilmer fechou o armário e encarou Demetria.
— Como está Eve? — Demetria retrucou provocativa, porém Wilmer
calou-se. — É...
— Calma. — Selena intrometeu-se. — Não irei impedir ninguém de entrar
sem par, mas é só uma ideia divertida. Pense no assunto, Demi.
Antes de responder, o bip de Demetria apitou.
— Falamos sobre isso depois. — Demetria respondeu séria. — Miley,
temos de ir, estão nos chamando no ponto socorro.
Demetria prendeu seus longos cabelos em um coque e correu para o
elevador acompanhada no mesmo ritmo de Miley. Desceram até o térreo e uma ambulância
estava vindo em sua direção na entrada no ponto socorro.
— O que temos? — Demetria perguntou preparando suas luvas.
— Homem, 31 anos e ainda sem identificação. — O atendente respondeu
enquanto ajudava a tirar a maca da ambulância. — Passou mal há poucos minutos.
Parada cardíaca.
O homem que estava quase apagado na maca, voltou com um impulso e
começou a pular na maca sem ar. Seus olhos castanhos claros arregalaram pelo
apavoro e seu rosto ficou vermelho rapidamente.
— Outra parada cardíaca. — Demetria anunciou. — Iniciando RCP.
Pegou impulso no pé da maca e subiu em cima do homem iniciando uma
massagem cardíaca em seu peito. Com ajuda da Miley e outros enfermeiros, foram
levados para dentro do hospital.
— Ande logo! — Demetria ordenou. — Ele não responde.
Demetria intensificou a massagem cardíaca e aos poucos seu rosto foi
ganhando cor e ficando mais calmo. Ele deitou a cabeça na maca novamente mais
aliviada e tossiu algumas vezes.
— Quero uma ECG e um raio-x do paciente. — Demetria gritou.
— Para ter uma linda mulher em cima de mim assim, devo ter morrido e
entrado no céu.
Surpresa, Demetria olhou para o paciente que estava consciente.
— Senhor, como é seu nome? — Perguntou.
— Como é o seu nome? — Ele sorriu. — Acho que pulamos algumas fases
aqui. — Referia-se a Demetria sentada em seu colo.
Demetria balançou a cabeça enquanto descia e ajudava a empurrar a maca
pelos corredores do hospital. Tentou manter uma expressão mais seria no rosto,
mas ele ria sozinho tentando puxar assunto.
— Sabe o que aconteceu com o senhor?
— Os anjos não falaram qual será o meu julgamento final? — riu
sozinho.
— Para a sua sorte, o senhor está vivo. — Demetria respondeu.
— Honestamente, não lembro o que aconteceu. — Ele fechou os olhos
pensativo. — Mas será difícil esquecer como te conheci, disso tenho certeza.
Como é mesmo seu nome, doutora?
— Traga-me os resultados dele no quarto andar quando sair. — Demetria
ignorou-o e falou diretamente com Miley. — Tenho que ver dona Marie, disse a
ela que daria alta hoje e com certeza ela já deve estar me xingando e
perguntando sobre mim. — Ambas riram. — E tente conseguir o nome dele. —
Apontou para o rapaz.
— Demi... — Selena a chamou. — Wilmer pediu para te substituir na
primeira cirurgia de hoje, tudo bem para você?
Demetria respirou fundo e respondeu:
— Sim, é claro. — Forçou um sorriso.
Virou as costas para Selena e o paciente a olhava com um sorriso.
— Demi... — pronunciou alto seu nome. — Belo nome. — sorriu. — Meu
nome é Joseph, caso queira registrar. Joseph Jonas.
— Vou registar... — Demetria sorriu. — Joseph!
II
— Aqui os resultados. — Miley entregou alguns papeis para Demetria. —
Ele está perguntando quando verá você novamente. — disse rindo. — Demi, Demi...
— imitou Joseph.
Demetria olhou por cima dos seus óculos de grau para Miley que ria,
voltou sua atenção para os exames que analisava cuidadosamente.
— Parece que a parada cardíaca deve ter sido causada por estresse. —
concluiu sem delongas. — Vou aguardar o resultado do raio-x, mas já podemos
pensar em dispensá-lo.
— Então, cuide disso. — Miley respondeu. — Estrarei em cirurgia.
— Diga ao Wilmer... — Demetria iniciou. — Ah, não diga nada. —
arrependeu-se.
— Demi, será complicado até vocês se sentarem e conversarem sobre
isso. — Miley aconselhou-a com um breve sorriso. — E quando digo conversar, é
realmente conversar sobre tudo o que aconteceu com vocês. Você não quer o que
ele quer para a vida e, honestamente, ele está com Eve agora e...
— Ele achou a mãe dos filhos dele! — Demetria a cortou irritada. — É isso!
Miley suspirou e levantou-se sem dizer mais nada – ela sabia que
entrara numa ferida recente e não poderia forçar sua amiga a nada.
Demetria juntou todos os relatórios e exames de seus pacientes no
armário e saiu com passos pesados devido as lembranças que vieram em sua mente,
tentara pensar em outras coisas para espairecer, mas era difícil.
Desceu alguns andares e buscou o resultado do raio-x de Joseph,
analisou rapidamente e voltou para o andar da UTI determinada a dar alta para o
tal paciente. Chegando no quarto, ele dormia.
— Joseph Jonas! — Demetria gritou propositalmente assustando-o.
— Oh! — Joseph levantara a cabeça assustado. — Oh, Demi! — ele sorriu.
— Demetria. — repreendo-o com um sorriso forçado. — Dra. Demetria
Lovato.
— Demetria? — ele pareceu confuso.
— Sim, Demetria. Chefe do departamento de cardiologia e trauma. —
sorriu confiante.
— Ah, entendi. — Joseph abriu um sorriso. — Demi é apenas para íntimos
e sou apenas um paciente, certo?
— Isso mesmo.
— Tudo bem, dra. Demetria Lovato, o que tenho é grave? — ele pergunta.
— Passou por algum estresse ultimamente, Joseph? — Demetria
questionou.
— Sou bancário... Gerente, na verdade. — ele respondeu com um suspiro.
— Descobri que alguns dos meus funcionários desviaram dinheiro de contas de
clientes inativos e acredito que eu tenha surtado, realmente surtado. — ele riu
sem graça. — E meu coração, de fato, parou.
— De fato, quase parou. — Demetria riu, enquanto fazia anotações.
— Até que você me salvou... — Joseph piscou. — Obrigada doutora.
— Tudo bem... — ela ignorou-o outra vez. — Passará a noite aqui em observação
e pela manhã darei alta para ir para casa.
— Legal, legal! — ele respondeu alegre. — E você não irá para a sua
cirurgia?
— Para quem descobriu somente agora desvios de dinheiro, você ouve bem
conversas alheias que não lhe diz respeito, não é? — Demetria olhou-o.
— Estava interessado em você... no que você tinha a dizer... no que
disse... pensei que era sobre meu estado... — Joseph gaguejava confuso tentando
se explicar. — Achei que você iria falar sobre meu estado de saúde, por isso
pensei que era importante te ouvir.
Demetria disfarçou o sorriso e voltou sua atenção a muito custo nas
observações que fez na ficha deste paciente. Pelo canto do olho, Demetria viu
que Joseph estava sem graça com a situação que criou, mas não hesitava em parar
de olhá-la com um sorriso que, para ele, era charmoso.
— Voltarei mais tarde para certificar que está tudo certo. — Demetria.
— Qualquer coisa, aperte esse botão e a enfermeira virá.
— Enfermeira? — ele suspeitou. — E você?
— Só se acontecer algo mais grave para ter minha presença. — Demetria
explicou rindo. — Mas vamos torcer que isso não vá acontecer.
