Bad Blood | 25° Capítulo


-Você está bem para falar com a polícia? – Minha mãe me perguntou mais uma vez.
- Eu quero ver o Ed e o Theo. – Me virei para o outro lado. – Quero saber como eles estão.
- Vou tentar falar com os policias lá fora. – Ela deu um beijo no meu ombro. – O Jared está com seu pai.
- Não quero ver ele agora. – Tentei segurar o choro. – Não assim.

Minha mãe se afastou e saiu do meu quarto. Fiquei olhando para o teto branco por um tempo e desviei minha atenção para o soro pingando e no som dos meus batimentos cardíacos.

- Se sentindo mais forte? – Theo entrou na sala.
- Esse rim não é o melhor de todos, mas serve. – Dei risada. – Como você está?
- Tirando o fato de ter um corte na minha barriga, vou bem. – Theo deitou no meu lado.
- Obrigada por tudo que fez por mim. – Encostei minha cabeça em seu peito. – Você é o melhor amigo que eu poderia pedir. Se um dia precisar de um coração, você terá o meu.
- Eu te amo, Taylor. – Theo beijou minha testa. – Faria qualquer coisa por você.
- Então, me fala quando vou ver o Ed e o quanto eles sabem? – Perguntei tentando me sentar.
- Ainda sente muita dor? – Theo mudou de assunto sentando do outro lado da cama.
- Um pouco, minha perna dói. – Olhei para ela. – Nunca mais irei competir.
- O Ed virou suspeito de esconder você enquanto era procurada. – Theo falou olhando para a janela. – Eles sabem que eu escondo coisas. Que você também esconde coisas, mas sua irmã abriu o jogo.
- Ela não tem provas que eu estava com o Ed. – Respondi calma. – Eles desapareceram?
- Taylor, eu desapareci com a câmera da Miley e desacreditei tudo que ela falou para a Selena. – Theo pegou em minha mão. – Mas a palavra vai ser sua.
- Eu realmente não sei quem matou a Lily. – Bebi um gole de agua e dei um gemido baixo de dor.
- Quando receber alta, a polícia vira atrás de mim. – Theo se aproximou. – Você sabe o que deve fazer para ajudar o Ed.
- E você. – Completei.

Passei a mão pelo cabelo de Theo e coloquei um dedo no seu lábio inferior. Ele me encarava fixamente tentando entender o que passava pela minha cabeça.

- Me beija. – Pedi enquanto tocava em sua nuca. – Jake, por favor, me beija.
- Taylor... Quem é Jake? – Theo me perguntou afastando minhas mãos.
- O que? – Perguntei confusa.

Olhei nos olhos de Theo e abaixei a cabeça, voltando a chorar. Senti seus braços em volta do meu corpo e tentei segurar as lagrimas.

- Theo, chame a polícia quando sair. – Abracei ele.

***

- Tenho que ir. – Johnny falou ao olhar o celular. – Taylor resolveu falar.
- Você ainda vai continuar assumindo esse caso depois de tudo que aconteceu? – Perguntei.
- Demi, quando a Taylor começar a falar. O Edward vai falar, depois o Theodore vai falar. – Johnny falou vestindo suas calças. – Depois disso, podemos ver o que faremos.
- Eu gosto de transar com você. – Falei pegando em sua mão. – E eu sei que você sente o mesmo.
- O que quer saber? – Johnny foi direto ao assunto.
- Nada. – Sorri radiante. – Nada, eu apenas estou dizendo que podemos investir quando você prender a Taylor.
- Porque prende-la? O que sabe? – Johnny voltou para cama. – Eu sei que esconde coisas de mim.
- Exemplo? – Dei risada. – Não tenho nada a esconder.
- Você ter relacionamento com seu cunhado por meses. – Johnny falou.
- Quanto tempo você sabe disso? – Levantei da cama. – Você está me investigando?
- Demetria, eu não queria fazer isso, mas você não me deu escolha. – Johnny respondeu calmo.
- Que escolhas? – Respirei fundo tentando ficar calma. – Quanto tempo você me investiga?
- Desde quando voltei a trabalhar nesse caso. Você e todos. – Johnny vestiu sua jaqueta. – Se não tem nada a esconder, porque está nervosa?

Ele olhou-se no espelho e pegou na minha mão rapidamente. Dei um sorriso confiante e ele saiu do meu quarto. Caminhei até a janela e o vi andando pela rua.
Peguei meu telefone e fiquei esperando o número privado me ligar novamente. Johnny não é o único tentando descobrir meus passos.

