Bad Blood 2.0 | 50° Capítulo.



Abri meus olhos e senti meu corpo pela primeira vez. Minha mãe estava segurando forte minha mão e começou a beija-la ao me ver com os olhos abertos. Olhei para o quarto do hospital de uma forma panorâmica e estavam todos ali: Karlie sentada ao lado de Ed conversando, meu pai olhando para janela e minha mãe ao meu lado.

- Vou chamar um médico. – Karlie levantou rapidamente e saiu.
- Oh, Taylor. – Minha mãe ainda chorava. – Como é bom ver seus lindos olhos novamente.
- Também é bom vê-la, mãe. – Acariciei seu rosto. – Todos vocês, na verdade.
- Acho que você deveria saber que eles pegaram Miley. – Meu pai pegou na minha mão. – Fique tranquila que você está mais segura. – Ele sorriu. – Não faça mais isso conosco, por favor.
- Desculpe. – Fechei os olhos novamente.
- Não durma, Taylor. O médico já está aqui. – Karlie sorriu.
- Taylor você passou perto da morte e voltou, duas vezes. – Ele brincou. – Lembra do que houve?
- Miley... Ambulâncias... Você. Apenas flashes. – Respondi.
- Você passou por uma transfusão de sangue porque perdeu muito sangue, mas a facada em si irá doer, por sorte não pegou em um lugar grave.

Concordei com a cabeça e olhei para Ed. Ele sorriu tentando passar alguma confiança em seu sorriso. Bufei ao ter um deja vu com esse momento.

- Se você estiver à vontade, detetive John está aqui para falar com você.
- Peça para entrar. – Respondi. – Que isso acabe logo.
Todos saíram da sala e John entrou sozinho com uma pasta preta na mão.
- Como se sente? – Perguntou fechando a porta.
- Melhor. Meu pai disse que a pegaram. – Respondi.
- Sim, é verdade. Pegamos ela na rua da casa onde morava. – Respondeu. – O que aconteceu entre vocês?
- Ela não contou? – Retruquei confusa.
- Quero saber de você. – John sorriu. – Falamos em não brigar mais, certo!?

Concordei e contei tudo que tinha acontecido, tudo que me lembrava.

- Você encontrou Jared?
- Não. – Respondi rapidamente.
- Jacob, seu namorado, deu entrada no hospital ontem para um leve curativo. Algo similar a uma facada e lembrou-me uma que Jared deu quando mais novo em uma briga. – John olhou para o chão pensativa. – Irei perguntar de novo, voce encontrou com Jared?
- Sim, ele estava com Jake e foi ele que me deu o pen drive. – Respondi.
- Ele admitiu ter matado Lily? – John. – Preciso saber porque ele foi visto desembarcando no Canadá e se foi ele...
- Detetive, quero ficar fora disso pelo menos uma vez. – Afastei o assunto.
- Ficará, é só responder. – John. – Admitiu?
- Não. Foi tudo a Miley, certo?
- Taylor, a advogada de Vanessa está aí fora querendo falar com você, mas você tem muitas visitas, então, falarei o que ela quer. – John levantou. – Com a prisão de Miley, Vanessa não responderá por nenhum crime em relação a Lily que foi acusada, mas ela poderá responder por tentativa de homicídio por você. A pergunta dela é: você quer seguir em frente com isso?

Virei a cabeça e pensei. Eu só quero acabar com isso, conclui. Com tudo isso.

- Não, não irei seguir em frente. – Respondi.

John olhou pela última vez e despediu-se com um aceno. Segundos depois Ed e Theo entraram sorrindo com um pote de sorvete na mão.

- Ruim de morrer. – Theo deu um abraço apertado. – Foi o que disseram.
- O que ele queria? – Ed.
- Saber o que aconteceu. – Respondi comendo o sorvete. – Quando vou sair daqui?
- Dois dias de observação. – Theo. – E agora que acabou.... O que vai fazer?
- Eu não sei, mas eu não volto naquele lugar nunca mais. – Revirei os olhos. – Jake, está aí?
- Íamos te perguntar isso. – Ed sorriu fraco. – Ele sumiu.
- Deve ter ido embora. – Comentei com a voz falha em tentativa de segurar o choro. – Ele mentiu como Jared mentiu, como Johnny mentiu. Todos eles que eu estava disposta amar, mentiram na minha cara.
- Taylor. – Ed riu. – Se você descobriu a tempo, quer dizer que você ainda tem uma chance. Quero dizer, se você achar necessário um cara para compartilhar.
- Não acho. – Sorri. – Digo que eles foram uma completa mentira na minha vida assim como Miley foi.