— Somente eu tendo outro ataque cardíaco para tê-la novamente... —
Joseph apontou para seu colo rindo.
— Talvez você não esteja mais acordado para ver isso acontecer. —
Demetria respondeu com sagacidade.
III
— Bom dia, Wilmer! — Demetria disse cruzando com ele no corredor. —
Quando vai parar de esquivar de mim pelo hospital?
Wilmer continuou andando mexendo nas fichas na sua mão.
— Wilmer! — Gritou. — Por favor, vamos ser adultos aqui. — Demetria
pediu com a voz baixa.
— Adultos? — ele riu. — O que quer?
— Conversar com você. — Aproximou-se dele. — Esclarecer o que houve
entre nós. Não quero que fiquemos com esse clima entre nós. Sempre trabalhos juntos
muito bem aqui.
— Tem razão. — Ele concordou. — Só aqui trabalhamos bem.
— Deveria ter sido mais sincera sobre a questão familiar com você. —
Demetria suspirou. — Constituir uma família agora não é uma coisa que eu quero,
pelo menos, não agora.
— Comigo. — Wilmer balançou a cabeça decepcionado. — Não comigo. Foram
três anos, Demi, três anos que ficamos juntos e você ouvia sobre minha vontade
de construir uma família, construir uma família com você, aliás. Você ouvia e
participava das conversas, sorria, dizia que sim e planejava comigo. Até que um
dia você disse que não queria ter uma família comigo. Você disse, lembro muito
bem de suas palavras: “não com você, Wil”.
— Quantas vezes preciso dizer que me expressei errado. — Demetria
tentou pegar em sua mão, mas ele rejeitou. — Sinto muito, Wilmer. Se eu
pudesse...
— Demi... — Wilmer levantou meu rosto. — Tão pouco importa agora isso,
deixemos no passado, mas foi bom conversar com você e da minha parte não terá
mais nenhum clima entre nós.
Demetria suspirou olhando-o.
— Espero que Eve... — ela iniciou.
— Não diga nada. — Wilmer interrompeu-a. — Não terá nenhum clima entre
nós.
— Certo... — Demetria riu. — Pare de roubar minhas cirurgias.
Ele acariciou seu rosto rapidamente e deu risada.
— Eu roubando cirurgias? — Wilmer riu. — Apenas estou distraindo minha
mente.
Wilmer seguiu em frente no corredor e Demetria observou-o pensativa
sobre o assunto. Acreditara que seria mais difícil do que isso, mas outras
questões em si eram mais difíceis de enfrentar. Ele tinha razão sobre sua
participação em tais planos, ela estava lá e desejava aquilo, mas sempre tinha
um “porém” na sua mente que a impedia de querer de verdade.
Balançou sua cabeça e assustou para longe este breve relapso de
consciência – não era lugar e nem momento adequado para rever ou lamentar
atitudes passados. Respirou fundo e abriu a pasta em suas mãos e olhou a lista
de pacientes para fazer a ronda desta manhã.
— Joseph Jonas... — disse quase como um sussurro. — Quarto 195.
Demetria olhou em volta e seguiu até o final do corredor rumo ao
quarto, olhou pela fresta da janela antes de entrar e Joseph estava sentado na
poltrona do quarto e acenou brevemente.
Por um momento, Demetria esqueceu que era o tal paciente que tinha lá
suas provocações. Abaixou a cabeça fingindo ler algo importante, enquanto
demorava propositalmente para entrar em seu quarto.
— Bom dia. — Demetria falou baixo. — Como está hoje?
— Bom dia, doutora Demetria. — respondeu sorridente. — Vou bem, vou
muito bem.
— Que ótimo, Joseph. — ela fingiu forçar um sorriso. — Vou assinar sua
alta para ir embora para casa. Controla-se, marque uma consulta para conseguir
remédios para controlar sua pressão enquanto passa pelos momentos delicados
onde trabalha.
— É claro... — ele respondeu atento. — Como marcarei com você?
— Sou cirurgiã, Joseph. Não atento em consultórios, sempre estou com
pacientes com casos mais graves do que o seu. — Demetria respondeu tentando
soar impaciente, mas ela estava gostando de trocar farpas com ele.
— Talvez você pudesse me dar seu telefone e eu me consultaria com
você. — Ele propôs com certa ousadia. — Já conhece seu caso, eu já te conheço e
confio em você.
— Tudo bem... — Demetria respirou fundo. — Isso vai parar quando você
sair daqui.
— Isso o que? — Joseph se fez de desentendido.
— Isso que você está fazendo... — Demetria balançou as mãos confusa. —
Dizer o quanto sou bonita, ouvir minhas conversas pessoais, fazer piadas de
duplo sentido, querer que eu aceite sair com você. Você... — ela apontou para
ele. — aqui é um paciente e eu sou sua médica.
— Não convidei você para sair comigo. — Ele sorriu malicioso. — Mas se
eu convidasse, você aceitaria?
Demetria deixou escapar um riso estranho – de som peculiar que
acontecia sempre quando ficava nervosa. Fez uma careta quando ouviu a si mesma,
enquanto Joseph sorria.
— Chega. — Ela riu de si mesma. — Tchau, Joseph. Boa sorte.
— Eu quero convidar você para sair comigo, mas você não aceitaria. —
Joseph levantou-se da poltrona. — Ontem você me viu desacordado, babando na
maca... No meu pior estado e isso faz com que qualquer mulher fuja, mas em um
encontro comigo seria diferente.
— Já vi pacientes em estados piores do que o seu. Fique tranquilo.
— Tudo bem, tudo bem, mas não é qualquer paciente que tem a coragem de
convidá-la para um encontro.
Pensei em algumas respostas malcriadas, mas respirei fundo e soltei o
ar para extravasar minha impaciência. Comecei a preencher todos seus dados para
autorizar sua saída.
— Qual o seu documento?
Quando Joseph começou a dizer, parecia ofegante. Levantei o olhar e
ele estava trocando sua roupa na minha frente. Apenas de cueca, ele dobrava o
pijama do hospital e organizando seus itens pessoais de forma que não parecia
errado estar semi nu na minha presença. Tentava não olhar para tamanha tentação,
pois era uma cena agradável.
— Preciso que assine aqui. — Pediu fingindo não o reparar.
— Um minuto.
Joseph vestiu sua calça jeans e camisa rapidamente, mas deixou os
botões abertos e ainda era possível ver seu peitoral peludo e definido. Demetria
desviou o olhar para janela e suspirou.
Estava um dia bastante ensolarado...
Oras quem estava tentando enganar? O truque é antigo. E o pior era que
Demetria ainda caia neste truque e Joseph parecia saber disso. Ele era bonito,
muito bonito. Isso não poderia negar. E também é divertido flertar dessa forma.
Mas também é irritante. Sou...
— Uma profissional. — Completei meus pensamentos em voz alta.
— Desculpe?
— Nada! — disse rapidamente envergonhada. — Bom, senhor Jonas, está oficialmente
liberado para ir embora. Pode voltar para casa, descanse por hoje e não esquece
de marcar uma consulta com um profissional para controlar sua pressão. E boa
sorte com o... banco.
— Você lembrou. — respondeu com um sorriso. — Obrigada, doutora.
Deu uma última olhada no peitoral para guardar de lembrava e saiu da
sala.
— Naquela hora.... — ele chamou. — eu ia dizer que você era a mulher
mais bonita que eu já vi. — terminou de abotoar sua camisa. — e não é uma
gracinha minha, enfim, obrigada por toda atenção... e desculpa se causei um
incomodo.
— Não causou. — garanti. — Adeus, Joseph Jonas.
IV
— Ela vai precisar de uma transfusão de sangue. — anunciei e tirei
minhas luvas sujas. — Prepare uma sala de cirurgia que vou me aprontar. Vai
operar comigo, Miley?