***
- Pronto para ver sua amiga? – A mesma voz perturbante de todo dia perguntou. – Ela está pronta para te ver.
- Taylor acordou? – Perguntei tentando me concentrar no próximo movimento do peão.
- Sim e você poderá jogar xadrez com ela. – Respondeu. – Jogar sozinho é chato e previsível, não?
- Posso ir agora? – Levantei da cadeira.
- Ela deu uma condição e agora temos direito de dar outra para você. – Detetive Johnny entrou na sala. – Edward, por favor, sente-se novamente.

Olhei para a detetive Katheyrn que dava um leve sorriso –com um ar de vingança. Sentei na cadeira e arrumei o jogo novamente.

- Vai jogar comigo, senhor? – Perguntei com o tom de ironia.
- Você vai jogar comigo. – Johnny respondeu formal. – Diga, Edward, você está melhor?
- Sim. – Respondi calmo.
- Depois que você encontrou a Taylor, muitos dizem que você não é o mesmo. – Johnny. – Você era uma capaz calmo, pensativo, amigo e paciente. Nas últimas três semanas não foi o que vimos.

Abaixei a cabeça e encarei a rainha branca do xadrez, fiz um movimento estratégico com ela e virei o tabuleiro movimento o cavalo preto para perto.

- Não duvido que deve ter sido um choque ver ela daquela maneira. Uma garota tão bonita e elegante largada na rua ensanguentada. – Johnny colocou uma pasta na mesa. – Não é vergonhoso admitir que mudou.
- Estava em choque. – Respondi baixo. – Ela tentava falar comigo e só saia sangue pela sua boca.
- Ela quer ver você já faz alguns dias, mas eu não sabia se você estava preparado. Estava negando suas medicações. – Johnny abriu a pasta. – Mas vejo aqui que hoje você está mais calmo.
- Não é justo o que estão fazendo comigo. – Aumentei meu tom de voz. – Eu não sou doente. Estava em choque, nervoso e não preciso de medicamentos. Vocês não me deixam ver ela, mesmo dizendo todos os dias que ela me procura.
- Você não nos disse nada ainda. – Johnny respondeu. – Taylor disse que só falara comigo quando falar com você primeiro, saber como você está. – Johnny riu sozinho. – Mas durante esses meses vocês já me trapacearam demais. Eu tenho os dois e isso não vai mais acontecer, então, você só vai falar com ela, quando falar comigo primeiro sobre tudo que sabe e aconteceu. – Johnny olhou nos meus olhos. – Vocês acharam que doentes iriam se ver e combinar a história de vocês.
- Já que é assim, tudo bem. – Afirmei e ele sorriu. – Eu quero um advogado. – Sorri.

7 comentários:

  1. " Já que é assim, tudo bem. – Afirmei e ele sorriu. – Eu quero um advogado. – Sorri." prevejo tretas, isso foi uma jogada CERTEZA!!!!!!!!!!!
    E a Taylor pedir pro Jake beijar ela no meio na conversa com o Theo, aconteceu algo com o psicológico dela??? não faz isso comigo mulher flgjflhjgdjfh
    tô mto curiosa, posta logo <3

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. e obrigada pelo selinho <3

      Excluir
    2. Sim, foi uma jogada. Eu disse para acreditar no Ed, ele é bom.
      Não irei revelar detalhes sobre o estado mental da Taylor, só aguarde a proxima temporada. Irei postar assim que eu conseguir, estou respondendo pelo celular para apressar as coisas.Fico feliz que tenha gostado, agradeço a tag que passou.
      Te amo, já sinto saudades.
      Beijos, Mirela.

      Excluir
  2. Olá!
    Você comentou no meu blogue e vim retribuir.
    Acho que nunca vi o seu blogue.
    Vou tentar me atualizar na história.

    Beijos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada por visitar, espero que goste.
      Beijos, Mirela.

      Excluir
  3. Olá, vim retribuir a visita que fez no meu blog.
    Assim que tiver tempo, irei me atualizar aqui na sua história ♥
    Beijos!
    ☼ Intimorato

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi malu
      Espero que goste da historia e seja bem-vinda.Estou ansiosa pelo seu blog.
      Beijos, Mirela.

      Excluir

LAYOUT E CODIFICAÇÃO POR ROH A. RAMOS DO BLOG | GNMH © 2017 - 2018