***
- Você disse que tinha uma coisa a dizer, o que é? – Perguntei ao entrar na sala de interrogatório.
- Que vocês são péssimos investigadores. Todo esse tempo. – Miley riu. – Dois detetives bons e foi o John que conseguiu.
- Mais alguma coisa? – Perguntei já entediado com seus ataques.
- Cadê seu irmão? – Ela perguntou.
- No Canada. – Respondi. – Sabe o que ele foi fazer lá? Presumo que vocês tinham relações.
- Ele nunca gostou de mim, na verdade, ninguém nunca gostou. – Miley brincou com as algemas.
- Posso dizer que você está enganada, mas você é quem sabe. – Sorri.
- Digo que são péssimos por estarem deixando coisas passar. Eu assumo a culpa, vocês finalizam o caso, mas uma coisa não vai estar certa. – Miley riu. – Ao menos na sua cabeça.
Sentei na mesa e a observei em silencio.
- E então?
- O que preciso dizer? Ela mereceu apesar de nunca querer machuca-la, eu apenas queria ferir e tirar o que importava dela igual com fiz com a Taylor. Foi um pouco longe demais. – Sorriu.
- Um pouco longe demais. – Repeti rindo. – Espero que sorria assim, todos os dias durante seus anos de prisão. Tem um sorriso bonito, uma pele agradável e eu realmente espero que você tenha uma longa e ótima estadia em um cubículo gelado e cinza.

           Bati a porta da sala de interrogatório. O corredor estava vazio. Comecei a esmurrar a parede.
           Tinha algo errado, mas não tem como enxergar.

***
- O que está fazendo? – Perguntei.
- Esvaziando as coisas do meu armário. – Respondeu o obvio. – E você?
- Vim treinar depois de visitar Taylor no hospital. – Sorri. – O Nick contou o que disse, Liam.
- Demi... Não... – Liam balançou a cabeça.
- Conversei com Joe. – Sorri. – Ele me contou também. Eu não quero que...
- Demi, você nem perguntou o porquê de esvaziar meu armário. – Liam interrompeu-me. – Eu vou embora daqui, não tenho dinheiro para ficar estudando aqui.
- Uau. – Ri por impulso.
- Pois é. – Liam sorriu forçado. – Não quero saber mais do drama que vocês fazem sobre esse assunto. Cher foi embora, eu também vou. Esse assunto não morreu porque Joe faz questão de lembrar o tempo inteiro. – Liam bateu a porta do armário. – Cher mandou uma mensagem querendo falar comigo essa manhã. Eu fui achando que poderíamos ter uma conversa só que ela apenas chorou e bateu na minha cara diversas vezes. Permiti porque eu merecia, mas ela disse que eu levei você a isso. – Riu forçado novamente. – Aceito levar culpa pelo o que fiz, mas isso.... Nós dois? Foi sua ideia.
- Não sabia que ela tinha ido atrás de você. – Fiquei abismada. – Liam.
- Demi, por favor, apenas viva sua vida e eu farei o mesmo. Você sacrificou isso por um bem maior, eu apoiei você até onde pude, até onde você permitiu e depois me excluiu. – Liam riu. – Era um acordo, lembra dele? Se eu estou indo embora agora por não poder pagar esse lugar, você descumpriu.

Liam colocou tudo em uma pequena mala com pressa e bateu a porta do armário. Esbarrou no meu ombro e voltou.

- Eu aceitei ser o vilão quando pediu. Não serei mais.

Fiquei parada e bati no armário.

- Cher, sua burra! – Gritei batendo no armário.

***
- Acabou, não é? – Katy sorriu.
- Faz um tempo que não vejo esse sorriso no rosto. – Comentei aproximando-me. – Sim, acabou.
- Talvez podemos resolver tudo em um jantar. – Sugeriu colocando todos seus pertences na caixa. – Voltar para NY, para minha casa e sumir desse fim de carreira.
- Não tem graça quando pensamos em Johnny. – Rimos da situação. – Precisaremos mais do que um jantar.
- Depois disso. Essa jornada. – Katy continuou sorrindo. – Pensei bem e quero férias. Se formos trabalhar juntos, temos que ter um momento que separa isso ou futuro.
- Concordo com você. – Dei um leve beijo.
- John, tudo que passamos aqui. – Ela voltou a me beijar. – É uma prova que precisamos em NY.
- Podemos permanecer juntos?
- Sim. – Ela pegou na minha mão. – Na próxima, trabalharemos juntos apoiando um ao outro.