— Tentarei... — Miley apontou para a porta. — Está vindo uma ambulância.
Acidente.
— Vou ajudar. — respondi.
Puxei outro par de luvas no balcão de entrada e esbarrei em uma pessoa
que quase me derrubou, mas me segurou com as mãos pela cintura.
— Desculpe! — disse sem olhá-lo.
— Estava te procurando!
Olharam-se e Demetria disse surpresa:
— Joseph! Aconteceu alguma coisa?
— Estou bem... — soltou uma risadinha. — Como forma de agradecimento
por terem cuidado tão bem de mim, vim trazer algumas lembrancinhas. — levantou
uma cesta de guloseimas. — Espero que goste de chocolate.
— Não posso aceitar, desculpe... — respondi. — Devemos mante uma
relação profissional.
— Mas eu trouxe para todos. Para a Miriam, que abriu e fechou minha
ficha. — entregou para a Miriam. — Para a dra. Cyrus, a enfermeira Lauren
também... lembro-me dos nomes. — ele riu sozinho. — e, é claro, para você. —
entregou-me. — Para você, coloquei mais coisas. — sussurrou como se fosse um
segredo. — Espero que goste!
— Na verdade, não como chocolate. — respondi.
Não como chocolate? Que mentira! Eu amo chocolates. Essa mentira
descabida tirou o sorriso de seu rosto, ele coçou a nuca sem graça.
— Mas irei aceitar... Deixe o meu com Mary, mais tarde pego. Obrigada!
— Queria conversar com você...
— Agora não posso! — disse. — Estou trabalhando. Vou entrar em
cirurgia agora. Conversamos mais tarde.
Corri em direção a ambulância que acabara de estacionar. Era uma
criança totalmente ensanguentada.
— Estava sem cinto no banco traseiro. Chocou e ultrapassou o vidro.
Estava fora do carro.
— Chame o neuro. Vamos direto para a sala de cirurgia. — disse às
pressas.
V
— Meus parabéns! — Edward, o chefe do departamento, falou ao encontrar
Miley e eu. — Assisti toda a cirurgia. Salvaram um homem sem nenhum dano.
— Obrigada, Ed. — respondi. — Vamos sair para beber, quer nos
acompanhar?
— Estou de plantão essa noite. — Ele justificou. — Outro dia, meninas!
— Também vou entrar em plantão, mas vou acompanhar a Demi até lá. —
Miley riu.
Desceram as escadas até a saída traseira do hospital conversando e
rindo pelos corredores.
— Pensei que perderíamos o paciente. — Miley suspirou.
— Selena é uma ótima cirurgiã. — respondeu. — Vai até o último. Salvou-o.
Quando estava atravessando o estacionamento, Joseph levantou de um
banco e largou um jornal visivelmente antigo. Sorriu ao me ver.
— Como foi a cirurgia? — perguntou interessado.
— Foi tudo bem... — respondi. — O que você faz aqui?
— Oh, você disse “conversamos mais tarde”. Pensei que era para
esperá-la.
— Não era o que quis dizer, desculpe. Agora estou indo embora com
minha amiga e...
— Na verdade, vamos ao bar aqui na esquina. — Miley interrompeu-a. —
Quer vir?
Joseph aceitou empolgado, Demetria encantou Miley como forma de
reprovação da péssima atitude.
— Você se importa que eu acompanhe vocês? — Joseph me perguntou.
— Não. — forcei um sorriso. — Parece que agora vamos conversar.
— Deixei meu carro estacionado aqui. Tem algum problema? — Joseph
apontou.
— Nenhum, fique tranquilo. — Miley. — Bom, não poderá beber nada
porque Demi não dirige e eu estou de plantão, estou aqui somente para
conversar.
Demetria revirou os olhos, mas colocou um sorriso no rosto lembrando
que todos dizem que é um belo sorriso. Seguiram rumo ao bar, Miley e Joseph
conversavam entre eles, já Demetria interagia com apáticos “sim”, “claro”,
“sim, é verdade”, sem dar o trabalho de prestar atenção nas temáticas da
conversa. Joseph perguntou como se conheceram.
— Demi e eu somos amigas desde a faculdade. Cabulávamos algumas aulas
de obstetras, reuniões de medicina... éramos irresponsáveis, mas com...
— Mãos firmes. — Demetria completou a frase. — Mãos firmes, sempre.
Ao chegarem no bar, Demetria entrou na frente e foi direto ao balcão.
O dono acenou ao vê-la entrar e sinalizou os lugares reservados. Deixando-os
conversarem, Demetria disse:
— Três de sempre, Johnny. — sorriu.
— Não posso beber hoje. — Miley avisou. — De plantão.
— Mas pedi somente para mim. — Demetria respondeu debochada.
Ele trouxe três shots de tequila e Demetria bebeu uma atras da outra,
sentindo sua garganta queimar e o estomago arder por alguns longos segundos.
Olhou em volta do bar, mas permaneceu atenta ao assunto dos dois. Miley
cutucava-a algumas vezes para participar da conversa, mas Demetria evitava ao
máximo.
Ela sabia das intenções de Joseph e prometeu a si mesma naquele
momento não cair nas ladainhas e golpes baratos.
— E você é casada com um médico? —Joseph perguntou à Miley.
— Sim, Nick é neurocirurgião. — Miley respondeu. — Assim como Selena,
nossa amiga que ainda está em cirurgia. Você vai gostar de conhecê-la.
— E você era com Wilmer. — Joseph virou para mim. — Sou fácil com
nomes.
— Não era casada com Wilmer, se é isso que quer saber. Nós namorávamos,
pensamos diferentes demais para nos casarmos.
— Isso parece bem bacana. — Joseph respondeu. — Vocês são como uma
família. Eu sou gerente de banco, por isso passei mal naquele dia... —
explicava-se. — E trabalhar na área financeira é bem estressante. Sinto que
dentro do trabalho, não temos amigos. Sou sozinho, é um fardo da profissão. —
sorriu. — Nem namorada, queria frisar isso. — riu sozinho.
— A medicina também é uma área egoísta, mas nós temos sorte. — Miley
respondeu. — Mas tem aqueles que são egoístas. — finalizou, encarando Demetria.
Antes que Demetira pudesse responder, Miley tirou seu bipe do bolso e
olhou séria.
— Um acidente. Tenho que ir. — avisou, levantando-se.
— Deixe-me ver. — Demetria levantou e passou a mão no rosto.
— Nem pense em vir comigo. Já bebeu o bastante. — Miley chamou sua
atenção.
— Ah, já operei depois de tomar um shot. — Demetria riu. — E se for
algo grande, vão me chamar também.
— Você não bebeu só um shot, já bebeu uns oito... — Miley respondeu. —
E sim, eu contei! E vou me certificar que não te chamem. — sorriu. — Johnny e
Joe irão se certificar que você não irá para o hospital, vai direto para a casa.
Joseph concordou com a cabeça, estava alegre com a missão que lhe foi
atribuída. Demetria bufou com raiva e escorregou as costas na cadeira,
revirando os olhos. Bebeu mais um shot que foi servido e sorriu forçado ao
Joseph, que a vigiava.
— Pare de me olhar! — Demetria ordenou.
— Vai fugir? — ele questionou. — Vejo que está se esquivando de mim.
— Talvez eu fuja. — Demetria respondeu. — Depois que eu terminar aqui,
vou passar por aquela porta e você não me verá mais.
— Eu volto aqui para ver se está bem. E ainda te trago mais
chocolates.
— Já falei que não gosto de chocolates. — Demetria retrucou.
Joseph pulou uma cadeira e sentou-se onde Miley ocupava, apoiou seu
cotovelo na bancada e encostou sua cabeça. Deu uma risada ao olhar Demetria
ainda mais de perto.
— Gosta sim, sei que você gosta. Reparei em você o suficiente para
saber que você come um quadradinho duas vezes, ainda mais antes de operar.
Assim como notei que você bebe um copo d’agua entre cada shot para não ficar
bêbada tão rápido. E suas mãos nunca tremem, você mal pisca e controla sua
respiração como se o mundo dependesse disso. Aliás, você também mexe nas mexas
dos seus cabelos quando está contrariada, fez isso agora com Miley e no
hospital comigo. Duas vezes. — ele sorriu.
— O que você quer?
— Não sei ainda. — ele riu. — Eu realmente quero te conhecer.
Demetria olhou-o e desviou os olhos para o resto do bar, quando viu o
tal do Thatcher entrando com mais dois amigos, ele iria a reconhecer e sabia
onde encontrá-la. Ela aproximou-se de Joseph como se fosse beijá-lo, pensando –
bem bêbada, numa estratégia de deixar Thatcher afastado. Não o beijou, mas
sentiu seus lábios carnudos tocarem os seus.
Ela fechou os olhos por alguns segundos, pôde sentir os lábios, os
pelos do bigode e barba e o cheiro do perfume de Joseph. Abriu os olhos,
afastando-se um pouco. Olharam-se ainda próximos, Joseph colocou sua mão no
rosto de Demetria e a puxou para um beijo.
Entregou-se ao beijo intenso, as línguas de ambos dançavam em
sintonia. Ela colocou a mão no peito de Joseph e se afastou.
— Isso não pode acontecer novamente. — avisou. — E eu estou indo
agora.
— Calma! — Joseph pediu. — Eu te levo para a casa.
— Não quero. Apenas... fique aqui e vá depois de mim. — pediu, olhou
Thatcher de longe.
Joseph ficou sentado e pegou a conta, enquanto Demetria saia do bar às
pressas. Johnny balançou a cabeça e deu uma risada.
— O que aconteceu? — Joseph questionou. — O que eu fiz de errado?
— Não é você. — Johnny deu sinal para os rapazes na mesa. — Ele veio
atrás dela.
— E eles se conhecem?
— Te garanto que não. — Johnny. — Agora vá vê-la, não quero a dra.
Miley amanhã dizendo que deixamos a dra. Demi na mão.
Joseph concordou e saiu do bar, olhando para a mesa dos rapazes que o
encaravam também. Atravessou a rua e alcançou Demetria que andava com passos
pequenos e seguros, em linha reta tentando disfarçar a bebedeira.
— Demi...
Ela fingiu não ouvir. Limpou o rosto com o cardigã que tirou ao sair
do bar e prendeu seu cabelo em um coque, pensando que era sim capaz de fazer
uma cirurgia, depois riu sabendo que não.
— Demi, por favor, deixa-me te acompanhar até estar segura.
— Irei dormir no hospital. Pode ir para casa.
— Pelo menos, posso acompanhar você?
— Você vai do mesmo jeito, não é? — ela riu. — Seu carro está lá!
— O que eu fiz de errado? — ele questionou. — Você me beijou e foi
embora.
— Foi só um beijo. — respondeu, ainda rindo. — Só isso.
Ele ficou em silêncio e andando alguns passos atrás dela. Demetria
parou e virou para trás.
— Não vai acontecer porque não é assim que funciona.
— É por causa daqueles caras do bar?
— Também! Eles não sabem nada sobre mim, já você sabe demais. Sabe meu
nome, onde trabalho, já conheceu minhas amigas... e tudo foi de forma tão
contra a minha vontade. — ela aumentou a voz, parecia irritada. — Isso é chato,
Joseph. Eu olharia para você e ficaria com você, mas não da forma que nos
conhecemos.
— Eu adoro seu nome, é a primeira coisa que gostei de você depois dos
seus olhos e do seu sorriso. — Joseph aproximou-se. — E sou grato pela sua
profissão, você salvou minha vida e nem se tocou disso ainda por estar
acostumada a salvar vidas todos os dias, mas a minha foi o suficiente para que eu
quisesse te ver mais vezes.
— Seu carro está ali! — Demetria apontou. — Tchau, Joseph.
Ele concordou com a cabeça e olhou-a virar as costas e sair andando.
Ele suspirou, limpou o suor em sua testa e pegou a chave de seu carro. Demetria
virou-se e viu-o aproximar-se de seu carro e apressou os passos atrás dele.
Joseph estava distraído arrumando algumas coisas no banco passeiro e Demetria
chamou-o desajeitada. Ele a viu pelo retrovisor e virou.
Demetria soltou seus cabelos e pegou Joseph pela camisa e beijo-o, foi
ainda mais intenso. Demetria deslizava sua mão pelo peitoral de Joseph e
puxou-o ainda mais para perto do seu corpo pelo cinto de sua calça. Já Joseph beijava-a
e depois parava para beijar o pescoço da moça e voltava para seus lábios.
— Vamos, me leve para casa. — Demetria disse.
VI
Demetria procurava as chaves de casa dentro dos bolsos de sua jaqueta,
enquanto Joseph esfregava seu pênis nela, beijava as costas de Demetria que
estavam nuas. Finalmente abriu a porta e puxou-o para dentro e guiava-o no
escuro aos beijos.
Chegaram no quarto, Demetria tirou a blusa de Joseph e sentou-se na
cama, trazendo-o por cima de seu corpo. Ela tirou o restante de sua blusa e com
ajuda de Joseph, tirou seu sutiã e se deitou com ele por cima de seu corpo.
Sentiu o peitoral peludo e quente por cima de seu corpo e aquilo a excitou
ainda mais.
VII
Abriu seus olhos, o sol está cruel naquela manhã e a dor de cabeça deu
sinal já nos primeiros segundos do seu dia. Puxou os lençóis para seu corpo e
cobriu sua cabeça, fechou os olhos novamente e tentou dormir um pouco mais.
Ouviu um barulho, sentou-se na cama rapidamente e voltou sua mão para a cabeça
que doía.
Levantou-se e viu que estava apenas de calcinha, calçou seus chinelos
e vestiu a camisa over-sized no pijama que não lembra de usar. Saiu do quarto e
na cozinha estava Joseph preparando ovos mexidos com pães frescos e um café
preto.
— Bom dia. — Joseph disse, alegre.
—Bom dia. — respondeu ainda em dúvida. — Confesso que essa ressaca me
pegou.
— Eu imaginei. — ele riu. — Por isso fiz um café da manhã mais
reforçado para você.
Ela sorriu ao aproximar-se da mesa. Joseph já estava trocado com a
mesma roupa da noite anterior, abraçou-a por trás e beijou seu pescoço,
cheirando-a de maneira delicada.
— Nós... — Demetria começou a falar.
— Não, não. — Joseph respondeu rapidamente. — Não transamos ontem,
apesar de... estava quente, mas não fizemos nada.
Demetria olhou-o e riu.
— Sou romântico, não vou negar. — Joseph disse orgulhoso de si mesmo. —
Quero que nossa primeira transa seja tão boa quanto na primeira vez que te vi.
— Preciso ir trabalhar e você precisa ir embora. — Demetria respondeu,
um pouco rude. — Agradeço a café da manhã, mas você precisa partir agora.
Ele olhou-a, já tinha mudado a expressão. Ele concordou, já tinha
entendido que existia uma barreira que Demetria colocava entre os dois.
— Posso te levar, estou de carro. — ele ofertou.
— É de praxe que Selena venha e me busque, ainda preciso tomar banho e
você precisa ir. — Demetria falou de forma impaciente.
— Vou te ver novamente?
— Oh, Joseph. — Demetria voltou alguns passos. — O ideal era não nos
vermos mais, só que tem algo que me diz que você não irá desistir fácil.