Ela recolheu tudo e fechou a caixa.

- Marquei o primeiro voo. E você?
- Irei amanhã. – Respondi. – Tenho que resolver as últimas coisas. É o fardo de ser o chefe das investigações. – Rimos.
***
Algumas semanas depois.

- Tenho em mãos uma carta escrito a mão por Taylor Alison Swift onde ela diz que não irá seguir em frente em um processo contra Vanessa Anne Hudgens. Sendo assim, decreto nessa audiência hoje que a réu, Vanessa Anne Hudgens, cumpra serviço humanitário por seis meses e comprovante de moradia mais estudos. – A Juíza leu. – Você estará livre de qualquer acusação visto que o Estado idealizará pelo tempo que ficou presa em irresponsabilidade do ex-detetive Johnny Christopher Depp.

A Juíza bateu o martelo e levantou, saindo da sala de audiência. Dei um forte abraço em Viola e corri para abraçar Ashley e Zac.

- Muito obrigada Viola. – Agradeci beijando sua mão e seu rosto. – Ter acreditado em mim.
- Fico feliz em ter ajudado você. – Ela riu. – Apenas não se meta mais em problemas ou faça o que mandarem.

***
Karlie passou a mão na minha nuca e começou a fazer uma massagem.

- Vi você conversado com Demi no hospital mais cedo. – Karlie. – Como foi?
- Eu não sei. Vi Liam também. – Respondi. – Eu vi você chorando por sua irmã e depois sorrindo ao vê-la bem e viva. Não quero que seja assim comigo e Demi. Quero achar uma maneira de perdoa-la.
- Cher. – Sentou ao meu lado. – Tudo tem seu tempo, apenas não erre como aconteceu comigo e Taylor. Nós éramos ótimas amigas até ficarmos diferentes.... Quando soube que ela tinha desaparecido, pensei que perderia uma amiga, mas ela está aqui e ainda não conversamos. – Karlie parou um segundo. – Se seu coração diz que deve perdoa-la, perdoe Demi, mas não fique perto dela. Todo o mal que ela causou a você, isso é imperdoável.

Karlie abriu seus braços para um forte abraço. Ficamos unidas por um tempo.

- Sou grata por ter conhecido você. – Sorri. – Tudo que tem feito por mim todo esse tempo.
- É bom ter ganhado uma amiga de ouro. – Karlie apertou minha mão. – Obrigada por isso.

***
- Como não? – Perguntei estranhado. – Peguei uma grande fila para vê-la.
- Sinto muito por você, garoto. – O guardo deu a mínima. – Aqui no sistema não está seu nome.
- Como isso funciona? Eu era o namorado dela antes disso. – Questionei. – Digitou direito: Nicholas Jonas. – Repeti meu nome.
- Nicholas Jerry Jonas? Você não está na lista de visitas. Agora vá que tenho outras pessoas para atender.
- Ela também não quer minha visita. – Uma voz familiar. – Talvez tenha mentido o tempo inteiro para nós.
- Eu não acredito neles! – Retruquei nervoso. – Erraram de alvo como fizeram com Vanessa.
- Nick... Eles têm provas.
- Selena, o que quer? – Questionei nervoso.
- Visita-la, mas ela não permite. – Selena riu. – Agora eu vou embora.

Selena ficou sem graça e saiu andando, comecei a segui-la.

- Eu não quero acreditar que Miley tenha feito isso. – Lamentei. – Queria vê-la uma vez.
- Comigo foi diferente. – Selena parou na porta da penitenciaria. – Estava ali o tempo inteiro na voz dela, no modo de falar de tudo isso, na raiva que sentia, como ela explodia... Eu só não quis enxergar.

4 comentários:

  1. Fiquei feliz por ver Vanessa ficar livre!
    E acho que o Nick ainda terminará do lado da Selena, porque a Miley será presa e o Justin já está preso...
    Eu não acredito que o Jared apenas sairá do país. Ele ainda tem que acabar preso.
    Posta logo.

    Beijos.

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    1. Sim, será Nelena no final e por essa realmente não esperava...
      Vamos ver qual será final deles. Ainda temos dois/três capítulos pela frente para encerrar tudo (ou não).
      Irei postar ainda hoje.
      Beijos.

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  2. adorei o capitulo e se eu posso dar um conselho pode mudar a cor da letras esta muito claro e fica um pouco ruim de ler
    posta logo

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    1. Fico feliz que tenha gostado e sinto muito por isso.
      Irei trocar o layout para uma cor melhor de ler. Espero que goste do próximo capitulo e layout haha.
      Beijos.

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