— Eu não desisto fácil daquilo que vale muito a pena. — ele respondeu
com um sorriso. — Mas irei te respeitar, vou pegar minha jaqueta e partir.
Demetria sorriu, entrou no banheiro e trancou a porta, esfregou o
rosto novamente bem pensativa. Ligou o chuveiro e deixou com que a água quente caísse
em todo seu corpo, tentou desligar a mente, mas era tomada por lembranças da
última noite. Ainda conseguia sentir o cheiro de Joseph impregnado em sua pele,
conforme ensaboava seu corpo, ainda sentia seus toques e beijos.
— Isso não pode acontecer. Não vai acontecer. — disse a si mesma.
Desligou o chuveiro e se enrolou em uma toalha, saiu do banheiro e
verificou se ele ainda estava em seu apartamento. Já tinha partido, mas ainda
era possível sentir o cheiro de seu perfume e de ovos mexidos. Na porta da geladeira,
tinha um post-it grudado com um bilhete:
“Este é meu número. Espero que me ligue : ) ou terei que ter outra
parada cardíaca!”
Demetria riu e deixou o bilhete ali – talvez tenha sido este detalhe
que mudou todo o jogo, em outra situação, ela teria jogado fora sem pensar duas
vezes. Secou seu cabelo rapidamente e vestiu uma roupa casual. Voltou a cozinha
e serviu de um café e comeu os ovos mexidos com geleia pensando o quanto estava
maravilhoso. A buzina tocou duas, três, quatro vezes... era Selena.
Desceu as pressas e entrou no carro cumprimentando a amiga. Selena a
olhou e deu partida.
— Será neste final de semana. — Demetria comentou. — Está pronta ou
serei sua madrinha de fuga?
— Já basta você fugindo das suas responsabilidades, Demi. Já eu
enfrentarei a minha.
— Ai! — Demetria respondeu. — Essa foi pessoal!
— Miley me contou sobre o rapaz. — Selena. — Como foi?
— Como foi o que? — Demetria respondeu, fazendo-se de desentendida. —
O que ela disse?
— O paciente, tal de Joe? — Selena tentara lembrar o nome. — Ontem
tivemos duas cirurgias juntas e ela me contou que estavam no Johnny juntos e
que Johnny contou que ele iria te levar para casa. Estou curiosa para saber
como foi. — Selena ria. — Miley disse que ele está caidinho por você!
— Vocês não tinham outro assunto?
— Não, você foi nosso tópico. — Selena ainda ria. — Vai, conte-me como
foi.
— Foi bom... — Demetria balançou a cabeça. — Quer dizer, não rolou
nada demais, apenas nos pegamos e dormimos juntos. Não chegamos ao ato
definitivamente. — terminou. — O que é bom porque é algo que já me coloca a uma
distância dele.
— Mas o que rolou foi bom? — Selena insistia. — Você já foi mais
detalhista...
— Meu Deus, Selena! O que rolou foi bom, de fato, foi, mas preste
atenção no que eu digo, o que era para ser, graças a Deus, não foi e acabou. Dei
um fim nesta manhã.
— O que você disse para ele?
— Ah, sei lá, alguma coisa. — Demetria parecia confusa. — Estava com
ressaca alcoólica e moral, não me apeguei aos detalhes de como eu dei uma basta
nele.
Demetria calou-se e se fechou no banco passageiro, enquanto Selena observava-a
de canto de olho, com um sorriso malicioso – ela sabia que, quando Demi se comportava
assim, era porque algo já tinha saído de seu controle.
Chegaram no hospital, despediram-se e foram para lados opostos. Selena
entrou pela porta principal, já Demetria entrou pelo ponto socorro, subiu o primeiro
andar de escadas e olhou o quadro de cirurgias e tinha duas marcadas em seu
nome para a tarde. Wilmer aproximou-se e parou no seu lado e preencheu seu nome
no quadro, Miley o acompanhava e sorriu.
— Fofoqueira! — Demetria disse sem olhá-la.
— Oh! Aconteceu! — Miley deu uma gargalhada escandalosa. — A persistência
valeu a pena?
Wilmer olhou para elas, estava curioso. Demetria cutucou Miley e
fechou sua expressão, ficou brava com a indiscrição da amiga. Miley grudou seus
dedos indicadores e disse:
— Vou separar e você diz para parar de acordo com o tamanho, tá bom?
— Não, Miley. Que infantilidade! — Demetria virou-se.
Mesmo contra a vontade, Miley começou e Demetria assistiu em silêncio.
— Uau! É grande! — Miley comentou.
— Cala a boca, Miley. — Demetria abaixou as mãos da amiga. — Para sua
curiosidade, não rolou nada. Apenas dormimos juntos.
— Juntinhos? Ai, bem casalzinho? — Miley sorria, bem alegre. — Melhor
ainda!
— Não se iluda, minha amiga, já acabou tudo. — Demetria sorriu,
vitoriosa. — E ele não irá insistir porque não irei mais respondê-lo.
Ainda próximo, Wilmer riu.
— Algum problema, Wilmer? — Demetria enfrentou-o. — Quer participar?
— Eu? Jamais! Não quero ser cumplice de uma relação de médico e
paciente. — respondeu.
— Ele não é um paciente! — retrucou Demetria.
— Não foi o que ouvi. — Wilmer deu de ombros. — Mas a preocupação deve
ser dos Recursos Humanos, não meu.
— Oh, acha que é um problema para o RH? E o que já fizemos aqui, não
seria um problema?
— Chega, Demi. — Miley pediu. — Vamos parar com essa discussão.
— Nunca fiz nada duvidoso. — garantiu Wilmer.
— Pensa que Eve te deixou puro? Você é um hipócrita! — Demetria disse.
Ele a olhou e apenas riu, aproximou-se de seu ouvido e sussurrou:
— Cuidado que homens não gostam... você sabe!
— Você é um merda! — Demetria respondeu e virou-se. — Idiota!
VIII
— O que farão nesta noite? — Miley beijou Nick rapidamente. — Estamos
pensando em ir ao Johnny beber algumas.
— Acho que assistirei um filme nesta noite já que Justin está fazendo
os últimos preparativos surpresas. — Selena respondeu sorridente. — Estou muito
ansiosa!
Demetria ouvia a conversa entre os colegas e guardava seus itens de trabalho
em seu armário, manteve-se quieta, pois sua mente estava longe. Ora lembrava da
noite anterior e aquilo, de certa maneira, acalentava seu coração e ora
lembrava de trocas de farpas com Wilmer.
— Demi? — Selena cutucou-a. — Ouviu o que eu disse?
— Não, desculpe. — respondeu, com os olhos baixos.
— Faremos uma noite de filmes, vamos? Será bom para você também.
Demetria chegou seu armário e concordou com a cabeça dizendo:
— Pode ser na minha casa! Tenho tequila, pipoca e m&ms. — sorriu.
— Pensei que você votaria para irmos no Johnny nesta noite. — Miley
comentou. — Quem sabe..
— Não, hoje estou de boa. — Demetria respondeu com uma careta. — Será
uma despedida de solteira da Selena, podemos achar um filme sobre casamentos e
deixar a Selena em lágrimas.
Saíram juntos da sala de acolho e foram com o carro de Selena – Miley e
Nick no banco de trás, Demetria no banco passageiro. O trânsito às 21h estava
tranquilo, chegaram na casa de Demetria em menos de quarenta minutos. Ao entrarem
no apartamento de Demetria, Nick sentou-se em um sofá e Selena em outro com o
controle na mão para escolher o filme que vira a propaganda outro dia nas redes
sociais. Na cozinha, Miley começara a preparar a pipoca e Demetria a servir as
bebidas em taças.
— E aí, Demi. — Nick aproximou-se da bancada. — Qual é a sua com Wilmer?
— Nicholas! —Miley chamou sua atenção.
— Relaxa, Miley. — Demetria alisou suas costas com carinho. — Não é
nada demais, Nick. Apenas discordamos de algumas coisas e agora temos
interesses diferentes.
Miley foi até a geladeira para pegar manteiga e leu o post-it grudado
na porta, deu risada e apontou dizendo:
— Sem mais?
Demetria olhou e bufou, irritada. Tirou o bilhete da geladeira e
guardou no bolso de seu jeans, mas não conseguiu responder à pergunta.
Após preparar a pipoca, reuniram-se na sala para assistem o filme, Selena
selecionou The Longest Ride, seu filme favorito – e que já assistiu com Demetria
algumas dezenas de vezes, mas sempre chorava nas cenas mais emocionantes. Miley
se deitou no peito de Nick no sofá a esquerda, Selena estava com pernas cruzadas
no sofá de centro e Demetria sentou-se no chão com um pacote de trezentas
gramas de m&ms em seu colo.
Cerca de uns quarenta minutos de filme, Demetria reparou que Miley e
Nick cochilavam juntos – um mal de cirurgião é o sono acumulado, Demetria riu
sozinha. Já Selena mantinha-se concentrada na trama, mesmo sabendo as falas da
personagem principal.
Demetria se levantou e pegou o bilhete em seu bolso, foi até a cozinha
e discou o número. Tocou três vezes, sentiu certo arrependimento, mas antes que
pudesse desligar, ouviu no outro lado da linha aquela voz simpática, um pouco
rouca:
— Estava me perguntando se meu recado tinha sido tão idiota assim!
— E foi! — Demetria respondeu, rindo.
Ficaram em silêncio por alguns segundos, ouvindo a respiração um do
outro.
— Demetria, eu ach...
— Só Demi, por favor. — interrompeu-o com uma voz manhosa.
— Demi! — ele riu. — Uau, Demi! Devo dizer que é lindo seu nome.
— O que está fazendo agora?
— Hum... estou saindo do banco agora. — ele respondeu. — É o que
acontece quando se tem um ataque cardíaco, fica três dias longe do serviço e
acumula tarefas.
— Parece ser tedioso e um pouco preocupante já que você deve evitar
estresse.
— Foi uma recomendação médica, não? Preciso seguir!
— Quer vir aqui e quem sabe eu te ajude a... não sei, acalmar-se? —
Demetria tentava flertar, mas sentiu-se ridícula. — Ou relaxar... Não sei, assistir
um filme terrivelmente romântico comigo e minhas amigas...
— Todas as alternativas são tentadoras quando vêm de você. — Joseph
respondeu risonho. — Em alguns minutos estarei aí.
Desligaram. Demetria riu sozinha, sentiu seu corpo queimar por dentro.
Olhou para sala de estar e caminhou até o sofá e disse para Selena:
— Já venho, irei comprar alguma
coisinha.
Selena balançou a cabeça sem tirar os olhos da televisão, avisou algo
sobre uma cena que julgava ser icônica e Demetria prometeu voltar até lá. Foi
até seu quarto e calçou seus chinelos e pegou a chave de casa, desceu as
escadas e ficou na entrada no prédio aguardando.
Em poucos minutos, Joseph chegou naquela mesma caminhonete da noite
anterior em que Demetria lembrou que trocaram beijos e amassos. Suspirou ao
lembrar das mãos que tocou cada parte de seu corpo. Ele desceu do carro e
aproximou-se dela.
— Ainda estou surpresa. Depois dessa manhã, pensei que não me
retornaria. — ele riu. — Você é imprevisível, dra. Demetria Lovato.
Demetria pegou em sua mão e a conduziu para a entrada lateral do prédio.
Era um armazém coletivo dos moradores, tinham alguns itens para festa. O local
estava escuro e só era iluminado uma fresta da luz do poste do lado de fora.
Ela largou sua mão e virou-se para ele, ficou nas pontas dos dedos dos pés para
beijá-lo, era tão pouco quanto da noite anterior.
Ele a puxou ainda mais para perto do seu corpo e deslizou sua mão
pelas costas da moça, apertando sua bunda.
— Sou louco por você.... — ele dizia ofegante, beijando seu pescoço. —
desde o momento que te vi.
Demetria afastou-se e foi até uma pequena mesa de madeira no centro do
armazém e empurrou alguns objetos que estavam na mesa, fez um barulho alto, mas
ambos ignoraram. Ela curvou-se na mesa e Joseph agarrou por trás. Ela virou
para ele e tirou sua camisa, Joseph desabotoou a blusa de Demetria e ela estava
completamente nua.
Beijou seus seios com ferocidade, Joseph estava ofegante e suava
muito. Ele deitou-a na mesa, tirou toda sua calça e abriu suas pernas,
posicionou sua calcinha de lado e admirou todo o corpo de Demetria. Joseph colocou
seus dedos na boca de Demetria, que os chupou de maneira excitante e colocou
seus dedos com delicadeza em sua intimidade, em seguida, Demetria sentiu um prazeroso
movimento quente que a fazia revirar-se na mesa, a barba de Joseph roçava em
suas coxas e sua língua em sua vulva.
Ela tentava se controlar, mas não conseguia, já estava entregue a ele.
Demetria gemia alto, chamava-o de maneira desesperada, seu coração palpitava
com tanta força. Ele gemia baixinho em seu ouvido, enquanto penetrava-a por de
trás.
Seus corpos estavam tão próximo que pareciam uma só molécula.
IX
Ambos se vestiram, mas olhavam-se sorridentes. Eram incapazes de
demostrar qualquer seriedade dado ao que fizeram. Ele ajudou-a abotoar sua
camisa e beijou-a rapidamente.
— Vai me ligar outra vez? — ele perguntou. — Queria te convidar para
um jantar.
— Um primeiro encontro?
— Não... Nosso primeiro encontro já aconteceu. — ele aproximou-se. —
Foi no dia que te conheci e será meu encontro favorito. Estou te convidando
para um terceiro encontro, porque nesta noite foi nosso segundo. — ele passou a
mão em seus lábios. — Deixa-me fazer um jantar, eu cozinho muito bem.
Ela concordou com a cabeça e beijou-o. Trocaram caricias naquele armazém
escuro, mas pela fresta se olhavam com brilhos nos olhos. Despediram-se. Ao
voltar para seu apartamento, Demetria sentou-se no sofá tentando conter o
sorriso.
Voltou a tempo da cena que Selena mais amava, assistiram o filme até o
final e dormiram.
X
Três dias passaram-se e Demetria trocava mensagens com Joseph de
maneira frenética, como dois adolescentes. Para o casamento de Selena, Demetria
tinha que fazer alguns plantões que dificultava o terceiro encontro combinado
pelos dois.
Mas naquela noite de quinta-feira aconteceria. Joseph já havia saído
mais cedo do banco e foi ao mercado comprar os ingredientes para o jantar, fez
uma lista previamente, pois sua ansiedade o deixava distraído. Cada mensagem de
Demetria fazia com que ele ficasse ainda mais nas nuvens. Não sabia como dizer,
mas sabia que já estava apaixonado pela mulher mais linda que já viu em sua
vida.
Era ela, dizia a si mesmo empolgado.
Após sua saída do hospital, Demetria pegou um táxi a até a casa de Joseph.
Ele morava cerca de quinze minutos do hospital, tocou a campainha e ele atendeu
rapidamente.
Ao abrir a porta, o cheiro tomou o ambiente. Demetria sorriu e o
cumprimentou com um selinho longo que logo transformou-se em mais um daqueles
beijos intensos e longos que trocavam entre si. Ele apresentou toda a sua casa,
começando pela sala de estar ligado a cozinha e sala de jantar onde a pesa já
estava posta para dois – com taças e velas. Pelo corredor tinham quatro portas:
um banheiro, escritório, quarto de visitas e, no final, o quarto principal de
Joseph que estava organizado e com velas para iluminar o ambiente.
— Gosta de velas, não? — Demetria comentou.
— E eu espero que goste do que preparei para nós esta noite. — ele
respondeu sorrindo. — Já provou coq au vin?
— O que? — ela riu confusa.
— Venha. Irei servi-la algo muito especial. — Joseph pegou em sua mão.
Joseph conduziu-a até a sala de jantar, abriu espaço para que se
sentasse e foi até a cozinha. Voltou servindo um prato já pronto com algo
peculiar para Demetria, mas o cheiro era maravilhoso. Serviu de um bom vinho,
brindaram e Joseph observou Demetria provar.
— Uau! Uma delícia!
Ele sorriu, feliz.
— Além de cozinhar, quais outras habilidades que esconde? — Demetria
questionou.
— Quero que descubra aos pontos. — Joseph respondeu.
Conversaram durante todo o jantar, gargalhavam e trocavam curiosidades
sobre si mesmos e histórias de infância ou do hospital. Brindaram mais algumas
vezes até terminar toda a garrafa do vinho branco. Após a sobremesa – tarte tatin,
ainda mais gostava.
Continuaram a conversa na sala de estar, Demetria olhava-o com encanto
no momento que Joseph pegou em sua mão e a beijou.
— Como tentei resistir a isso... — ela comentou. — Eu gosto de você,
Joseph!
— É bom saber que é recíproco!
— Mas não quero que seja rápido demais! — ela alertou. — Vamos com
calma.
— Estou calmo e sou paciente. — ele respondeu. — Mas não feche mais a
porta, vamos nos permitir aos poucos.
Aproximou-se e a beijou.
— Aos poucos... — repetiu ela.
Trocaram beijos e caricias no sofá, enquanto bebiam outra garrafa de
vinho. Demetria olhou-o e disse:
— Neste sábado, Selena irá casar-se... — comentou tímida. — Quer ser
meu par?
— Só para o casamento?
— É, começando pelo casamento. — ela disse. — Aos poucos, lembra?
— Claro que serei seu par. — respondeu.
Demetria se sentou em seu colo e voltaram a se beijar, deixaram cair as
taças e começaram a despir-se da sala até o quarto.
XI
— Estou tão nervosa! — Selena gritou. — Muito, muito, muito nervosa. —
Poderia matar alguém com essas minhas mãos tremulas.
— Ainda dá tempo de desistir. — pontoou Miley.
— Jamais! Irei me casar! — Selena respondeu dura. — Meses planejando,
mas agora... sinto uma dor de barriga. — lamentou.
As três começaram a rir de Selena. Ela bebericou um pouco de água,
enquanto Demetria ajudava-a com a maquiagem. As amigas admiravam a beleza de
Selena naquele momento, com o sorriso de orelha a orelha.
— Você está linda. — disse Miley. — A noiva mais linda.
— Estou muito nervosa. — Selena olhava para cima tentando não chorar.
— Selena, você já operou por mais de quinze horas ininterruptas. Você
é demais. — Demetria.
— Fora que você e Justin já moram juntos, fazem tudo juntos. Só irão
oficializar, fique calma. — Miley complementou. — Será o melhor dia, apenas
aproveite.
Bateram na porta, Selena arregalou os olhos dizendo: “Justin não pode
me ver assim”. Então, Miley abriu a porta e sorrindo anunciando:
— É o Joe! Espero que Demi já vem.
Ele aguardou no lado de fora. Demetria terminou de arrumar seu vestido
e viu suas amigas rindo como adolescentes por coisa boba.
— Parem com isso! — pediu.
— Não suma. — Selena disse. — Falta poucos minutos.
— E não faça nada apropriado, aqui é uma igreja.
Demetria balançou a cabeça e saiu da sala de preparativos. Joseph
estava com um terno preto justo ao corpo, já Demetria vestia um vestido longo
azul com alguns brilhos.
— Está linda! — ele disse, beijando-a.
— Aconteceu alguma coisa? — questionou preocupada.
— Seus amigos estão me questionando o que eu sou para você. — ele riu.
— O que eu sou?
Ela empalideceu imaginando comentários feitos, ele alisou seu rosto e
disse:
— Calma! É brincadeira minha, não importa agora o que somos. — ele
encostou seu nariz ao dela. — Queria te ver, para ter certeza de que estaria
tão linda quanto imaginava.
— Preciso ir agora, mas saiba que você está um gato. E esses braços...
— ela apertou. — Pode imaginar no que estou pensando agora?
Beijaram-se e logo se separaram para controlar a excitação. Essa fase
do relacionamento é perigosa porque estão sempre a flor da pele.
— Até mais tarde. — ela disse.
Demetria voltou à sala de preparativos, retocou seu batom, enquanto olhavam-na.
— Sim, eu gosto dele! — finalmente disse. — Eu gosto dele! Acho que
estou até... apaixonando-me! Satisfeitas?
As meninas celebraram e riram.
— Finalmente falou! — Selena comemorou. — Agora estou pronta. —
anunciou.
Abraçaram firmes e saíram da sala. A música começou a tocar. Selena
entrou deslumbrante e todo ocorreu da forma mais bela possível, um sonho
tornando-se realidade.
Após o casório, iniciou-se a festa que se estendeu até a madrugada com
muita bebida, dança e brincadeiras. Quando anunciou a jogada do buquê, Demetria
participou contra sua vontade, mas foi premiada ao cobiçado prêmio. Aquilo fez
com que Joseph ficasse ainda mais excitado.
XII
Abriu os olhos, Demetria estava completamente nua com pétalas de
lírios e gerbera, o buquê estava todo estraçalhando em sua cama que ficara perfumada
do cheiro. As portas da varanda estavam abertas e o sol iluminou o ambiente.
Sentou-se na cama e Joseph entrou no quarto ofertando uma xícara de
café.
— Que noite! — ele disse, deitando-se ao seu lado. — Vocês não cansam
de festejar.
Joseph pegou o que sobrou do buquê e sorriu.
— Você sabe o que isso significa?
— A vida real.
[FIM]
Leia os outros contos que fizeram parte do Projeto Ficstape:
we own the night | i promise you | everytime you lie | make it right |
inseparable
SE EU AMEI ISSO? EU AMEI DEMAAAAAAAAAAAAAAAIS!
ResponderExcluirMirela, mulher, você não tem noção (tem sim, porque me viu ler em tempo real no seu privado) do tanto que eu fiquei apaixonada por esse conto, do tanto que eu adorei o Joseph e do tanto que eu AMEI você escrevendo um romancinho desses que eu tanto prezo, amo e vereno.
A história foi muito boa, realista, e nossa MTO TERMO MEDICO QUE ORGULHO DESSA MENINA INTELIGENTE QUE VÊ GREYS ANATOMY! Adorei o close Jelenina nessa fic e nossa NÃO TEVE O NICK KKKKKKKKKKKKKKKKK DEMONIA ME ENGANOU FALANDO QUE IA SER NILEY!
Enfim, eu amei amei amei! O Joe nossa <3 melhor personagem. Adoraria ler mas romances seus, fica a dica!
Gretchen.
Te amo, feliz que nosso projetinho foi pra frente! <3 E NOSSA QUERO MAIS ROMANCE REAL, AMÉM JOSEPH VC É APAIXONANTE
Você que tanto insistiu para que eu escrevesse um romance porque está cansada de me ver matar ou judiar de todos os meus personagens.
ExcluirMas eu já mostrei meus outros romancinhos. Não é uma coisa que eu gosto pois adoro um sangue, mas terá mais alguns.
Eu disse que minha primeira oneshot era Niley e não que essa teria Niley e você sabe minha birra com Niley aaaaaaaa.
GRETCHEN QUE DIA ICONICO.
Te amo e fico feliz pelo novo projeto também.
Será que está versão do Joseph voltará aparecer por aqui? HUM
AMEI O CONTO! Joe me lembrou muito o Chandler de FRIENDS, E EU AMEI ISSO!
ResponderExcluirAMÉM PARA ESSE PROJETO! Mal posso esperar para ler os próximos contos.
Nunca assisti Friends inteiro e não me lembro do Chandler, mas minha amiga disse que realmente lembrou esse personagem
ExcluirFico feliz que tenha gostado aaaaaaaaaaa
que hino de conto, meu deus!
ResponderExcluireu amei muito, o joe nessa oneshot está um verdadeiro amorzinho
EU ESTOU COMPLETAMENTE APAIXONADA POR ELE!
eu também amei a demi por mais que ela tenha tentado resistir ao charmes do joe sajkkjsf
os hots estão perfeitos e eles tendo um encontro em casais e a demi segurando vela FOI DEMAIS!
eu amei, ficou muito bom.
LOUVADO SEJA ESSE PROJETO, IRMÃOS!
esse começo me lembrou muito greys anatomy também, melhor série sim!
enfim, amei muito, cada detalhe.. estou ansiosa para ler as próximas
SÓ VEM!
bjs
Grey's anatomy é referencia para todos nós!!! Eu amo minha serie.
ExcluirFico muito feliz que tenha gostado, Mile. E sim, o Joe é maravilhoso aaaaa.
A Demi de vela foi baseado em historia real oficial haha.
Enfim, fico feliz pelo novo projeto!
Beijos.
TEM UM OLHO NO MINHA LÁGRIMA! Eu estou muito emotiva por esses dias, então me desculpe bxyshdue
ResponderExcluirEstou sem palavras, ficou simplesmente maravilhoso! O começo me lembrou bastante Grey's Anatomy e como estou assistindo séries desse tipo, gostei bastante.
O modo como eles se conheceram foi bem engraçado, estava preocupada e ao mesmo tempo rindo das coisas que o Joe falava. Concordo com a Mile no comentário acima, ele está muito amorzinho!
Como lidar com o final? O café da manhã na cama, aaaaaaa ele lembrou exatamente do que ela tinha dito... eu tô chorando largada sim! Esse conto salvou minha noite, obrigada por essa perfeição.
Nem preciso dizer que já estou ansiosa pelos próximos, né? ESTOU MUITO ANSIOSA SIM! sz
Beijos
SIM ELE LEMBROU DOS DESEJOS DELA.
ExcluirO que foi algo que pensei muito porque na musica a Demi cita e eu pensei muito sobre colocar isso para finalizar. De qualquer maneira, fico feliz que tenha gostado.
O momento que eles se conheceram foi o meu favorito haha ♥
Felizmente deu tudo certo no nosso projeto.
Beijos.
que minific maravilhosa ainda to in love com jemi tudo de bom
ResponderExcluiradoro essa musica e vou ouvir so pensando no joe kkkkkk
estou indo ler os outros mto boa a ideia de vcs parabens
bjos
Fico feliz que tenha gostado do projeto e da shot.
ExcluirE fico muito feliz por ouvir in real life pensando nessa shot aaaaaaa.
Muito obrigada, viu!?
Beijos.
Olá bom primeiro tem que dizer meus parabéns! Você seguiu corretamente um ordem médica quando um paciente entra em RCP, faltou alguns itens na pedida como exame de enzimas para descartar um possível infarto, e tbm na momento da massagem cardíaca faltou o uso da respiração, e a contagem de ciclos ( isso greys não mostra), você pediu correntemente o ECG e o raio-x torácico, para avaliar se houve fratura de ossos na região da cavidade torácica. Enfim mas isso não vem ao caso. E não estamos aqui para julgar se foi algo totalmente correto perante um olhar clínico médico. Mas amei seu Oneshot, está perfeito lembra muito greys, acho que você já ganhou uma nova seguidora, irei ler com calma depois seus outros post.
ResponderExcluirEsta excelente quando li em outros blogs sobre esse projeto já logo imaginei uma coisa na haver. Mas você superou, consegui rir muito. Me surpreendeu, meus parabéns!
Olá.
ExcluirTemos aqui uma Cristina Yang haha.
Confesso que pesquisei muito sobre os sintomas e as ordens medicas porque não gostaria de passar informações erradas. Nessa parte sou bem perfeccionista e fico feliz que alguém tenha notado com atenção.
A contagem de ciclos não quis incluir porque já estava muito grande e poupei essa parte, mas obrigada pelas correções tambem.
Fico feliz que tenha gostado da oneshot e seja bem-vinda ao blog. Espero que goste das outras narrativas como gostou dessa.
Muito obrigada mesmo.
Beijos.
eu sempre fico muito soft com essas fics de temáticas meio domésticas kfjdudhd
ResponderExcluirNAMORAL SELENA MELHOR PERSONAGEM EU AMO UMA MULHER BEM SUCEDIDA!!
ok eu sou suspeita para falar da selena.....
Eu nunca fui muito fã de Jemi, mas eles estão bem preciosos aqui ❤️ Apesar de que, se eu tivesse no lugar da demi, não ia aguentar o Joe atras de mim o tempo todo kkkjjjj macho chato demais kjsysijs sem paciência para essas situações ggsfaas
eu não entendo nada de medicina, mas vou dizer que foi muito legal ler toda essa dinâmica, também serviu para me mostrar que eu devo correr bem longe dessa profissão, viu? se é louco bixo, tenho emocional para isso não....
(Selena, primeiro lugar de Yale, eu sou uma mãe muito orgulhosa ❤️ - eu amo a sel demais bixo, namoral)
desculpe por só comentar agora, ando sem tempo :c
ótimo trabalho!!!
Eu não posso escrever nada sem ter uma ou duas mulheronas da porra!!!
ExcluirE a Selena é uma mulherona da porra, cirurgiã da porra e primeiro lugar em yale da porra.
Confesso que eu não sou chegada a Jemi, mas eu escrevo sobre eles por preferencias. Somos duas em relação ao Joe, apesar de ter gostado de escrever esse personagem no lugar de Demi o basta já seria no momento que se conheceram MAS hahaha.
Fico feliz que tenha gostado, Malu. Eu amei sua shot e vou dizer isso sempre que possivel.
Beijos.
Primeiramente Desculpa pela demora em comentar...
ResponderExcluirMENINA VC MISTUROU JEMI COM GREYS! Isso é até golpe baixo. AMEI ADOREI deu o ponta pé inicial nesse projeto com louvor... parabéns pela oneshot 👏👏👏❤
Sem problemas Nanda.
ExcluirFico feliz que tenha gostado e VAMOS LOUVAR GREYS ANATOMY.
Beijos.
Adorei essa One!O jeito da Demi Me lembrou um pouco o da Emma do filme sexo sem compromisso e acho que foi isso que me fez gostar tanto.
ResponderExcluirJoe simplesmente perfeito, todo apaixonado... deu até vontade de ter um pra mim rsrs
Parabéns!
Bjs
Confesso que não assisti esse filme, mas fico feliz que tenha gostado dos personagens como da oneshot por inteira.
ExcluirSim, o Joe é um amor de pessoa e talvez ele volte aparecer por aqui haha.
Muito obrigada, Amy.
Beijos.
Nossa, ficou incrível! Ri muito com a insistência do Joe e Demi é bem safadinha né kkkkk Achei muito fofo o final, adorei a história, parabéns! :)
ResponderExcluirObrigada Jacque! Fico feliz que tenha gostado da shot.
ExcluirSim, o Joe e a Demi são hilários aqui.